john; johnny depp

43

- Marilyn, você precisa passar o protetor direito. - falei. - Você é branco demais, pode pegar uma insolação.

- Nah, estou bem.

Ele tinha passado no rosto, no ombro e na tatuagem que fez recentemente, só. Ao menos era consciente em relação a isso, porém fez tudo de qualquer jeito, e eu sentia a merda que isso ia dar.

Então ele que se foda.

Brincadeira, mas eu avisei.

Até me disponibilizei pra passar, mas ele não quis.

Um idiota mesmo.

Eu tinha passado no rosto, no peito, nas costas e braços de Johnny e minha nossa, quase passei mal viu. Foi o maior tempo que passei tocando nele e foi perfeito.

- Obrigado, querida. - ele me deu um selinho e voltou a colocar o óculos no rosto. - Deixa eu passar em você.

- Claro.

Viu, por mais pessoas preocupadas no mundo igual ao Johnny.

Por se for depender do Marilyn e suas escolhas, esse mundo tá perdido.

Tinha uma tenda montada, mas mesmo assim o sol era insuportável e areia também, mas o cheiro da maresia era incrível e a companhia também. Apenas do Johnny claro.

Em frente a ele, observei passar o creme branco por meus ombros, braços, colo e, meus peitinhos e meu deus, eu achei que fosse passar mal. Mas, quando ele passou na minha barriga eu quase caí dura.

Mesmo com os óculos escuros eu sabia que ele estava olhando pra mim, claro, pra onde mais ele olharia, e também muito sortudo por que eu sou uma maravilha mesmo.

- Tira isso. - ele tocou meu shorts.

Pronto, meu ponto fraco.

Mas que danadinho, na frente do amigo?

Que safado.

Nunca pensei.

Sorrindo, eu levantei seu óculos o deixando na cabeça pois queria ver seus olhos, e minha nossa, lindo demais esse homem.

Mas, me lembrei que não podia tirar meu short, merda.

Eu olhei para o Marilyn que desde o café não para de sorrir para o celular. Ou ele estava vendo o seu clipe preferido ou, não sei bem, mulheres?

Para ele estar tão feliz deveria ser alguma dessas duas coisas.

Eu me voltei pra Johnny que ainda tinha suas mãos em mim e suspirei.

- Marilyn está aqui. - falei baixo, inventando uma desculpa e olhando para o colar simples de prata em seu peito nu para não precisar olhá-lo.

- Você tá com vergonha do Marilyn? - ele quis saber, mas eu apenas dei de ombro. - Você anda muito envergonhada ultimamente.

- Impressão sua.

Eu me impressionava muito com ele, talvez quase sempre. Mas, em relação a isso, eu não sei. Só não quero que ele veja.

E ele está perto, muito perto.

E me tocando.

Não ver era impossível.

Droga, eu me odeio.

- Marilyn... - ouvi Johnny chamar. - Pode pegar meu celular lá em cima, por favor? Acho que deixei na sala, ou então no quarto.

Marilyn ainda sorrindo por algum milagre não reclamou e quase que saiu correndo pra dentro da casa.

- Ele nem estava prestando atenção em nós. - ele falou. - Mas, se ele não estiver aqui te deixa confortável...