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Eu estava deitada no banco de trás tentando não surtar.

O som estava alto.

Os vidros estavam abertos então era vento para tudo que é lado.

E, Marilyn estava cantando qualquer música que tocava.

Eu só queria chegar logo para ir o mais longe possível dele.

Já estava escuro e eu estava preocupada que ele batesse o carro por estar tão animado e com isso, a gente morresse.

Porém, seria muito tentador se isso acontecesse.

Mentira, que horror.

Eu só queria chegar logo.

Tudo ficou em silêncio do nada e eu me levantei, já tensa.

- Vamos fazer uma parada. - Marilyn disse e logo o carro parou, eu olhei para o lado de fora e estávamos em um posto de gasolina. - Eu preciso mijar.

Menos mal.

Eu voltei a me deitar e bufei, voltando a colocar os pés no banco.

Ele iria chamar a minha atenção novamente, mas eu não estava nem aí para o seu querido carro.

Queria saber como que Johnny conseguia ser tão calmo e viver normalmente e sentir uma felicidade absurda quando estava com Brian.

Eu o admirava por isso.

- Meu bem, quão puto você acha que Marilyn vai ficar se nós fossemos sem ele? - me vi perguntando ao meu lindo, perfeito e maravilhoso gatinho.

- Eu iria ficar muito puto, Chloe!

Eu gritei e xinguei alto, porra!

Como ele foi tão rápido?

- Meu coração, inferno! - lamentei e levei a mão ao peito, tentando acalmar meu susto. - Minhas intenções eram as melhores, né Johnny?

- Claro querida.

Eu amava o Johnny.

- Tire os pés do banco, boneca. - Marilyn pediu e bateu no meu joelho, relutante eu tirei e me endireitei no banco. Ele deu a volta no carro e logo entrou. - Agora, que estamos quase chegando, eu quero propôr algo...

- Não. - falei. - Não aceito.

- Você nem sabe o que é!

- E por isso mesmo acho uma boa ideia não aceitar.

- Você é tão sem graça, Chloe. - ele bufou e ligou o carro. - Por que você é assim?

- Tem quem gosta.

- Johnny tem sérios problemas mesmo.

Mas ele era perfeito e absolutamente tudo para mim.

E eu estava muito feliz e aparentemente, Johnny também, então por que não?

Eu estava vivendo e estava muito feliz por minhas escolhas, mas também, receosa, agora que a mãe do meu ex apareceu do nada.

Eu não iria me preocupar com isso, quero que esses dias com eles seja bom e que eu não pense em merda alguma e que, tente não matar o Marilyn.

Seria impossível, mas eu iria tentar.



Chegamos em Malibu quase as dez da noite.

Agora, estávamos no mercado porque Johnny não tinha quase nada em casa para nos alimentar.

Eu estava ansiosa pra ver sua casa que era de frente ao mar, eu gostava muito de praia, porém odiava o fato de ter tanta areia.

Amava a água, amava. Mas se não tivesse areia seria muito mais perfeito.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora