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- Quer algo do Brian pra você dormir confortável? - ele perguntou assim que entramos no quarto.

- Brian?

- É, do Marilyn.

Eu nem sabia que ele se chamava Brian.

- Nah, estou bem.

O que eu faço agora?

Johnny foi até a janela e fechou as cortinas e eu olhei em volta do quarto, era bonito e a cama king size era enorme. Tinha uma televisão na parede e dos dois lados da cama tinha um abajur.

Ainda bem, eu odiava o escuro.

- Ali fica o banheiro. - ele indicou a porta do lado esquerdo. - E do lado direto da cama fica o controle e tudo mais.

- Tudo bem.

Eu não sabia o que fazer, de verdade.

- Eu vou ver se o Marilyn está bem. - ele falou e balançou a cabeça. - Se precisar de algo eu vou estar no quarto ao lado.

- Mas você volta? - perguntei. - Você volta para cá né?

- Eu deveria? - ele sorriu e colocou a mão na cintura.

Óbvio.

- Eu não sei. - ri, nervosa. - Provavelmente, sim?

Eu não sei o que estou fazendo da minha vida, de verdade.

- Não vou estar sendo precipitado?

- Gatinho, foi você que deu a ideia, eu estou só seguindo o que você propôs.

- Marilyn está me chamando.

Ele se virou e saiu, me deixando sozinha.

Maravilha.

Eu não tinha ouvido nada...

Ainda bem que ninguém está aqui pra ver o fora que ele está me dando.





A televisão estava ligada e passava algum episódio de Brooklyn 99, eu amava essa série.

Mas eu nem estava prestando atenção por que eu ainda tinha fé que Johnny iria voltar e eu iria estar preparada e não babando no travesseiro.

E o que é melhor do que ver série?

Dormir, é claro.

Mas eu tinha fé que meu gatinho iria voltar.

A cama era enorme e tão macia, mais macia que a minha. Eu tinha que falar com o meu pai.

Eu já estava deitada e coberta, apenas esperando não sei o que. Quando eu realmente comecei a prestar atenção na televisão em minha frente e decidi que quando esse episódio acabasse, eu iria dormir.

Mas, a porta se abriu com força e do nada e eu só não gritei de susto por que vi que era o Johnny.

- Que susto, inferno! - falei, e levei a mão ao peito e esfreguei pra ver se amenizava minha taquicardia. - Isso não se faz.

- Eu voltei, querida. - ele falou rindo e fechou a porta atrás de si. - Marilyn fala demais quando tá chapado, e é muito sentimental. Igual a você, só muda as substâncias.

Isso foi um elogio?

- Obrigada?

Ele estava vestindo uma roupa totalmente diferente da de antes, camiseta e bermuda, essa era mais leve e tinha suas pernas e braços amostra.

Ai, eu não sei lidar.

Ele é todo velhinho e todo tatuado, é uma adaga no meu coração de tão gostoso que ele é.

john; johnny deppOnde histórias criam vida. Descubra agora