C a p í t u l o 20

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Larissa Tateno

Senti alguém me balançar calmamente, e abri os olhos, encontrando Luan em pé do meu lado. O quarto ainda tava escuro e o relógio ainda marcavam 02h30 da manhã

Eu - Por que você tá acordado? - Bocejei me virando pra ele, que fez sinal para que eu ficasse em silêncio. Me encolhi com um estrondo vindo do andar de baixo, fazendo meu coração acelerar

Luan - Não faz barulho, vem comigo - Sussurrou segurando minha mão e me levantei, ficando atrás dele. Luan abriu a porta devagar e olhou antes de sairmos

Eu - O que tá acontecendo? - Sussurrei  assustada e ele abriu a porta do quarto do Richard, que era o último do corredor, me colocando pra dentro - Luan

Luan - Se esconde e não sai em hipótese alguma, pega alguma coisa para se defender caso alguém entre - Caso alguém entre? Pra onde ele vai?

Eu - Mas e você? - Outro estrondo aconteceu, dessa vez mais alto do que o outro - Luan não - Neguei sem conter as lágrimas e ele sorriu fraco, me dando um selinho

Luan - Não sai do quarto - Reafirmou, olhando em meus olhos. Sem me dar chance de contestar ele saiu, fechando a porta. Passei meus olhos pelo quarto tentando achar algum lugar para me esconder, e acabei indo para o banheiro, tranquei a porta, me abaixando do lado da bancada, e comecei a orar pelo Luan

Rael Guimarães / Luan Pinheiro

Entrei no quarto da Larissa pegando minha arma na mochila, e sai com ela em punho. Parece até coisa, só porque tava pensando em contar tudo pra ela quando fosse de manhã, um filho da puta decide invadir a casa

Desci devagar escutando passos perto da cozinha, a sala toda estava revirada, a janela quebrada. Senti meu pé escorrer em algo melado, mas consegui me equilibrar antes de cair

Eu - Mas que po...merda - Murmurei percebendo que era sangue. Entrei na cozinha e a primeira coisa que eu vi foi um pombo morto na bancada. Pela porta dos fundos vi uma figura encapuzados tentar abrir a porta

Me aproximei em silêncio e encostei a arma na nuca dele, fazendo o sujeito parar o que estava fazendo, ficando paralisado

Eu - Quem te mandou aqui? - Ele riu erguendo as mãos - Tá achando graça? Posso acabar com sua diversão agora mesmo se não me disser quem foi o desgraçado que te enviou aqui - Esbravejei forçando a arma na nunca dele

Xx - Pode fazer melhor do que isso, irmão - Debochou. Travei o maxilar empurrando ele cotra a porta, fazendo o desgraçado gemer de dor - Qual foi, tio, só tô fazendo meu trabalho

Eu - Olha que irônico, também estou fazendo o meu, então é melhor me dizer de uma vez quem te mandou aqui, ou a única diversão que vai ter hoje é seus miolos voando por essa cozinha, e seu corpo fazendo companhia pra aquele pombo - Falei firme tirando a arma da nuca dele, puxando ele pelo casaco

Xx - Oh calma aí cara, fui contratado pra entrar aqui e deixar o bicho, não tenho nome do mandante - Falou rápido

Eu - Resposta errada - Murmurei entredentes, jogando ele na parede - Me fala quem te mandou aqui, e não pense que eu estou brincando - segurei o rosto dele, deixando a arma bem a vista. Normalmente não é esse o procedimento, mas essa merda de história tá me irritando e quando se trata da Larissa eu perco a cabeça - Fala

Xx - Já disse, fui terceirizado cara, me deixa ir - Respirei fundo abaixando a arma, o sujeito tentou sair correndo, mas peguei ele de novo, imobilizando a mão dele - Qual foi irmão, vamo fingir que nada aconteceu

Eu - Não é para mim que você tem que implorar por liberdade, desgraçado - arrastei ele até a sala e peguei o telefone ligando pro Peçanha, vamos ver até quando ele vai enrolar

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora