• Larissa Tateno
Enquanto os homens da casa estão em missão trabalho, vim tomar café junto com uma senhora fofoca, que ligou de manhã se roendo pra contar a notícia, qual notícia? A vizinha foi corna e fez um barraco na rua.
Francisca - Minha filha, Rosana só não matou aquela mulher, porque o Ronei tirou ela de cima da safada - contou se encostando no sofá, apontando para a rua.
Eu - Riscado chamarem a polícia, você ainda na rua olhando, né senhora? - ri terminando meu café, minha avó nem ligou, deu de ombros erguendo os pés.
Francisca - Olhei mesmo, ninguém faz esse barraco e espera que ninguém da rua saia pra olhar - falou óbvia.
Eu - Pelo amor de Deus, vó - gargalhei, depois diz que só tem fofoqueiro aqui, ela faz parte do bando - Quero saber é se algum aposentado veio na senhora,
será que vou ter um novo avó?Francisca - Vir em mim sim, agora não venha com essa de novo avô, quer me ver namorando uma hora dessas, louca é você - empinou o nariz - Como vocês estão com a procura da casa? - mudou de assunto.
Eu - Estamos olhando algumas com os imobiliários, vamos marcar visitas, eu acho, que mês que vem - procurar um imóvel tem muita etapa, precisa ter os detalhes no lápis porque dinheiro não cai do céu, né.
Francisca - Estão certos, comprar uma casa leva tempo mesmo, precisa todas as documentações certinhas e certeza, se não gasta dinheiro e fica infeliz.
Eu - Também não estamos com pressa de comprar agora – neguei, comprar a casa ainda não é uma prioridade, pelo menos no momento - Bom minha véia fofoqueira, estou me retirando porque tenho um cesto de roupa que não lava sozinho - levantei fazendo ela bufar, e sorri abraçando ela - Vai mais tarde lá pra casa, ué, a senhora sumiu.
Francisca - Quem deve procurar não é a avó, sim os netos desnaturados - não consegui segurar a risada, ganhando o famoso tapa no ombro - Abusada, sem amor a avó que criou você.
Eu - Quanto drama, vó - sorri beijando a testa dela, que ficou me olhando sair com o carro, vamos dar play no dia de uma dona de casa.
• Richard Tateno
Revirei os olhos saindo da sala, cansei, ser estudante é demais pra mim e não vale toda essa humilhação, só agora as palavras que mais escutei foram fazer Enem e vestibular, quanto terror para uma aula só, mano.
Júlio - Vamos ficar na quadra? A Maitê ainda não saiu da sala, né? - neguei, se tem uma coisa que Maitê reclama, é ir pra aula de história e o professor ficar enrolando pra liberar.
Eu - Professor libera quando o sinal já bateu a dois anos - fiz careta entrando na quadra, antes tivesse ficado lá fora.
Tentei dar meia volta com Júlio, mas o abençoado não entendeu e ficou, ai de todas as chances que tinha pra fugir, o jumento jogou pra Deus, chamando as atenções que evitei a manhã toda.
Júlio - Olha quem tá vindo aí - sussurrou ficando do meu lado, olhei entediado - O que foi? A gente tinha que ter saído da quadra, fugido, corrido daqui - fez um sinal de rápido, que belo amigo eu me dei trabalho de ter.
Eu - Eu teria feito isso, mas a palmeira resolveu ficar plantada aqui no chão - bati na nuca dele que fez careta com a mão no lugar - Tudo que eu precisava, senhor - murmurei vendo o trio vai na onda parar na nossa frente, dando um espaço pro líder de Taubaté entrar, eu me pergunto quanto tempo eles ficam ensaiando isso.
Faz quase uma semana que eles ficam me perturbando, "Ah Richard, vai com alguém no diretor e fala", seria fácil se essa assombração não fosse o querido, e protegido, filho do próprio, no início das aulas mudaram a direção, vindo o conjunto todo me atazanar.
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Um Amor Secreto
FanficO que você faria se descobrisse que o pai da pessoa que você está se envolvendo, é o mesmo cara que você quer colocar atrás das grades? Larissa perdeu sua mãe no nascimento da sua irmã mais nova, com a ausência da mãe e o trabalho puxado de seu pai...