C a p í t u l o 33

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Larissa Tateno
• Maratona 1/3

Acordei com um peso na minha cintura, olhei pronta pra xingar o ser que me acordou, mas franzi o cenho quando vi Rael sentado na minha cintura, segurando uma bandeja de café da manhã.

Eu - Como conseguiu isso? - murmurei, a janela tava aberta, o sol tava gritando e conseguia ver pessoas na praia, se eu soubesse que iríamos vir pra uma, teria trago pelo menos um biquíni.

Rael - Nunca conto meus segredos - Piscou colocando a bandeja de lado - Ia te deixar dormir, mas sua mãe já ligou três vezes - Falou saindo de cima de mim, deitando na minha perna.

Eu - Provavelmente quer saber se não nos matamos - Ri coçando as costas nua dele, que se arrepiou beijando minha perna - Vou no banheiro rapidinho e já volto.

Rael - Se demorar eu como seu pão - Avisou com os olhos semicerrados, neguei tirando ele de cima de mim, e levantei indo pro banheiro.

Fiz minhas h.m e escovei meu dente, como não trouxe nada, penteei meu cabelo com o dedo mesmo, e prendi em um coque, não ficou perfeito, mas é o que dá no momento.

Voltei pro quarto e cruzei os braços, vendo um homem de 27 anos, todo enrolado no cobertor, comendo o MEU pão, deve tá achando que o cobertor é a capa de invisibilidade do Harry Potter.

Eu - Eu espero de verdade que esse seja o seu pão - Sorri forçada e ele engasgou no susto, me olhando com os olhos arregalados - Tá devendo, por acaso?

Rael - Morrendo mesmo, quer me assassinar antes de conseguir a herança? - Fez drama alisando o pescoço, neguei sentando do lado dele, e mordi um pedaço do pão - saí agora é meu - afastou a mão, enfiando todo o pão na boca.

Eu - Seu egoísta - Dei língua pra ele, pegando o último pão na bandeja.

Comida é sagrada, ué, ele tirou minha chance de comer duas vezes.

Rael - Um pão é melhor do que seu gostosão aqui? - Sorriu crente que a resposta seria não, coitadinho - Larissa - Abriu a boca, ficando sério.

Eu - O que foi? Não falei nada - Dei de ombros, encostando na cabeceira.

Rael - Mas pensou - Falou óbvio - Sem prazer pra você hoje, senhorita Tateno - Sorriu vitorioso.

Ele não tá fazendo isso, ah mais não tá mesmo.

Eu - Se me deixar de greve, vou fazer uma bem pior com você - Apontei séria pra ele - Lembra que posso revidar, "gostosão" - Debochei cruzando as pernas.

Rael - Greve? Quem falou em greve, mulher? Tá imaginando coisa - Se fez de desentendido, o ignorei pegando meu celular, e só vi ele se arrastar até mim, igual cachorro que caiu da mudança - Fala comigo, linda - Fez bico, subindo encima de mim - Vai me ignorar?

Eu - Vai me deixar de greve? - Devolvi com outra pergunta, e ele negou sacana - Palhaço - ri mexendo no cabelo dele.

Ficamos na cama por mais um tempinho, são 9h agora e Rael saiu pra tentar comprar alguma roupa, poderíamos voltar pra casa agora, mas temos que aproveitar a sós, né?

Arrumei o quarto indo pra sala, e juntei a louça que usamos no café da manhã, colocando na pia, comecei a lavar tudo, e escutei meu celular tocar.

Olhei no balcão vendo que era minha mãe, e atendi colocando no viva voz.

Ligação on

• Rita
- Graças a Deus, né criatura?
Tem celular pra que se não
Atende, Larissa? Quer me
Matar de preocupação?

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora