C a p í t u l o 95

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Larissa Tateno – 3 dias depois

Nunca imaginei que ter bebês seria bom de doer o peito por saudade, esses dias foram e ainda estão sendo desafiadores, entender a necessidade do nosso casalsinho mesmo na neonatal, as dores da cesária que inflamou, meu leite que desceu e agora tiro para ficar dando no copinho para os bebês.

As horas que passamos junto deles, o choro da insegurança por ainda ser tudo novo, se ainda não enlouqueci foi por ter Rael aqui, e nossos filhos não poderiam ter pai melhor e mais atencioso que esse.

Rael toda noite ficava indo na neonatal ver se estava tudo bem, tanto que as pessoas já conhecem ele pela quantidade de vezes que o homem aparecia.

Por conta da inflamação na cesária eu pude ir algumas vezes mas precisei ficar na cama para cuidar melhor e foi horrível.

Agora são quase 13h e estou tirando leite, só hoje precisei tirar três vezes porque desceu muito, nem reclamo, estava receosa de nem ter e saber que tenho suficiente me alivia.

Mas os bebês ainda mamam pouco e acabo doando para o hospital mesmo, melhor que estragar sendo que tem bebês precisando.

Escutei alguém entrando e cobri meu peito, ajeitando melhor a camisola, agora o único look que tenho virou esse, muito mais fácil, confortável e não estou saindo do quarto.

Rael - Tirando leite de novo? - sorri vendo o mesmo entrar com um casaco, está frio? - A enfermeira falou que não almoçou, linda.

Eu - Estou sem fome, não estava calor? - ele sorriu travesso se aproximando, olhei para Rael franzindo o cenho - O que você fez?

Rael - Nada - negou inocente, encarei firme tirando o cobertor, seus olhos foram direto para meu outro seio, diz Rael que estão duas melancias de tão grande que ficou - Caraca, quanto leite tem aí, mulher? – arregalou os olhos surpreso.

Eu - Nossos filhos tem uma fábrica boa para eles aproveitarem - brinquei puxando Rael para mais perto - Agora não muda o foco do assunto, o que você fez?

Rael - Coisa boba, sabe... - disfarçou tirando o casaco, procurei alguma coisa e sorri não acreditando que ele tinha feito isso - Assim vou ter nossos filhos na pele também - olhei vendo seu sorriso orgulhoso olhando para o próprio braço

Eu - Ficou perfeito, amor - passei meu dedo perto da tatuagem, com o horário que cada um nasceu - Como conseguiu do Richard?

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Rael - Perguntei sua avó, não sabia onde os documentos dele estava - lá em casa guardo tudo separado em pasta caso precise sair de casa rápido.

Eu - Achei diferente, normalmente colocam nome ou pezinho - sorri ainda boba pela atitude - Eu te amo, lindo, obrigada por tudo que faz pela nossa família.

Rael - Eu que agradeço por me dar eles, não teria nada sem você - sussurrou vindo mais para perto de mim, parando centímetros do meu rosto - Eu te amo muito, linda.

Sorri beijando ele, Rael aprofundou o beijo arranhando minha nuca mas paramos com uma batida na porta, olhamos vendo passar por ela um enfermeiro e Rael tampo rápido meu seio, ficando em pé.

Xxx - Não poderíamos liberar fora da hora, mas a família de vocês está aqui querendo entrar, posso permitir? - ninguém falou um A sobre vir agora.

Eu - Pode sim, obrigada - ele assentiu indo e Rael me encarou confuso - O que será que o povo quer?

Rael - Não sei, ninguém falou nada - neguei terminando de tirar o leite, foi o tempo de guardar meu peito para um ser entrar com mil balões e arregalei os olhos assustada - O que caceta você faz aqui? - perguntou rindo tão assustado quanto eu.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora