C a p í t u l o 29

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Larissa Tateno
• Dias depois

Gisele - Finalmente, já estava quase ligando pra polícia, mulher - Reclamou abrindo a porta do carro.

Os dias se passaram rápido e amanhã já é o aniversário da Naiume, não vou mentir e dizer que foram os dias mais fáceis da minha vida. Recebi uma carta do meu pai, pedindo pra que eu fosse o visitar, mas não tive coragem de ir, não agora.

Minha mãe continua na minha casa, pelo menos por enquanto, já que ela quer alugar uma casinha pra ela morar, disse que não quer atrapalhar minha rotina, mesmo eu amando ela comigo.

Ainda não falei com ele, nem ao menos nos vimos, e isso dói, porque ainda lembro do seu cheiro, da sua risada, mas a única coisa que posso fazer é viver um dia de cada vez, tentando não me deixar levar pelo sentimento ruim.

E como nem tudo na vida do pobre é uma maravilha, estou aqui, em plena 9h da manhã, indo com Gisele no mercado comprar os refrigerantes, tentamos comprar direto da fábrica pra sair mais barato, mas não conseguimos então vamos no mercado rapidinho.

Eu - Não demorei nem cinco minutos, garota - Neguei me olhando no espelho do carro - Gian liberou a senhorita foi? Não era vocês que iam virar a noite brincando? - Sorri maliciosamente, olhando pra ela.

Gisele - E íamos, mas uma pessoa - Sorriu irônica, me olhando antes de ligar o carro, indo em direção ao mercado - Me ligou atrapalhando nossa brincadeira.

Eu - Quem mandou se oferecer pra ir comigo? Eu ia sozinha - Mexi os ombros indiferente. Se eu falasse pra Nai que ia sair com Carina, obviamente ela ia desconfiar de algo, então Gisele se ofereceu, e aceitei já que esqueci de abastecer meu carro.

Gisele - Meu amor, eu sou uma ótima amiga, por isso me ofereci - Se fez, virando a rua - E como você tá?

Eu - Vivendo - Brinquei sorrindo ladino - Tem dias que não quero nem pensar nele, e outros que quero tacar o foda-se e ir atrás - Bufei deitando minha cabeça no banco - Por que amar é tão difícil?

Gisele - Porque se fosse fácil não seria prazeroso - Riu - Eu gosto de correr atrás, conquistar, fazer doce pra atiçar mais a vontade deles, ih é tudo de bom.

Eu - Tudo de bom porque Gian é cachorrinho seu - Falei óbvia e ela assentiu simples - Safada, tu gosta disso - ri.

Gisele - Claro que gosto - Me olhou rápido, voltando a atenção pra rua - Passamos a vida correndo atrás de macho, agora é a vez deles correrem atrás de uma maravilha como eu - Apontou para si mesma, e neguei rindo.

Chegamos no mercado e fomos logo pra seção das bebidas, não vou comprar só refrigerante, nem todo mundo bebe, então peguei também alguns sucos e cerveja, nem vou beber pra ser sincera, mas vai ter quem beba...então comprei pra eles mesmo.

Eu - Entra no corredor da padaria, vou comprar logo as coisas do café da manhã pra Nai - Lá em casa sempre tivemos a tradição do café da manhã, e amo enfeitar, deixar tudo bonitinho.

Gisele - Posso filar bóia na sua casa não? - Perguntou divertida, e neguei pegando o pão de forma, Naiume ama comer misto de manhã - Sempre quis comer isso - Pegou uma caixinha de muffin de morango - Será que é bom? Meu dinheiro não tá dando pra gastar atoa não.

Eu - Já provei o de chocolate e é bom, esse nunca provei - Dei de ombros - Compra só um, não pega a caixa toda.

Gisele - Aqui tem separado? - Assenti apontando pra prateleira, ela foi pulando pegar um, e neguei rindo, terminando de pegar as coisas.

Lembrei que Naiume sempre quis comer waffles, mas nunca comprei com medo de ser ruim, acho que vou fazer a vontade dela, pelo menos amanhã.

Eu - Será que essa marca é boa? - Peguei uma mostrando pra Gisele, que me ajudou muito, dando de ombros - Obrigada pela ajuda - Ironizei olhando as outras.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora