C a p í t u l o 45

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Larissa Tateno

O ano chegou ao fim e quando parei pra pensar em tudo que aconteceu, me perguntei se havia passado um ano mesmo, ou se por acaso vivemos três de graça.

Nosso último dia se resumiu em aproveitar a cachoeira que Gian achou, voltamos pra casa já  anoitecendo, isso porque precisávamos nos arrumar e terminar de ajeitar as coisas.

Mas quando se trata de uma família normal, nunca ficamos em primeiro lugar, simplesmente nos deu a louca, e trouxemos as mesas até a cachorreira, junto com um varal de luzes que Carina trouxe e a caixinha de som, fazendo assim nosso ano novo na cachoeira.

Prevejo a memória do meu celular acabando, porque jamais vou ignorar essa paisagem, vai ter foto até 2030 se depender de mim.

Eu - Vem logo tirar foto, lindo - pedi pela terceira vez, homem quando se junta é pior que mulher. Rael assentiu deixando a taça na mesa, e veio até nós com a maior calmaria - Pensei que teria de arrastar você - debochei.

Rael - Nunca deixaria minha linda esperando - negou cínico, se colocando atrás de mim - Aline de fotógrafa? Só vou pagar a foto se ficar boa, hein.

Aline - Você não permite, irmãozinho - sorriu irônica, ela tirou nossa foto e antes que Rael sumisse de novo, chamei Richard pra tirar uma com a gente, quero atualizar as fotos lá de casa - Ficou linda, digna de um quadro.

Richard - Claro que ficaria digna de um quadro, olha essa perfeição - apontou para si mesmo, e nós rimos - Me manda depois, mãe, vou postar no insta esse menino de ouro.

Eu - Depois que eu postar, eu mando - ele assentiu correndo até Naiume, que falava por vídeo com Maitê - Ficou lindo cunha, vou colocar como tela de bloqueio.

Aline - Falando nisso, vou tirar uma também, preciso atualizar urgentemente minha foto de perfil, ainda tinha 23 anos - fez careta me entregando o celular.

Rael - Nossa como você é velha, sua coluna não dói senhora de 25 anos? - fingiu preocupação, Aline revirou os olhos, batendo na testa dele, e deu as costas indo pra perto da cachoeira - Não aguenta uma brincadeira - riu.

Eu - Você perturba muito - neguei rindo e ele deu de ombros, me virando de frente pra ele - Peçanha respondeu sua mensagem?

Rael - Respondeu, provavelmente vou ficar com o turno dia 4 - bufou mexendo no meu brinco - Se Uriel trocar a escala, consigo ficar mais alguns dias em casa.

De manhã Rael recebeu uma ligação do delegado, aparentemente ele vai cobrir o turno de outro policial, mas nada decido, então ainda não sabemos se vamos precisar voltar antes pra casa.

Eu - Não se estressa agora, talvez você nem fique com o turno - sorri ajeitando o cabelo dele, Rael assentiu me dando um selinho, e senti os dedos dele subir até minha cintura nua, estou vestindo um top branco que faz conjunto com a calça - Olha bem onde essa mão vai, Guimarães.

Rael - De encontro a senhora Guimarães - falou apertando minha cintura, e não consegui segurar o sorriso besta - Larissa Guimarães, acho um nome chique, não acha? - ergueu a sobrancelha.

Eu - Assim como Rael Guimarães - fiz o mesmo abraçando o pescoço dele, que sorriu mordiscando meu lábio inferior - Não somos aqueles casais que criam metas no relacionamento, né?

Rael - Nem somos um casal normal - me olhou óbvio, e gargalhei deitando a cabeça no peito dele - Como vamos contar aos nossos filhos nossa história de amor? - brincou me abraçando.

Eu - Com certeza teremos tempo pra inventar uma história que não envolva prisões nem omissões - ele assentiu rindo.

Gian - Desculpa atrapalhar o casal, mas dona Francisca mandou chamar vocês - o olhamos - Sua avó assusta, sabia?

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora