C a p í t u l o 98

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Larissa Tateno - 01/12

Um mês dos nossos guerreirinhos, mês esse que mudou completamente nossas vidas, o mês mais difícil, mais desafiador, mas nem nos meus sonhos imaginei ser tão feliz com nossa família como estou.

30 dias que estamos nessa batalha que hoje terminou, e simplesmente não consigo tirar o sorriso do rosto por saber que amanhã os bebês vão para casa, vamos finalmente ter nosso casalsinho todos os dias com a gente.

Viemos cedo para o hospital comemorar o primeiro mês dos nossos caçulinhas que já mudaram tanto durante esses dias, estamos no quarto agora, parece mentira que todas as angústias passaram.

Rael estava ninando os dois nos braços, não tinha mais fios atrapalhando, não existe um sentimento maior que gratidão por segurar eles sem todos os aparelhos.

Pela primeira vez pudemos cuidar deles no que diziam normal, pudemos vestir eles de duplinha, e imaginar uma rotina longe dos corredores da neonatal.

Lógico que nunca vamos esquecer isso, não tem como, fizemos amizade com o grupo de enfermagem que cuidava deles então ainda sim vamos lembrar, somos gratos por eles e todo carinho com nosso casalsinho.

Rael - Acho que alguém fez surpresa - falou, olhei vendo Nina com carinha de choro - Já começamos os trabalhos, mamãe - brincou - Treinando para amanhã é, princesa do pai?

Eu - Papai se deu bem com o maninho bem pleno no colo - Rael fez graça fingindo estar aliviado e neguei, pegando minha princesa, sentindo sua fralda cheia - Vamos tirar essa fraldinha, meu amor?

Dei um cheiro nela que resmungou fazendo bico, começando um choro sofrido como se estivessem beliscando a bichinha, drama já vem no sangue dessa família.

Eu - Mamãe vai trocar, filha - deitei ela com cuidado na cama tirando o body verde que o irmão escolheu pela ligação, Richard está na escola participando da despedida, ainda vai ter uma viagem de formatura mas só no meiado de janeiro, vão para Angra com toda turma junto, só imaginem a bagunça.

Não sei como um bebê que mama consegue fazer um estrago desse. Nossa princesinha é tão agitada que nem para trocar uma fralda ela para, quero ver quando for maior.

Rael - O que ela tem de elétrica Ravi tem de calmo, linda - sorri terminado de trocar ela, fechando o body deitando ela em meu peito - Vai dormir rapidinho - apontou para ela, o olhinho pesado denunciava o sono.

Eu - Vai mesmo - dei um cheiro no rostinho dela que se aconchegou em mim, fechando os olhinhos - Parece mentira que vamos ter eles em casa.

Rael - Confesso que estou com medo de não dar conta - murmurou ninando Ravi que se mexeu resmungando - Não quero que você se sinta sobrecarregada se não conseguir te ajudar.

Eu - Ainda vamos nos adaptar com eles em casa, lindo - sorri dando um selinho nele, o medo existe em mim também, passamos os primeiros dias com ajuda 24h por estarmos no hospital, mas agora vamos seguir com os dois sozinhos em casa.

Rael - Se eu falhar com você me avisa, linda - falou sério, sorri me aproximar dele com a Nina no colo, beijando o mesmo com calma pelos bebês entre nós dois.

Eu - Não vai - neguei confiante, ele desde os primeiros momentos que falei da gravidez, quando os bebês nasceram, esteve aqui nos fazendo prioridade, última coisa que ele fez foi falhar - Amamos você, papai.

Rael - eu amo vocês - sorriu beijando minha testa, fazendo o mesmo com os bebês.

Enquanto eles dormiam aproveitei o tempo para arrumar as coisas, nessa loucura toda de vir para um quarto e acostumar com um mini casalsinho grudado em nós, jogamos a bolsa no canto e ficou tudo bagunçado.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora