C a p í t u l o 39

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Rael Guimarães

Daqui a pouco o despertador da Larissa toca, estou quase colocando no silencioso só para continuar deitado com ela, parece até mentira que nada mais nos impede de ficarmos juntos.

Sorri olhando a mesma dormir, quem olha o rosto calmo, não imagina essa mulher irritada, vou precisar usar todo meu treinamento pra controlar a fera, tracei um caminho nas costas nua dela, que se arrepiou, passando a perna por cima de mim.

Agora imaginem minha situação, com a noite de ontem fresca na memória, e a mulher que amo completamente nua, roçando em mim mesmo que seja dormindo, meu parceiro não consegue se controlar tanto assim.

Larissa - Que horas? - sussurrou escondendo o rosto no meu pescoço, a situação só piora meus amigos, puta merda.

Eu - Faltam alguns minutos - tirei o cabelo do rosto dela, como pode alguém ser tão perfeita? - Você quer me fazer perder o controle, né? - ela abriu só um olho sonolenta, e ri beijando o ombro dela - Linda e ainda por cima nua.

Larissa - Deixa de ser safado, nem 6h da manhã são - me repreendeu batendo no meu peito - Vai na delegacia hoje?

Eu - Só pra entregar as papeladas, essa semana tô livre ainda - ela sorriu crente que eu não conseguia ver - ficou feliz, foi? - perguntei divertido, e ela negou abaixando o cobertor - Porra, Larissa - neguei olhando o teto - Quer me matar do coração?

Larissa - Como se não tivesse visto tudo ontem - ironizou sentando, tô falando que essa mulher quer me fazer perder o controle - Alguém acordou - me arrepiei com a mão dela passando por cima do meu membro.

Eu - Mulher - murmurei segurando a mão dela, olhei para a mesma, que sorria implicante - Se não fosse a loja você ia ver o implicante.

Larissa - Nossa, que medo - debochou, deitando de bruços - Quer ficar com o carro hoje? Só precisa deixar as crianças na escola e me levar na loja - acho engraçado o jeito que ela se refere a Naiume e Richard, deve ser jeito materno.

Eu - Depois a gente vê isso - entrelacei nossas mãos, meu carro ficou em Santa Catarina com minha mãe, então por enquanto vou ficar sem, até conseguir outro.

Bateram na porta e puxei o cobertor tampando Larissa, Naiume colocou a cabeça pra dentro do quarto, tampando os olhos, e rimos fazendo ela olhar entre os dedos.

Naiume - Nem vou perguntar o motivo de estarem assim - negou com uma careta, apontando pra nós dois - A escola mandou mensagem avisando que não tem aula hoje, estourou o cano de água.

Richard - Deus atendeu minhas preces - falou alto abrindo a porta com tudo, o mesmo encarou Larissa coberta, e semicerrou os olhos, me olhando - Ah seu policialzinho de quinta, espero que tenha se protegido quando tirou a pureza da minha mãe.

Larissa - Minha única pureza é do oxigênio - ergueu a sobrancelha e gargalhei vendo Richard abismado - Sabem que sem escola vão arrumar a casa, né?

Naiume - O QUE? - gritou indignada - Você não seria capaz de fazer isso com sua irmã preferida - se fez com a mão no peito, Larissa assentiu simples - Larissa, quanto rancor no coração, Rael não consegui aliviar seu estresse?

Eu - Consegui e muito - respondi por ela, Richard pegou a primeira coisa que viu, jogando em mim - Que isso, filhão? - ri tirando aquelas faixas de fazer maquiagem do meu rosto.

Richard - Permiti o namoro de vocês, mas não fiquem de putaria na minha frente - cruzou os braços, Larissa riu pegando uma almofada, e jogou nele, que desviou - Agressiva.

Larissa - Bobo - revidou deitando em mim, o despertador dela tocou, e estiquei minha mão desligando - Já que hoje vocês todos são desocupados, alguém precisa trabalhar.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora