Um Amor Secreto

C a p í t u l o 25

• Larissa Tateno

Sábado chegou e infelizmente não tive a proeza de dormir até tarde, faltam 12 dias pro aniversário da Naiume, a chácara já está confirmada e minha vó conseguiu uma mulher pra fazer a decoração.

Mas apesar disso tô tendo que correr atrás das comidas e de convidar as pessoas, como é uma festa surpresa, fica muito mais difícil saber quem chamar, já que se Naiume soubesse, ela mesma faria isso.

Bufei largando o celular, e toquei no colar que ganhei do Luan ontem, as vezes ele consegue ser tão perfeito que até desconfio, mas ainda sinto que alguma coisa aconteceu, ele tava tenso demais para quem só iria viajar.

Richard - Olha quem apareceu - Entrou na cozinha com meu pretinho todo sorridente - Quase não largou a bala pra vir te ver - Riu.

Eu - Ia querer largar a bala pra falar com a tia? Claro que não - Ri pegando meu pretinho, que se jogou pro meu colo - A tia tava morrendo de saudades de você - Enchi ele de beijo.

Lucas - Pa titia - Gargalhou jogando a cabecinha pra trás, parei os beijos e Carina apareceu - Mamãe - Chamou com as mãozinhas a mãe, que sorriu pegando ele no colo.

Carina - Vim ver se precisava de ajuda - Assenti, Richard pegou Lucas saindo da cozinha, e Carina puxou a cadeira, sentando do meu lado - Conseguiu falar com Marina sobre os salgadinhos?

Eu - Ainda não, só consegui falar com a empresa que tem aqueles carrinhos, mas também só consegui de hambúrguer e brigadeiro - Mostrei pra ela a planilha que estava tentando me organizar, o que obviamente não está funcionando - Temos poucos dias pra resolver isso.

Carina - Menos do que imagina - Murmurou baixo, encarei ela confusa, e a mesma sorriu pegando a caneta - Deixa que eu falo com Marina, vou lá pra perto da vó e já resolvo isso pessoalmente - Assenti desconfiada.

Conheço minha irmã, o suficiente para saber que ela só mexe no cabelo quando tá nervosa, e o tanto que ela tá mexendo, já está me irritando.

Eu - Para de mexer no cabelo, Carina - Pedi a ela que respirou fundo, parando de mexer - O que foi? Você nervosa, Luan parecendo tenso ontem, tem alguma coisa acontecendo?

Carina - Ele veio aqui? - Assenti cruzando os braços - Eu...eu só lembrei da mãe, sempre que chega o aniversário da Nai eu fico feliz por ela, mas foi no mesmo dia que... - Parou de falar, abaixando a cabeça.

Eu - Todos os anos me dói, mas é pela Nai que eu transformo essa data em uma data feliz, ela está viva, saudável, e isso que importa - Sorri fraco, segurando a mão dela - Não se sinta mau por isso, ela é nossa mãe, claro que vamos sentir falta dela.

Carina - E se acontecer alguma coisa até a festa? Ainda vamos fazer, não vamos? - Me olhou expectante. Por que todo mundo está agindo como se alguma coisa fosse acontecer?

Eu - Claro que sim, independente de tudo é o dia da nossa caçulinha, não vamos deixar que ela se sinta sozinha no aniversário dela, ela precisa saber que a amamos - Carina assentiu em silêncio, voltando sua atenção pras comidas.

Terminamos de resolver toda a questão de comida, agora só faltava mesmo algumas pessoas confirmarem. Naiume já nos perguntou mil vezes o que iríamos fazer, e nossa resposta foi simplesmente um "iremos fazer um bolinho".

Carina - Tem como os meninos dormirem com você hoje? Eu e Denis vamos precisar sair e não queria deixar os meninos com minha sogra de novo - Perguntou amamentando o Lucas.

Eu - Claro, meu amor, se quiser me dar seus filhos, eu também aceito - Brinquei, ela riu negando e Richard me olhou indignado - Oh, meu neném ficou com ciúmes - fiz voz de criança, abraçando meu bebezão.