C a p í t u l o 67

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Larissa Tateno - semanas depois

Não tem nada aqui em casa, deixamos para fazer compra essa semana, mas a preguiça foi tanta que só estamos indo porque precisamos, se não ia adiar até as compras do mês que vem.

Terminei de me arrumar vestindo um
moletom do Rael, amanheceu frio e os meus estão com cheiro de guardado, nesse tempo nem calcinha seca então vai ter que ser esse mesmo.

Desci encontrando Rael no sofá e senti
seu olhar divertido no moletom, andei até ele como se nada tivesse acontecido, pegando meu celular mais a lista de compras na mesinha.

Rael - Gostei do moletom, tenho um igual - debochou e fingi surpresa olhando ele que riu me puxando para seu colo - Seu estilo é incrivelmente sexy, senhorita - me olhou por inteira, moletom e meia, onde isso é sexy?

Eu - Com um moletom roubado? - Rael assentiu me beijando, paramos depois de lembrarmos das compras e levantei, calçando meu tênis - Richard vai com a gente, lindo?

Richard - Não, quer esperar Maitê - eu sabia que ele não ia, perguntei só para ter certeza - Vamos, linda? Vai voltar a chover daqui a pouco - levantou ajeitando a jaqueta, Rael além do moletom jogou ela por cima, vai sentir esse frio lá na China.

Eu - Então vamos logo - peguei a bolsa avisando Richard que estávamos indo, saímos de casa e quando entramos no carro a chuva caiu, olhei entediada - É só falar que acontece, misericórdia.

Rael - Vou ganhar na loteria - brincou, ri prendendo meu cabelo e Rael ligou o carro saindo da garagem - Acabou o sabão em pó também, linda - avisou prestação atenção na rua.

Eu - Acabou tudo, lindo, tem que ir em todos os corredores ver o que falta - se passarmos duas horas no mercado vai ser pouco, liguei o rádio deixando no canal que estava e fomos cantando até o mercado - Nossa, tá cheio hoje - falei assustada, nem natal fica cheio desse jeito.

Rael - Cheio demais pra segunda-feira, tem que achar um carrinho por aí - foi uma luta achar algum mas consegui, o mercado parecia formigueiro e demos preferência as coisas de geladeira que acabou totalmente lá em casa - Linda?
Ainda tem manteiga?

Eu - Vai acabar, pega mais uma logo e pega requeijão também - Rael pegou pondo no carrinho e peguei os frios, danones e leite, peguei as verduras que tinham acabado faz tempo e uma cartela com trinta ovos, Rael foi pegar carne e uns congelados pra deixar no freezer e sai a procura dos produtos de limpeza.

Cada corredor que eu passava pegava alguma coisa da lista, mas nunca fica só na lista e quando percebi já estava pegando coisas para fazer caldo de janta, brasileiro não pode sentir um vento que quer comer caldo ou sopa.

Vou fazer caldo verde por ser rápido e Richard gosta mais que os outros, meu carrinho já não cabia nada e arregalei os olhos vendo Rael abraçando quatro pacotes grandes de Doritos, limites? Aqui não temos.

Eu - O que é isso, misericórdia? - parei com as mãos na cintura olhando ele ir no carrinho, jogando sem cuidado nenhum com as outras coisas - Se eu perguntar o motivo vou tirar dali, e sabendo disso nem vou perguntar - fiz minha cara de Kátia, ignorando os pacotes no carrinho.

Rael - Por isso que amo você - sorriu cínico me abraçando por trás - Fiquei com vontade de comer assistindo filme mais tarde - explicou beijando a curva do meu pescoço, filho da mãe, querendo me amolecer com jogo sujo.

Eu - E precisa de quatro? - perguntei e uma senhora passou por nós rindo - O nosso filho ficou em casa, sabia? Aqui eu esperava um adulto controlado - cruzei os braços divertida, vendo Rael imitar debochado, vindo para o meu lado.

Rael - Sou bem controlado, mas quero comer Doritos - falou simples e neguei sabendo que ele levaria mesmo assim, estou pensando seriamente em fazer as compras de agora em diante sozinha - Vai fazer o que com isso, linda? - olhou o maço de couve, empurrando o carrinho pro corredor dos pães.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora