C a p í t u l o 16

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Richard Tateno

Se ontem achei a prova de matemática difícil, era porque não tava preparado para a de história hoje, nunca entendi porque preciso saber, minha mãe vive falando que não somos museu pra viver de passado, mas a escola cisma em mandar a gente aprender história do passado, os cara já tudo morto e eu ainda aqui, estudando eles

Júlio - Já imaginou um cara chegar no médico, "aí doutor tô com dor no peito", e o médico chegar pra ele "Legal, mas já ouviu a história de Pedro Álvares Cabral? - Sussurrou para mim e gargalhei, chamando a atenção da professora

Professora - Alguma piada na prova, senhores? - Cruzou os braços, e negamos segurando a risada - Então fiquem em silêncio e voltem a fazer a prova

Eu- Pode deixar professora - Ri baixo olhando para minha prova, não tava entendendo nada, mas eu que não ia deixar em branco. Comecei a tentar pescar as respostas pela pergunta das outras, e consegui responder a maioria, menos uma

Levantei entregando a prova para a professora, ela olhou a prova toda e simplesmente me levou, se é que com essa delicadeza eu posso chamar de "levou", até a porta

Eu- Oxi, é assim que você faz com seu melhor aluno? - Fiz drama e ela negou abrindo a porta - Era só pedir professora, quanto mal humor - Resmunguei fungando

Professora - Vai logo menino - Choramingou e ri saindo, ela é maluca mas é legal

Fui pra quadra e Naiume ainda não tava lá, ela é do 1° ano e eu já tô no 2°, então normalmente quando ela acaba a prova eu ainda tô fazendo e vice versa

Sentei pegando meu celular e arregalei os olhos vendo a publicação da Maitê, mas não qualquer publicação, e sim uma publicação aqui na escola

Eu- Oh mano, ela estuda aqui? - Murmurei confuso e comecei a olhar pros lados tentando achar ela, pela foto ela já tinha saído da prova. Levantei olhando pra fora da quadra e encontrei ela falando com Naiume, bela companhia ela foi arrumar

Guardei meu celular indo até lá, e Naiume revirou os olhos, quando viu eu indo na direção delas

Eu- Sobreviveu a prova titia? - Perturbei passando meu braço pelo ombro dela, e sorri pra Maitê que tava mais vermelha que tomate

Naiume - Quem deveria fazer essa pergunta era eu, sobrinho - Ironizou e Maitê riu - Veio só para pertubar? - Ergueu a sobrancelha

Eu- Caramba hein, eu venho na maior boa vontade, falar com minha titia e ela me recebe desse jeito - Fiz drama - Você viu? é assim que ela me trata o tempo todo

Maitê - É tão estranho saber que ela é sua tia, mesmo sendo mais nova - Riu e Naiume fez careta, tirando meu braço do ombro dela

Naiume - Já falou com o Denis? - Neguei, ele normalmente já busca a gente, mas depois do que aconteceu ontem minha mãe não quer que a gente volte para casa sozinhos de jeito nenhum - Mas não serve para nada hein, deixa que eu ligo, já volto Ma

Maitê - Tudo bem - Naiume saiu com o celular na mão, deixando só eu e Maitê

Eu- Não sabia que você estudava aqui - Puxei assunto, sei que ela tem vergonha e se eu não puxar assunto ela vai ficar calada até Naiume voltar

Maitê - Eu estudava de tarde, mas como me mudei para a casa do meu pai, passei para de manhã - A olhei surpreso - Não aguentei mais ficar com minha mãe - Deu de ombros, sorrindo de lado

Eu- Não perdeu nada, se aquele lugar não te fazia bem - Só eu sei o que é viver com pessoas que não querem seu bem, mas graças a Deus e a minha mãe, eu não preciso mais passar por isso - Você é da sala da Naiume, né? Só tem um primeiro ano aqui

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora