C a p í t u l o 97

620 64 42
                                    

Rael Guimarães

Foi uma noite difícil, Larissa acordou várias vezes chorando pelos bebês sozinhos, quase indo no hospital ver eles de madrugada e só dormia depois de minutos assim, me dói ter que ver ela triste.

Não pensei que seria difícil vir embora sem os bebês, imaginei que doesse mas não com tanta intensidade assim, é uma merda cara.

Acordei faz alguns minutos mas não sai por falta de coragem, eram 7h agora, Larissa foi dormir mesmo quase 4h da manhã então as noites em claro começaram antes por aqui.

Liguei a luminária da minha cabeceira com cuidado para não acordar Larissa, vendo as olheiras pelo choro e noite mal dormida, eu odeio ver ela assim.

Tirei um cabelo do rosto dela vendo o pano da camisola suja de leite, ela vive trocando de roupa por isso mas diz que não liga, que é leite dos nossos filhos e tudo bem.

Também não ligo, é normal, assim como me desdobrar para fazer meu papel, não ajudo porque não é "ajudar", sim obrigação, sou o pai assim como ela é mãe, claro que Larissa vai fazer coisas que não posso fazer como a parte de amamentar, mas o resto posso e se vai aliviar para ela, não custa nada fazer.

Levantei todo grogue de sono indo buscar o negócio que Larissa comprou se vazasse, os nomes das coisas eu nunca sei mas lembrei que ela guardou na gaveta dos bebês.

Entrei levando um soco pelos berços sem os donos alí, mas tentei ignorar a sensação me forçando no que fui fazer pegando dois dos círculos, tem absorvente de seio? Que doido.

Voltei para o quarto vendo Larissa ainda na mesma posição de quando saí, e sentei perto dela acariciando seu rosto, a mesma abriu o olhos confusa mas sorriu fraco ajeitando os travesseiros na perna.

Eu - Seu leite está vazando linda, peguei um daqueles círculos que comprou se vazasse - avisei fazendo ela olhar rápido, suspirando pela camisola suja.

Larissa - Preciso tirar um pouco antes que o leite empedre - sussurrou bocejando, ajudei ela a sentar dando um selinho - Obrigada, a vida da mãe agora vai ser coque e leite todo nas roupas - brincou divertida prendendo o cabelo em um coque.

Eu - Ótima visão, poxa - ela me olhou cínica, mas estava falando sério, ver Larissa assim me deixa louco por saber que tenho alguém tão forte do meu lado - Vou pegar as coisas - ela assentiu se ajeitando na cama, peguei as coisas da bombinha ligando para ela que se esticou beijando meu queixo, colocando no seio - Quer alguma coisa, linda?

Larissa - Não, lindo... Obrigada - assenti, ela ficou tirando leite já mandando mensagem para a enfermeira perguntando como foi a noite dos bebês enquanto vim no banheiro.

Ela conseguiu uma amiga na neonatal, não me perguntem como mas Larissa agora tem o contato da mulher, melhor que sabemos e temos notícias dos bebês o tempo inteiro.

Fiz minhas coisa tomando banho rápido na intenção de não deixar Larissa sozinha, vai que ela precisasse de alguma coisa, sai com a toalha na cintura vendo ela toda bobona, encarando a tela do celular.

Eu - O que foi, linda? - abri minha parte do armário pegando uma cueca, vestindo com minha bermuda mesmo, estava limpa e eu que gasto com sabão em pó, está maluco gastar a toa.

Larissa - Ela mandou foto dos bebês, os dois dormindo juntos, disse que ficaram assim a noite toda - mostrou, sorri vendo duas mini cópias dela dormindo, só mandei nadadores mesmo porque cara, nenhum tem a minha - Quero ver eles - fez bico alisando o celular.

Eu - Tomamos café e vamos, se Richard não estiver dormindo chamamos também - falei pegando o celular para ver melhor.

Foi falar na criatura para ele entrar todo se querendo, para acordar cedo teve pulga na cama mordendo a bunda dele.

Um Amor SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora