Dissem que o ódio é o sentimento mais próximo do amor; que os opostos se atrem; e que um dia conheceria alguém que vai virar seu mundo de ponta cabeça.
Mike não acreditava em nada disso, até conhecer Eleven Hopper!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
P.O.V Narrador
O amor era uma coisa engraçada, quando menos esperamos ele aparece e bagunça toda a nossa vida, nossa rotina e nada mais era igual.
E isso era uma coisa boa, amar era algo maravilhoso, mas quando esse sentimento pega duas pessoas consideradas "babacas malandras" ficava difícil, não tinham muitas escolhas invés de magoarem um ao outro.
Steve e Billy eram a prova disso, os dois não davam certo, de longe pareciam muito amigos, mas quando se aproximava dava para ver nitidamente as farsas e as tensões que tinham ali.
Tudo começou com a brincadeira besta e inofensiva que chega um dia todos nós iriamos experimentar, o lance de uma noite, nada de compromisso e ponto final. Mas como o previsto, não deu muito certo, amizade balançada, tendo que ver a cara um do outro quase todos os dias, irem para a mesma faculdade, não tinham como não se apaixonar.
Nesse exato momento, Steve estava sentado em um bar pensando que merda ele anda fazendo de sua vida.
- E ai, fracassado? - chega Jonathan se sentando ao lado dele - me lembra de novo porque estamos fazendo faculdade mesmo.
- Porque esse é o caminho tradicional, que a sociedade ainda julga ser o único caminho para o sucesso - diz focado em seu copo, extremamente melancólico.
- É, esse motivo serve - diz Jonathan pensativo - o que está bebendo? Parece deprimente, eu vou querer um!
- Quando a vida virou uma merda? - pergunta Steve.
- Quando paramos de ficar na cama de toalha esperando nossas mães escolherem nossas roupas.
- Saudades dessa época.
- Qual o problema da vez? - pergunta Jonathan mesma já sabendo a resposta, fazia algum tempo que vinha acompanhando o drama dos amigos.
Steve não fala nada, apenas vira o corpo no banquinho, olhando para o outro lado do estabelecimento, encontrando Billy conversando com duas garotas se jogando para cima dele.
- Cara, vocês precisam conversar - fala o Byers acompanhando o olhar do outro - está na cara que vocês se gostam, pra que ficar nessa agonia?
- Porque ninguém gosta de coisas clichês igual a você e a princesinha da Nancy.
- Pelo menos nós dois estamos felizes - comenta Jonathan - se chamam clichês por um motivo.
- Volta aos seus problemas com a faculdade e me deixa em paz, Byers - fala Steve se levantando com seu copo, deixando o amigo falando sozinho.
Harrington vai até o canto onde Billy estava se gabando com aquelas mulheres, o álcool já estava batendo e chegando naquela fase onde não se responsabilizava mais pelos seus atos.
- Hahaha - chega rindo alto chamando a atenção dos três - o que é tão engraçado?
- Não estávamos rindo - responde Billy confuso.
- E sobre o que estavam conversando? - pergunta se sentando na mesa com eles - me incluam nessa conversa.
- Estávamos comentando das aulas do senhor Mason - responde a morena a esquerda - do curso de artes.
- Eu não faço artes - fala Steve rude - e nem ele.
- Isso não me impede de bater um papo legal com elas - comenta Billy encarando o outro com um olhar não muito feliz.
O clima ali estava pesado, qualquer um perceberia isso, o olhar que aqueles dois estava trocando tinha uma historia e tanto por trás. Aquele olhar estava tão pesado, que as duas mulheres que estavam com eles se retiraram de mansinho ao perceber que eles poderiam pular no pescoço um do outro a qualquer momento.
- O que está querendo Harrington? - pergunta Billy - apenas estragar minha noite?
- Isso é um brinde, Hargrove - fala Steve tão presunçoso quanto o loiro - qual é a sua, hein?
- Eu que te pergunto - diz se debruçando sobre a mesa.
O cara a sua frente repete o mesmo movimento, ficando os dois debruçados, rostos bem próximos e olhos se fechando conforme se aproximavam.
- Não devíamos mais fazer isso - comenta Billy baixinho - já está mais que na cara que não fazemos bem um para o outro.
- Talvez podemos ter uma ultima noite - fala Steve no mesmo tom que o outro.
- Nós dois sabemos que não seria uma ultima noite, essa dai aconteceu a quase um mês atrás.
- Verdade, mas quem está contando?
E com essa fala de Steve, Billy o puxa pela camiseta o beijando de forma bruta.
- Uma ultima vez? - pergunta Billy com a voz rouca separando seus lábios.
- Uma ultima vez! - confirma Steve.
E assim os dois saíram de lá, indo para um lugar mais reservado com a certeza de que seria uma despedida, mas nessa altura todos nós já percebemos que essa estava longe de ser uma ultima vez.
.
.
.
.
.
.
Um pouquinho desses dois porque sim, nunca vou superar o fato deles não terem se tornado um casal de verdade.
