A Flor do Rei 🌸 [YoonMin]

🌸 Capítulo 16 🌸

Boa noiteeeee 🌸🌸🌸

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Os passos implacáveis passavam pelo pátio enquanto o rei ia do salão principal à ponte que passava pelo pequeno lago.

Não era comum que o monarca fosse pessoalmente até ele, mas o fez, ainda assim, a fim de determinar suas novas ordens.

Depois da noite em que havia dançado para o loiro, Jimin estava bem mais confiante, não sendo imprudente, mas tendo consciência de que ele poderia jogar com o rei, de certa forma.

O olhar que o monarca tinha direcionado a si ainda estava claro em sua memória, e sendo renovado a cada momento que eles passavam juntos. Jimin fazia questão de deixar seu ombro bem visível enquanto lia para o loiro, sob seu olhar atento.

Lembrou-se da conversa com sua mãe, perguntando a ele se algo havia mudado. Se antes não tinha, agora sim. Ele conseguia sentir o desejo do Min apenas pela forma que ele o seguia com os olhos, acompanhando com o maior deslumbre cada gesto que o mais novo fazia.

Seu corpo reagia também, era verdade, concentrando certa energia em seu estômago sempre que via o outro passar a língua pelos lábios.

— O que está pensando, meu senhor? — perguntou, durante sua pausa para tomar um pouco de chá.

O Min estava horas sobre aquela almofada, apenas olhando para ele. Jimin já tinha lido quase um conto inteiro e ele nada falava, apenas assistia.

— Não vai gostar da minha resposta — disse o loiro.

— Devo concluir que seus pensamentos são inadequados, então?

— Isso é o que acha? — retrucou, vendo o acastanhado continuar impassível, sentado corretamente em sua almofada, a coluna bem posta e o hanbok reluzindo pelo brilho da luz que vinha de fora. — Quando me vê olhando para você, é em situações indevidas que pensa?

Jimin havia sido pego de surpresa.

— Não foi o que eu quis dizer — desconversou, mas corou, era tão óbvio?

— Mas foi o que disse. — O rei continuou em sua posição desleixada, bebendo mais do álcool ao qual se servia, ele estava sempre bebendo, mas nunca estava bêbado. — É assim que meu marido quer que eu olhe para ele?

— N-não, meu rei, foi apenas uma pergunta.

— Devo dizer, príncipe, que era o que eu gostaria de estar pensando — falou de forma despreocupada. — Mas ainda me intriga sua atitude em relação ao soldado Kim.

Seu olhar encontrou o de Jimin e o acastanhado voltou-se para ele.

— Eu já expliquei o que aconteceu. Mesmo que vossa majestade tenha o costume de não perdoar, eu não sou assim — ditou, vendo o loiro apertar os lábios. — Não conseguiria deitar minha cabeça para dormir sabendo que uma vida foi tirada por minha culpa.

— A culpa não foi sua, mas sim dele.

— Ainda assim — continuou o acastanhado. — Eu não poderia deixar que algo acontecesse com alguém que tentou me proteger.

O rei continuou a olhar firmemente para ele, medindo suas palavras, seu peito enchendo de fúria com um sentimento novo, amargo e que o fazia sentir impotente, e aquilo era uma das piores coisas para ele, já que em sua concepção, podia tudo.

— Não entendo sua compaixão por algo tão insignificante!

— Não é algo — rebateu. — É alguém, e é claro que é importante, mesmo que eu não seja da mesma família, ele é uma pessoa, uma vida que tem importância — falou, e o rei não respondeu mais, apenas levantou e caminhou até o outro.