Sou seu cunhado, né?

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P.O.V. Perséfone

Tínhamos feito a compra dos materiais e finalmente estávamos todos na minha casa. Blásio estava todo machucado, até estranhei, mas depois me explicou o que era exatamente. Felizmente o resto do dia foi legal, Alvo grudado no Monstro pelo o que fez, falando que o elfo era o melhor e tal, tinha razão. Porém ainda eu fiquei com o que aconteceu com meu irmão na cabeça, então quando cheguei a noite, coloquei meu plano em prática.

O bom de ser ensinada em casa, era o meu avô e a minha mãe, os dois tinham muito o que ensinar, muitas coisas interessantes. Eu tinha aprendido legilimência com eles e mais algumas coisinhas com ela, sobre o nosso poder. Enquanto Blás dormia, acessei suas memórias e descobrindo quem era por detalhes. Sorri para mim mesma, correndo para o meu quarto, onde Delphi fingia que dormia (acha que me engana, coitada). Peguei a memória roubada temporariamente e me concentrei no que minha mãe me mostrou, como usar o poder a distância.

Usei a minha intuição também, colocando a memória dentro dos olhos da cobra, o meu bracelete. Eu me concentrei em seus rostos, um por um, imaginando suas vidas sendo esvaziadas com muito sofrimento. Aquilo talvez fosse errado, mas me dava uma energia incrível. A sensação foi aumentando, cada vez mais, sem controle e cessou de repente. Será que tinha funcionado?

- O que está aprontando? - Sussurrou a loira sorrindo.

- Dando um jeito nos idiotas que socaram o meu irmão.

- Fez eles sofrerem bastante?

Lado ruim, eu apenas podia dar um mal estar, mas não exatamente um sofrimento.

- Pelo menos morreram. - Retrucou para mim. - Não vejo o dia de acontecer o mesmo com o trio pateta... mas eu quero vê-los sofrer bastante primeiro.

- Como? Cruciatus? - Perguntei.

- Cruciatus é pouco para eles... - Disse sorrindo. - Eu quero enlouquecê-los totalmente, fazê-los perder o que mais gostam... fazer todos ao seu redor esquecer que existe.

- Não há pior vingança que o esquecimento... - Sussurrei, recitando um livro que eu tinha lido. - Mas não posso adiantar?

- Per, depois eu que sou a pirada daqui.

- Vamos dormir, antes que a minha mãe apareça aqui com um "ouvi matar alguém?".

- Exemplos maravilhosos que temos. - Ri e me deitei.

- Por isso somos maravilhosas.

- Bom dia... - Falei me jogando na cadeira para tomar o café da manhã, eu fui a última. - Cadê a vovó?

- Foi na casa do seu tio... - Meu pai respondeu como se não quisesse o mencionar, com razão.

- Menos mal, não vou com a cara daquela sangue ruim. - Comentou Bellatrix fazendo uma expressão de nojo.

- Bella! - Meu avô gritou bravo.

- Esqueci, ela foi sua paixãozinha, nem posso chamá-la de...

- Não, para o seu bem. - Meu pai retrucou.

- Vocês viram o que saiu no profeta diário? - Perguntou meu tio, lendo o jornal.

- Você se apropriou do jornal, meio difícil. - Minha mãe disse sorrindo.

- Um bairro trouxa foi quase dizimado essa madrugada, estão achando que foram bruxos.

- Por quê?

- Sem nenhuma explicação para as mortes, como se todos de repente caíssem para o lado e puft.

- Me dê esse negócio!

Bella pegou da mão dele rapidamente e de repente ficou encarando a Delphini e a mim. Todos na mesa ficaram sem saber o que estava acontecendo, me incluo nisso.

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora