Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)

Socar sempre relaxa

P.O.V. Marie

Olhei novamente o meu celular, logo seria noite e nada do meu filho voltar, estava ficando cada vez mais preocupada. Régulo apenas tinha mandado uma mensagem avisando que logo estaria em casa, há duas horas atrás.

Tentava me concentrar na conversa de Remo e Sirius, mas conseguiam ser mais aleatórios que não sei o que. Eu realmente não conseguia entender merda nenhuma, aproveitava para comer a comida enquanto os outros falavam. É aquele ditado: coma enquanto eles dormem.

Percebi uma distorção na quantidade de pessoas vivas naquele lugar, era Régulo acompanhado de alguém. Demorava um pouco para eu decorar a "assinatura" de energia viva das pessoas, então provavelmente alguém que veio pouco em casa. Lá estava ele na porta da sala de estar, nos olhando e, provavelmente, vendo se nenhum dos irmãos estava ali.

- Régulo, não suma assim. - Disse e ele parecia arrependido, mas não apenas por isso.

- O que aconteceu, Reg? - Sirius completou antes de mim. - Você está com uma cara muito pálida.

- Eu preciso conversar com os senhores... os meus irmãos estão todos na sala, certo?

- Estão, sim. Por quê?

- Olga... - Chamou e a garota veio, fechando as portas. - Quero falar com vocês primeiro, depois eu falo com eles.

- Eita, é tão grave assim?

- Depende, pai. Hum... como vou começar?

Régulo sem saber o que falar era algo raro, sempre amava dar discursos e tal. A expressão da garota também não era nada boa, pareciam que iam para a forca e não conversar conosco.

- A gente fica? - Ninfadora perguntou para meu filho.

- Pode ficar, tia. - Respondeu com um sorriso de lado. - Só não quero que os meus irmãos saibam logo de primeira, você, tio Lupin, o vovô... resumindo todos podem.

- Eu estou grávida. - Olga soltou do nada.

O meu cérebro parecia ter sido congelado, eu não tive nenhuma reação. Se ela estava ali com um Régulo nervoso e falou isso, então ela estava grávida dele. Tonks me olhou com os olhos enormes, depois fazendo várias caretas para si mesma, como se conversasse. Sirius encarava o nada, nem piscava, de tão em choque que estava.

- Eu vou ser avô? - Foi a única coisa que soltou.

- Sim...

- Eu sou muito jovem para ser avô... - Sussurrou bem baixinho e me fez rir ao ouvir, mas tentei me manter séria.

- Vocês fizeram o teste?

- Fizemos, por isso que eu não apareci aqui antes, mãe.

- Olga, você irá manter a criança ou..?

- Quero manter, eu e o Régulo já conversamos sobre isso, senhora Black.

Ainda estava difícil de assimilar aquilo, parei de beliscar a comida e pedi para que se sentassem. Remo parecia me olhar como se falasse "eu sabia, avisei que ele era igual ao Sirius, por isso não deixei namorar com a minha filha".

- Desculpa, senhor e senhora Black...

- Não precisa pedir desculpas, acontece... - Comentei, eu não podia dizer muita coisa, já tinha acontecido comigo. - Só pensava que o Régulo era mais responsável, não é?

- Desculpa mãe...

- Depois nós conversamos sobre isso em particular. - Ele parecia hesitante e assustado, raramente eu era dura com ele. - Olga, o que você precisar, nós estamos aqui.