P.O.V. Narrador
31 de outubro de 1981...
O homem chegou desolado em sua casa após ver a cena de sua antiga amiga e paixão morta próxima ao berço do seu filho. Só pode sair quando Dumbledore chegou e o acompanhou de volta. Tinha realmente acontecido, os Potters estavam mortos e apenas seus bebês sobreviveram.
- O que irá acontecer com o garoto? - Perguntou, olhando para a bebê dormindo tranquilamente na sala em um berço improvisado.
- Levaremos ele aos tios.
- Isso é loucura, aqueles trouxas sempre nos menosprezaram.
- É o melhor para Harry, não crescerá com sua fama.
- Apesar de tudo, eu posso criá-lo também. Um bebê a mais, um bebê a menos, tanto faz.
- Não.
- E então o Lupin? Ele seria uma ótima escolha.
- Severo, já foi decidido. Os Dursleys irão cuidar do pequeno Harry, não tem discussão. Se não quiser cuidar de Marie Lily mais, eu posso entregá-la também e...
- Não! Não iria deixá-la e entregá-la para aqueles trouxas.Eu vou cuidar da filha de Lily, como eu prometi a ela, como se fosse minha.
- Para quem estava reclamando de cuidar da criança filha dos Potters, está bem diferente, Severo.
- Marie Lily é até uma criança calma, em certo ponto.
- Está se apegando a ela, não é?
- Hum... Diretor, o senhor não deveria estar cuidando do irmão dela?
- Tem razão, até logo, Severo.
O homem de barba saiu sorrindo discretamente pela atitude. Sentou-se na sua poltrona, sendo seguido pelo olhar da bebê que parecia curiosa por Snape estar chorando silenciosamente. Notou-a e foi até a criança, pegando-a no colo e voltando para sua posição na sala. A criança continuava a encará-lo, tentando alcançar com os dedinhos no rosto do homem.
- O que você está querendo, criaturinha? - A bebê tocou em seu rosto, fazendo as lágrimas escorrerem mais ainda. - Quer me consolar como? Você é só uma bebê.
Marie olhou de lado e jogou seu peso, colocando a cabeça em seu peito, como se quisesse abraçar. Severo ficou sem reação de primeira, surpreso pelo gesto da bebê, então segurou em suas costas tentando retribuir o abraço. Um sorriso escapou dos seus lábios, sentindo o gosto salgado das lágrimas.
- Pelo jeito, eu terei que cuidar de você... tomara que puxe a sua mãe, se puxar ao babaca do Potter, eu te chuto de casa, ouviu? - Encarou-a quem deu uma risada fofa. - Eu não deveria me apegar a você, Lily não aprovaria o idiota do comensal ex amigo dela te criar.
Dezembro de 1981...
Severo estava tentando cuidar de tudo, mas era difícil, principalmente a parte de ter uma bebê muito nova. Preparava a mamadeira de Marie, ainda sem muita experiência com isso ainda. O lado bom era o seu jeito quieto, não acordava no meio da noite na maioria das vezes, menos mal. Porém se preocupava como iria trabalhar, impossível praticamente, ao mesmo tempo que precisava de dinheiro.
Pegou a bebê no colo e começou a dar o que mamar. Nunca soube que um bebê conseguia beber duas madeiras e ainda querer comer, tendo pouco mais de um ano. Olhou no rostinho da ruivinha que estava sempre o observando, percebendo uma pequena mordida de mosquito na testa dela. Ficou preocupado, não sabia se estava doendo ou podia machucar alguém tão pequena. Assim que colocou-a para arrotar, conjurou um band aid infantil cheio de bolinhos. Era a coisinha mais fofa que tinha visto em sua vida, estava sorrindo como um idiota para a bebê.
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Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)
Hayran KurguContinuação de: https://bityli.com/s07dM Após a batalha no penhasco e sua prisão, Marie Lily terá mais coisas para enfrentar enquanto cuida de seus filhos. A nova geração se aventura ao mesmo tempo, querendo a liberdade, aproveitando o meio instável...