Não é uma má ideia.

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P.O.V. Régulo III

Olga estava passando por mais uma consulta com videntes, alguma coisa com a tradição dela e eu só a acompanhava. A sua barriga já tinha crescido um tanto bom, estava de quase seis meses e podíamos sentir os chutes de Corvus. Mal podia esperar para pegá-lo no colo, era muito estranho esse sentimento que eu tinha por um ser que nem nasceu ainda.

- Vai demorar ainda? - Perguntou Evans.

Sim, ele tinha vindo junto, além do casal Bragança-Parkinson. Eu quero saber o que esses seres tem haver com o meu filho, bando de curiosos, isso sim. Por um lado era bom se eles continuassem assim, podem mimar o meu filho, tudo rico (exceto Wyndham). Sara estava tentando nos convencer a viajar para o Brasil para uma festa de uma semana, pois aproveitaria e contaria a sua família sobre o seu namoro.

Eu sabia que a família da minha conselheira é descendente de linhagens reais, um negócio bem chique. Desde que eu descobri, ficava desconfiado em cada rei ou rainha, todos poderiam ter sido bruxos e esconderam. Será que algum dos monárquicos atuais eram? Ou algum dos presidentes? Seria bem mais prático, querendo ou não, a magia poderia ajudar. Qualquer coisa, lançava um Imperio e queria ver se não me obedecessem. Socorro, esses pensamentos não são nada exemplares, como eu poderia ser uma boa influência para o meu filho no futuro?

- Vão ou não?

- Olga está grávida e eu não quero arriscar a saúde dela.

- Papai do ano. - Brincou Wyndham se apoiando em mim. - Por que não convida a senhora Black? Daí pode garantir a nossa ida.

- Ótima ideia, Evans. Eu irei enviar uma carta para a sua mãe, Black. Só um pequeno aviso, lá não é Europa e nossos seres são bem mais ardilosos.

- Como assim?

- Já ouviu falar sobre Caipora ou Boto?

- Já... Boto é meu herói. - Comentou e dei um tapa nele. - Não falei nada, Black!

- Pronto, está tudo maravilhoso. - Disse Olga saindo e encarando-os. - Eu escutei lá de dentro vocês brigando.

- Não é briga, somos da paz. Quer ir em uma festa, Zelenko? - Evans interrompeu antes que alguém abrisse a boca. - Não vai ser o estilo jovens loucos bebendo, mais do tipo gente chique.

- Hum... parece ser interessante. Aonde vai ser?

- Olga, não é melhor você permanecer descansando?

- Régulo, eu amo o jeito que você faz de tudo para cuidar de mim, mas eu tenho uma vida ainda a ser vivida.

- Se Olga vai, vocês dois vão?

- Vamos...

- Oba, pode pedir para a sua mãe também? Vou enviar a carta, mas quero garantir que aquela mulher esteja presente para iluminar com a presença.

- Alguém me entende, finalmente! A mãe do Reg não é uma deusa, Sara? Se ela pedisse para eu latir, já ia até sair rolando e dar a pata.

Revirei os olhos, ótimo, agora dois maníacos pela minha mãe. O que foi que eu fiz para merecer esse dois na minha vida? Cadê o medo do meu melhor amigo por Sara e Pietro, bons tempos, ficava de boca fechada.

- Você vai para a sua casa ou precisa ir em algum lugar?

- Estava pensando em comprar mais alguma roupas, mandar bordar algumas. Ainda temos que discutir como vai funcionar, se vamos dividir o tempo ou você só visitará.

- Eu quero dividir e ficar o máximo possível com ele.

- E a sua faculdade?

- Eu arranjo tempo, nem que eu use um vira tempo, não precisa se preocupar com isso. Se não se incomodar, podíamos passar alguns dias juntos, acho que seria bom para Corvus.

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora