Peter Pan me enganou

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P.O.V. Merope

Infelizmente as aulas voltariam, mas pelo menos era o último ano e eu estaria livre dessa chatice. Logo eu estaria em todos os jornais como uma grande jogadora de quadribol, a melhor já vista em todo o mundo bruxo. Para comemorar o último dia, pensamos em jogar quadribol, então para menos bagunça e pessoas machucadas decidimos por handebol, um esporte trouxa bem parecido. A sorte é que até meus cunhados entraram nessa entusiasmados. Todos estavam ali, até mesmo a minha abelhinha tinha vindo, com exceção Régulo.

Não que eu esteja obcecada por descobrir qual merda ele estava aprontando agora, mas eu não o via direito há dias. Andie, quem estava conosco, tinha percebido também e sempre comentava como se nós fossemos contar onde ele estava. Eu apenas fico aliviada em saber que não é só eu que faço merda, porque oh gente perfeitinha essa família. Perfeita do nosso jeito, óbvio, porque ninguém é santo.

Voltando para a visão dos deuses: Aurora de top e short saia esportiva da sonserina. Oh... mulher maravilhosa, deusa, filha de Afrodite, musa inspiradora, egéria, Helena de Tróia versão bruxa, geladeira inox de duas portas com filtro. Quando ela estava correndo pelo campo, eu quase esqueci do jogo só para admirá-la. Quanta boiolice em uma pessoa só, Merope Alice Black.

Perséfone pediu uma pausa do jogo, a bicha estava parecendo que tinha corrido uma maratona, estava toda roxa. Para piorar, a louca estava de roupa preta comprida. Quem faz atividade física assim? Eu vou mandar a minha irmã ir em uma loja de roupas esportivas urgentemente. Notei os adultos se aproximando, finalmente, outros sumidos. Estavam tendo conversas sérias em grupos, sei lá o quê, não me interessa, tenho que aproveitar os últimos meses antes de ser oficialmente uma adulta.

- Perséfone, você está bem? - Perguntou meu pai olhando estranho para ela.

- Eu estou morta! - Respondeu se jogando no gramado. - Alguém quer me substituir, por favor?

- A sua mãe vai. - Meu sogrinho, que também estava aqui, a empurrou. - Marie é bem atlética.

- Eu? - Parecia incrédula enquanto riam. - Vai você.

- Não posso, vou trabalhar daqui a pouco. Acho que a mãe de vocês está com medo, por isso?

- Vai se fuder, Malfoy. - Ela revirou os olhos. - Eu não tenho roupa para isso.

- Eu te empresto um top, mãe. Isso não é problema. - Falei e ela arregalou os olhos.

- Parabéns, Mérope. Quando você casar, Aurora pode ser sua mulher. - Meu sogro disse rindo. - Vai lá, Marie Lily. Trocar roupitcha para se exercitar um pouco, fazer um tipo diferente de cardio do que está acostumada.

Dava para perceber um pouco de duplo sentido na conversa, socorro. Subi as escadas correndo, enquanto a minha mãe andava bem lentamente, parecia estar cansada antes mesmo de começar a jogar. Por isso a Per era assim, puxou a mamãe. Peguei a roupa e a entreguei, era do time da sonserina também. Ela colocou e conseguiu servir certinho, como? Incrível como o corpo dela não mudava muito, podíamos pegar as coisas dela tranquilamente (e vice-versa).

- Agora o time de quadribol usa isso?

- Para a preparação física e durante treinos mais leves. - Respondi e ela parecia impressionada.

- Ainda bem que não tinha nada disso na minha época, dá preguiça só de pensar. Está bom mesmo?

- Maravilhoso.

- Ah... limpa a boca, minha filha.

- Como?

- Você está babando de tanto encarar a Aurora. - Brincou e eu não consegui segurar o sorriso. - E sobre o que Draco falou... Por acaso, vocês duas estão querendo casar mesmo?

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora