Viagem aos Marotos: parte 2

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P.O.V. Marie

Eu tinha passado o dia anterior inteiro treinando duelo com o grupo de amigos do meu pai, que incluía Régulo. Ele era bem diferente, parecia bem mais fechado, obviamente pela pressão familiar. Mesmo assim, eu sei bastante sobre a vida e jeito de todos, então facilita muito a me aproximar. O lado ruim é que são uns seres muito dedicados, nem sair para Hogsmeade iam muito. Alguém avisa o Draco que ele foi comensal errado?

Eu ia sair sim, não aguentava mais ficar enfurnada nesse castelo. Não é porque eu sou uma obra de arte que tinha que ficar ali parada junto com os quadros. O Narcisismo bateu na porta e eu arreganhei, minha auto estima estava acima do normal. Não tinha muito roupa dessa época, então peguei uma saia de couro, uma blusa qualquer e uma jaqueta de couro do Sirius, não ligo se quisesse usá-la, ele que se virasse com as roupas que tinha ali.

Obviamente, como nenhuma novidade, eu estava com fome e fui direto atacar um pouco no Três Vassouras. Aquele lugar dava tantas lembranças boas, mesmo que elas teoricamente ainda não tinham sido feitas. Esse negócio de viagem no tempo é complicado para a cabeça, socorro. Pessoas começaram a correr, saindo do lugar e eu fiquei sem entender nada, até ver as pessoas entrando. É sério que aquele povo está com medo do Rockwood e dos Carrow? Ah vai se ferrar, eu acabo com esses daí no soco até e olha que eu não sou muito forte.

- Esse é o nosso lugar. - Alecto disse toda autoritária.

- E eu com isso? - Perguntei dando mais uma mordida naquele donuts.

Sério, eu não lembrava de ter esse donuts na minha época. Acho um absurdo, podia ter conseguido tantos grátis.

- Não escutou, garotinha? - Amico falou e eu ri.

Saudades desse povo que se acha alguma coisa, puff. Bando de patife.

- Sim, não sou surda. Assim que eu acabar esse delicioso donut e talvez mais alguns, podem se sentar aqui.

- Você sabe com quem está falando?

- Frase clichê... Tico e teco Carrow, Rockwood. - Falei apontando e eles ficaram bravos. - Vão encher o saco de outros antes que eu faça churrasquinho de ambos.

- Você acha isso engraçado, garotinha?

- Melisandre, prefiro que me chamem assim. Quer cerveja amanteigada, Rockwood? Tem gengibre, sua favorita que eu sei.

- Você a conhece?

- Nunca vi essa garota na vida! - Respondeu e olhou de relance, pegando a caneca, fazendo um feitiço para saber se estava envenenada. - Hum, é a minha favorita mesmo.

Eu comi mais alguns donuts com os irmãos de pé me encarando com raiva, enquanto Rockwood sentou em outra mesa e tomou a cerveja que eu dei. Sinceramente, ele é um folgado desde sempre. Super entendo ele, não se recusa comida grátis, no caso bebida. Eu limpei a minha boca e vagarosamente espreguicei só para provocá-los. Sentia tanta falta de fazer isso, dava até vontade de chorar, tanta a emoção. Quando fui me levantar, Amico segurou no meu braço, então apenas passei por sua mão como uma fantasma.

- Que merda você é?

- Uma bruxa bem mais inteligente e habilidosa que vocês. - Comentei e pisquei, saindo daquele lugar praticamente vazio.

Caminhei até próximo a casa dos gritos, aquele lugar era uma delícia para ficar fazendo vários nadas. Peguei o anel que tinha roubado de Amico quando me segurou, vendo o símbolo da sua família apenas, mas eu sentia que tinha algum feitiço ali. De repente, senti alguém pulando e me abraçando por trás.

- Sirius! - Gritei o empurrando quem ficou emburrado. - Puta merda, quer me matar do coração, caralho?

- Violência logo cedo?

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora