Eu e a minha cabeça de vento

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P.O.V. Régulo

Eu estava ainda trabalhando no jardim quando recebi uma ligação de Olga, me assustando um pouco para ser sincero. Usei magia para limpar minimamente a minha roupa e aparatei na casa dela, sem ao menos terminar de falar com ela. Ao chegar, felizmente, era apenas para uma bruxa da sua região descobrir o sexo do bebê antes. Eles tinham um costume diferente para isso, não iam em qualquer vidente para perguntar.

- Então, esse é o pai da criança? - Uma mulher de mais idade perguntou sorrindo. - Pais muito bonitos, sorte dela.

- A senhora já sabe o sexo? - Perguntou Olga nervosa.

- Hum... pelo o que já fizemos aqui, claro que sei. Porém gostaria de saber os nomes pensados, para que tenha um bom agouro.

- Se for garota: Athena, Rowena, Danika ou Alya.

Sim, Olga estava considerando dois nomes sugeridos por Evans. Aquele filho da puta conseguiu convencê-la.

- E para garotos?

- Corvus ou Bóris, por enquanto. - Respondeu me olhando de lado.

Eu sou o pai, mas não sugeri nenhuma, ao contrário do meu melhor amigo. Acho isso uma injustiça, mas não vou discutir... é como a minha mãe fala, quem carrega a criança por nove meses que merece escolher os nomes.

A mulher fechou os olhos, colocando a mão com algumas ervas na barriga de Olga, sussurrando algumas palavras. Ela parecia entender o que estava acontecendo, mas eu não sabia como reagir. Esperei até acabar, cada segundo mais nervoso.

- Você será muito bem vindo, pequeno Corvus. - A mulher sussurrou para a barriga.

Não, não podia ser. A mulher tinha que escolher o nome sugerido por Evans? Agora vou ter que aguentar aquele projeto de diabrete me enchendo o saco mais ainda. Vontade de falar "moça, refaz isso daí, vamos chamar de Bóris". Ótimo, vou ser zoado até o final dos meus dias.

- Muita sorte e felicidade para você, senhorita Zelenko. E também, ao senhor Black, é claro.

- Obrigado...

- Eu te acompanho até a porta.

- Não precisa, mas obrigada.

A mulher desaparatou dentro da casa alheia, incrível. Será que ela tinha autorização? Olga parecia toda feliz e mais tranquila, chegava a ser fofo. Fico contente que tenha me chamado para participar (ou assistir, no caso) esse tipo de ritual de adivinhação para grávidas.

- Corvus Zelenko Black, um nome poderoso. - Ela disse para si mesma e depois me olhou.

- Parece nome de um personagem de quadrinhos e ao mesmo tempo de algum bruxo antigo.

- Só você mesmo... Os meus pais estão em viagem, ainda bem, não aguento mais eles me infernizando por causa da minha escolha.

- Já falei, se precisar de mim, deve me chamar.

- É apenas o conservadorismo deles falando mais alto, acham um absurdo eu preferir continuar solteira. Qual a lógica de me casar por conveniência e aparências?

- Infelizmente as pessoas levam muito em conta as aparências...

- Aliás, como está a sua situação? Digo, a garota Lupin que você é apaixonado.

- Não estou com ela se é a pergunta.

- Você está totalmente solteiro sem ir em nenhuma festa? - Arqueou a sobrancelha, me encarando assustada. - Está doente, Black?

- Eu resolvi dar uma pausa nesses aspectos, preciso ser responsável ou vou levar outra bronca dos meus pais.

- Nem me fale, eu estava pensando em arranjar um emprego. Sabe, não quero ter que depender dos meus pais, eles acham que tem o direito de mandar em mim por isso. Parecem que queriam um brinquedo ao invés de uma filha...

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora