Gente problemática

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P.O.V. Marie

Eu não estava acreditando que iríamos levar seis crianças para um show, cadê a responsabilidade? Eu sendo um ótimo exemplo, como sempre... Coloquei aquele vestido com a ajuda de Sirius que a cada segundo brincava com os panos que iam ser amarrados, quase se enforcando várias vezes.

- Se fosse mais claro, poderia usar no Halloween como múmia. - Brincou e dei um tapa leve nele. - Sorte que até esses pedaços de tecido parecem roupa de gala em você.

- Obrigada, mas não parece uma múmia.

- Parece sim! Tirando a parte de ser transparente, só se for uma múmia das minhas. - Piscou para mim e estalou a língua.

- As múmias também são da sua época?

- Raposinha! - Reclamou fazendo um biquinho. - Pode parar, você amou a minha época que eu sei.

- Eu adorei a Marlene, por isso.

- Você não tem vergonha na cara?

- Você sabe que não, por isso somos casados.

Sirius me abraçou e me deu um beijo demorado, querendo descer as mãos, acabou levando um tapa. Coloquei a luva, alguns anéis, uma gargantilha e mais colares para complementar. Eu me olhei no espelho, estava linda mesmo, puta que pariu, me pegava fácil. Nem parecia que eu vou levar meus filhos para um show, estou muito estilo Gina. Aliás, ela estava querendo ir, mas não pode porque o senhor Scamander estava um pouco doente. Normal, o homem tem mais de cento e vinte anos, mais velho que Dumbledore quando morreu.

Descemos da escada, com Six querendo dar um show já na escada e eu queria fingir que não conhecia. O meu pai franziu o cenho olhando as roupas, parecia me julgar (e provavelmente estava momentaneamente arrependido de me ter como filha). Ele já estava com os meus bebês no colo, veio o mais rápido possível quando soube dos gêmeos Weasleys terem se voluntariado a ficar com as crianças por serem padrinhos dos gêmeos.

- Marie Lily, você achou essa roupa nos retalhos?

- Não, comprei em Milão.

- Por Salazar... quanto você pagou nesse trapo?

- Pai! - Sirius estava rindo que nem uma hiena atrás. - É bonito, só que para a ocasião.

- Vai abrir um bordel?

- Não, porque senão eu já saberia e estaria dentro. - O meu cunhado interrompeu. - É uma roupa bonita, só não é o estilo do Sev.

- E qual é o meu estilo?

- Se fantasiar de conde Drácula. - Respondeu Sirius com um sorriso travesso no rosto. - E o que acha do meu, SOGRINHO?

- Parece que você caiu no baú de algum palhaço, coisa horrível... Os meus netos estão se vestindo assim também?

- Provavelmente.

- Vocês não sabem onde fica uma alfaiataria, não? - Murmurou e revirou os olhos. - São outros tempos, esqueço, não gostam de fazer sob medida. Marie Lily, avisou aqueles dois demônios furacões Weasley?

- Eles falaram que mesmo assim irão dar uma passadinha.

- Vou me jogar do segundo andar...

- Pai! Se quiser, eu posso ficar aqui e...

- Não, vai se divertir, faz bem. Também não pode deixar sete crianças sozinhas, do jeito que Sirius é um asno, faz mais merda que os meus netos.

Aguentar esses dois brigando precisava de paciência, então aprendi apenas a ignorar e deixar batendo boca sozinhos. Logo, desceu Mattia pendurado em Blásio, estava de cavalinho nele. Meu filho estava com uma jaqueta de couro e uma calça jeans rasgada, tudo cotidiano, tirando o delineado. Já meu cunhado estava com uma espécie de capa-blusa de crochê, com nada por baixo, parecia um xale que cortaram no centro para vestir, uma calça preta, um cinto com o símbolo de uma marca e um sapato preto com detalhes dourados (ou seria ao contrário?).

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora