Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)

Jeito ogro carinhoso

P.O.V. Marie

Eu estava nervosa, não podia negar. Tinha uma boa ideia do que Nott quer falar e esfregar na minha cara, mas ainda não sabia como ele descobriu. Entreguei a minha varinha a Sirius, quem nem tinha conseguido dormir nervoso pelo que aconteceria. Tive que tranquilizá-lo, explicar que não seria nada demais.

Esperei Malfoy na sala, exigência de Theodore que não fosse em um lugar trancado. As crianças podiam acordar a cada momento, o que me preocupava, além de eu saber que meu pai estava acordado e os Lupin iam vir hoje, não sabia o horário. Tudo junto, parecia um combinado para estourar uma bomba em mim. Quatro apareceram: Daphne, Theodore, Draco e Astória, outra exigência do desgraçado. Eu não conseguia nem olhar para cara dele sem expressar nojo.

- Nott. - Draco chamou-o, pedindo a sua varinha que foi entregue com hesitação.

- Eu estou protegido contra a sua magia da morte, Potter, nem tente.

- Se eu quisesse, teria te matado há anos. - Sorri de forma falsa e Draco me encarou, repreendendo. - Fale.

- Posso mesmo? Porque me parece que está com medo e que nunca contou a ninguém, previsível para alguém como você.

- Contei o quê?

- Lilura.

- O que tem?

- Oh... não se faça desentendida, eu não sou o Malfoy ou o seu marido para conseguir enganar. - Eu me segurei para não sair dali. - Você não contou para eles, não é? Sabe muito bem do que eu estou falando.

- Talvez.

- Incrível, considera a todos como próximos e confiáveis, porém não contou. Enquanto Blásio não hesitou em me contar, mesmo termos brigado. Estou duvidando da sua amizade com Malfoy e...

- Se for para falar merda, pode sair da minha casa.

- Casa do Zabini. - Respirei fundo, para não deixar o meu sangue subir. - Draco, a Marie te contou alguma coisa durante o final do sexto ano?

- Hum... depende.

- Sobre a gravidez.

Draco arregalou os olhos, mesmo tentando disfarçar a surpresa. Eu olhei para o chão, tentando reorganizar os meus pensamentos. Como ele sabia? Para piorar, escutei passos, era o meu pai, tinha certeza. Respirei fundo e encarei-o, tentando permanecer apática a toda situação;

- Não, eu não contei sobre isso. - Respondi-o, podendo ver seu sorriso cínico. - Até porque uma semana depois de ter descoberto, perdi o bebê. Não teria porque contar algo que não estava mais acontecendo, Theodore. Era apenas isso?

- Por que você não contou depois, Marie Lily? - A voz do meu pai parecia magoada.

- Pai... eu e Blásio fizemos um juramento com feitiço para apagar isso das nossas memórias, só que finalizou quando ele...

- Quando você o matou.

- Nott, cale a boca! Eu NUNCA machucaria Blásio, imagina matar.

- Não podemos ter certeza, te conheço muito bem para saber que pode ser bem manipuladora. Blásio estava preocupado com você, me dava tanto nojo, parecia enfeitiçado por você. Acabou me contando, em um desabafo, temendo o pior por você e não por ele estar sujando o sangue da família. Acontece que não acaba aqui, o meu pai queria se vingar de você, uma mestiça humilhar um sangue puro da nossa família, acabei por contá-lo. Eu sei que, aparentemente, é uma sangue puro, mas não muda o que você me fez passar.

- Eu fiz o que você mereceu, Nott. Mas o que isso tem haver?

- Eu usei polissuco para me passar pelo Blásio e fazê-la tomar uma poção, para poder levá-la para o meu pai. Ele a enfeitiçou para permanecer sem acordar até o nascimento do bebê e usando o seu próprio vira-tempo, voltei com você no tempo. Acabou que você achou ser sangramento de aborto. Tudo isso para que no futuro, te chantagear a não se casar com Zabini ou mataríamos a sua filha.