Jeitinho especial

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P.O.V. Narrador

Ao final da sessão de treinamento de aurores, os outros bruxos combinavam de ir a um bar para poderem relaxar. Mesmo com algumas desavenças entre a dupla e um outro garoto, resolveram porque os outros tinham ido com a cara. Foram até um bairro bruxo mais distante, perto da casa de um dos estudantes, para facilitar caso passasse do limite.

Evans e Régulos olhavam ao redor, parecia sempre estar alerta, os dois não se sentiam muito confortável com o ambiente. Eles estavam maneirando na bebida para não acabarem fazendo merda que podiam se arrepender depois. Outros sempre encaravam pelas roupas distintas e mais sociais do Black, quem tinha mania de se vestir assim.

- E aí, maninho? - Chegou um garoto cumprimentando justamente aqueles que eles não se davam bem. - Quem são esses, novatos?

- São, mas não querem ser aurores, apenas trabalhar na área criminal e a senhora Lupin permitiu.

- Os tempos estão diferentes mesmo... depois que aqueles lá deram o golpe, só vai piorar.

- Aqueles lá? - Perguntou o Black de forma sarcástica.

- Vem falar que você defende eles? O nosso tio teve que sair do país só por garantia.

- Quem é ele?

- Antigo auror Campbell.

- Então está explicado porque você é um filho da puta. - Olhou para o outro sorrindo. - Ainda bem que seu tio sumiu, porque tem uma lista grande de pessoas querendo matá-lo e eu estou sendo um dos primeiros.

- Ele é um Black. - O irmão mais novo cochichou.

- Ah, por isso. É o que da tal mensageira da morte?

- Sou filho, felizmente.

- Feliz pelo quê? Por defender uma maluca assassina ou por defender praticamente uma monarquia no mundo bruxo?

- Está com medinho, por acaso? Ou com inveja da minha mãe ser mais inteligente e poderosa?

O mais velho se despediu, puto com o Black, e saiu junto ao seu irmão para um compromisso. Obviamente era falso, apenas não gostavam daquela família e eram contra a maioria das decisões. Os outros tentaram diminuir a tensão entre o grupo, uma rodada de cerveja amanteigada ajudou.

Evans pegou o celular e parecia preocupado, olhou para o seu amigo e indicou para irem embora. Se despediram também, voltando até o quartel general dos aurores, onde Magni esperava aflito e sendo confortado por Ninfadora e Alice Longbottom. Acharam estranho a cena, pois Carrow não costumava aceitar afeto tão facilmente. Ao ver o namorado, levantou-se, abraçando-o e beijando-o.

- Você não vai sair de perto de mim, ouviu?

- Nini, o que aconteceu?

- Meu pai, claro, aquele desgraçado! Descobriu que ainda estamos namorando e que não temos plano de terminar, então me avisou que ia dar um jeito nisso. Sabe muito bem como ele resolve as coisas, para piorar cismou que teria direito em te matar por causa da sua família... eu não entendi direito.

- Você avisou a Astérope?

- Avisei, mas ela não está me respondendo e apenas visualizou.

- Então podem ficar tranquilos. - Régulo comentou, sorrindo de lado. - Téri foi dar um jeitinho tão especial quanto o seu pai sabe dar.

- Eu vou levar vocês dois para casa, melhor não arriscar.

- Eu sei me cuidar, Nini.

- Mas eu sei me virar com comensais sanguinários e abusivos, cresci com eles. - Rebateu com um tom de raiva e nojo. - Eu mato o meu pai, mas não deixo ele encostar um dedo em você!

Diário de uma PP: Potter Perdida (Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora