Família Potter-Malfoy

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- Pais. - Lily os chamou.

- Na sala. - respondeu Harry.

Assim que a garota recebeu a resposta caminhou para a sala com seus irmãos, o casal estava assistindo a série La Casa de Papel.

- O que foi, querida? - questionou Draco ao ver o rosto confuso dos filhos e o irritado de Lily.

- Recebemos essas cartas da Inglaterra. - a garota entregou as cartas para os pais, assim que perceberam de onde eram arregalaram os olhos. O símbolo de Hogwarts estava no pergaminho, perfeitamente desenhado e intocável.

Ainda bem.

Pensou o casal, significa que os filhos não tentaram abrir a carta e ver o que tinha dentro.

- Deve ter sido engano, filha. - Harry colocou as cartas de lado, tentando pensar em alguma explicação mais plausível, claro que ela não veio.

Lily e Scorpius encararam os pais por um tempo, eles perceberam que os dois estavam estranhos, pensou em questionarem até arrancarem as respostas dos dois, porém pensaram melhor: Pressionar não vai adiantar de nada, só vai fazer os dois ficarem irritados.

Eles resolveram deixar a verdade vir sozinha, a final "a mentira tem perna curta"

James pareceu ter acreditado no que os disseram.

- Achei os pais estranhos. - sussurrou Lily, enquanto subia as escadas com os irmãos.

- Também achei. - concordou James. - Mas eles nunca foram de mentir para gente, então... - ele deu de ombros.

- Eles ficara estranhos só de mostrarmos as cartas. - Scorpius relatou o recente fato, o que Lily achou idiotice, afinal ela estava lá e ouviu e viu tudo.

- Temos de descobrir o que está acontecendo. - falou Lily enquanto pensava em uma maneira de descobrir a verdade.

- E se nós ouvimos a conversa deles? - questionou James.

- Nossa! Você tem cérebro afinal. - falou Lily debochando o irmão que mandou um dedo do meio para ela. - Vocês dois fiquem aqui. - ordenou a garota. - Os dois são mais barulhentos que um trovão.

Então a garota desceu silenciosamente para a sala, o lugar onde Harry e Draco conversavam.

- Como podem ter nos encontrado? - a voz de Harry era trêmula por conta do nervosismo.

- Não sei amor. - respondeu Draco, ele também estava nervoso. - Mas você não acha que está na hora de voltar e contar a verdade a eles?

- Ah claro! - o moreno respondeu com ironia. - Vamos contar pra eles que o Salvador do Mundo Bruxo se casou com um Comensal da Morte que torturou várias pessoas e ajudou o Senhor das Trevas a conseguir poder. - Harry terminou com um sorriso irônico no rosto, encarou marido por alguns segundos e fechou a cara em seguida, se sentindo horrível por ter usado o fato de que Draco torturou pessoas para conseguir sobreviver, afinal ele nao tinha escolha, era isso ou ser morto. - Amor, me descul- o moreno foi interrompido por Draco, que parecia não sentir nada, porém Hazz sabia ler por trás daqueles olhos frios, ele sabia o quanto seu marido havia ficado abalado. Harry se sentiu um monstro.

- A questão é: Nunca nos importamos com o que os outros pensam, por que nos importamos agora? - o loiro perguntou encarando Harry, tentando esconder a forma que as palavras vindas o magoaram. Porém ele falhava miseravelmente com aqueles olhos esmeraldas o encarando.

- Amor... - disse o moreno com tranquilidade, tentando se desculpar.

- Harry depois tá, depois. Vamos voltar para Londres ou não? - perguntou Draco com os olhos azuis tempestuosos presos nas esmeraldas do marido.

- Vamos voltar e contar a eles a verdade sobre o mundo ao qual pertencem.

Salvador do mundo Bruxo? Comensal da morte? Do que eles estavam falando?

Lily começou a se perguntar e, novamente, ela teve a fúria correndo em suas veias. Ela não tinha as respostas, então faria de tudo para consegui-las.