Família Potter-Malfoy

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Pov James

Fim de uma tarde de sábado, eu resolvi voltar para casa e ficar um pouco com meus pais e Hope, já Scorp e Lily resolveram ficar na escola.

Scorpius eu sei que foi para estudar, já que as provas estão próximas e Lily para ficar Alene, não entendo muito o que está acontecendo entre elas, mas sei que shippo.

- JAY! - escutei a voz de Hope.

- BAIXINHA! - me agachei, abrindo meus braços para ela e a envolvendo em um abraço apertado quando ela, literalmente, se jogou em mim. Levantei-me com ela ainda em meus braços e girei, arrancando dela gargalhadas gostosas de se ouvir.

- GANDÃO! - ela deu um beijo molhado em minha bochecha.

- O que você acha de passarmos a tarde toda juntos? Podemos assistir um filme e fazer bagunça.

Como se ela realmente me entendesse, lançou-me um olhar sapeca.

Merlin, sinto que eu e Hope iremos dar muita dor de cabeça para nossos pais ainda.

Pov Lily

Deitei-me e apoiei minha cabeça na perna de Alene que estava sentada entre as folhas secas que se espalhavam pelo chão. O vento gelado vinha ao nosso encontro.

- Por que a Orca é chamada de baleia orca se ela é um golfinho? - Alene as vezes fazia perguntas aleatórias.

- Por que corredores se chamam corredores sendo que nunca podemos correr neles? - tudo bem, as vezes eu também faço perguntas estranha.

- Conviver comigo não está te fazendo bem. - brincou, soltei uma risada anasalada.

- É, talvez não. - brinquei de volta.

Ficamos em silêncio, apenas aproveitando a companhia uma da outra e observando o imenso céu azul. Alene começou a fazer pequanas tranças no meu cabelo castanho.

- Você pensa em casar um dia? - questionou quebrando o silêncio e me deixando confusa.

- Se um dia eu encontrar a pessoa certa, sim. - respondi de forma sincera. - E você?

- Eu não sei. - respondeu, me deixando curiosa. Sentei-me para prestar atenção nas suas palavras, Alene encarou-me nos olhos como se pudesse ver minha alma através deles. - Quando olho para meu pai e a mulher com quem ele se envolveu penso que casamento é uma coisa ruim, que faz as pessoas ficarem infelizes.

- Mas...? - encorajei ela a continuar.

- Mas quando eu olho para seus pais, vejo que mesmo sendo totalmente oposto eles conseguem se amar e se fazer felizes. - lágrimas surgiram em seus olhos e começaram à cair descontroladamente. - Quando olho para seus pais penso que o casamento é a melhor coisa do mundo. Tenho medo de que se eu resolver me casar, acabe ficando como o meu pai e Greta.

- Só tenho 12 anos, não vivi muito ainda para te dar um conselho bom. - falei, limpando uma lágrima solitária que escorriam por sua bochecha. - Então eu só vou te falar: Quando se envolver de forma romântica com alguém, sinta o que o seu coração diz, dessa forma, saberá se estará preparada para ter uma vida toda ao lado desse alguém.

Alene não respondeu nada, apenas me envolveu nos seus braços. No começo me assutei com o ato, pois aconteceu rápido demais, mas logo depois estava a retribuindo.

- Sabia que você é a primeira amiga com quem eu converso coisas desse tipo? - questionou quando se desvencilhou de mim.

Sorri com sua declaração.

- Sabia que tirando minha família, você é uma das únicas pessoas com quem realmente me importo?

Foi a vez dela sorrir.

- Uma das únicas? - perguntou brincando. - Eu deveria ser a única! Quem são esses que preciso exterminar?

- Isso é ciúmes? - brinquei.

- Não sinto ciúmes. - se defendeu cruzando os braços.

- Vou fingir que acredito.

Voltamos para o silêncio confortável, Alene apoiou sua cabeça em meu ombro, encarando a paisagem das árvores cheias folhas secas que uma hora iriam colidir com o chão.

- Você é minha pessoa. - falei, quebrando o silêncio novamente.

- É o que?

- Você é minha pessoa. - repiti.

- E o que isso significa?

- Amor incondicional, pra designar aquele amigo que estaria do seu lado em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. - expliquei, encarando aqueles olhos azuis mediterrâneos.

- Então... Você é minha pessoa. - Alene falou para mim com um sorriso no rosto e os olhos brilhando.