Família Potter-Malfoy

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*é o seguinte, resolvi fazer como é aq no Brasil, Janeiro, Julho e Dezembro são as férias.

Só estou explicando pq vai que alguém resolve fazer as contas*

Pov Draco

Sábado, deveria ser um dia em família e sem estresse algum, mas o destino gosta de pregar peças.

Quando entrei nas Três Vassouras meu cérebro mandou-me ir embora, correr e me esconder no lugar mais escuro que eu possa encontrar, mas meu corpo não obedecia aos seus comandos. Foi como se tivessem apertado o botão desligar, impedindo-me de fazer movimentos.

Eu observava a mulher a poucos passos de distância de mim. Meu coração batendo acelerado, não de um jeito bom, definitivamente não. Uma dor avassalora está cravando suas garras em peito e rasgando tudo o que pode.

Minhas mãos ficaram trêmulas quando percebi que ela havia notado minha presença e começado a caminhar em minha direção. Puta merda, isto não era para estar acontecendo.

- Pensei que tinha perdido você. - disse minha mãe. Ela parecia encantada ao me ver, mas será que devo acreditar?

Não falei nada, não estava confiando em minha voz. Desviei o olhar de seu rosto. Sabendo que se continuasse a olhar acabaria por chorar.

- Draco, por favor... Fale alguma coisa. - pediu minha mãe, vi sua mão ser erguida e se aproximar de meu rosto. Desviei antes que pudesse sentir o seu toque em minha pele.

Ela tem o direito de vir falar comigo depois de tudo o que me obrigou a fazer. A morte do meu pai foi um alívio para mim, a dela também será.

- Você me perdeu há muito tempo. - praguejei minha voz por ter saído tão trêmula. - Você me perdeu quando deixou que colocassem a Marca Negra em meu braço.

- Eu não queria que a colocassem.

- Então por que não fez nada para impedi-lo? Ou me ajudou a fugir como eu sempre havia planejado? - questionei, meus filhos ao perceberem o clima pesado que se instalou entre mim e a mulher em minha frente resolveram se afastar.

- Eu planejava te ajudar. - ela começou a encarar os meus olhos, desviei. Não vou deixa-la ver minhas lágrimas. - Eu até planejava fugir com você, mas me descobriram e eu sofri as consequências por isso. - sua voz começou a ficar trêmula, provavelmente seus olhos já estavam cheios de água. Não sei, não virei o rosto para encara-la. - Draco... No dia que colocaram essa maldita marca no seu braço eu recebi ordens para ficar longe de você, se eu não as seguisse você é quem iria sofrer as consequências.

Então de certa forma ela estava me protegendo...

Respirei fundo e tomei coragem para encara-la. Da boca de minha mãe saem muitas mentiras, porém seus olhos sempre entregam a verdade. Minha mãe sempre teve os olhos transparentes, era capaz de ver tudo neles.

Meus olhos estavam banhados de lágrimas, assim como os dela, sem conseguir me segurar a puxei para um abraço. Um que a muito tempo não acontecia, 11 anos e 4 meses para ser exato. O abraço que eu tanto senti falta.

O abraço da minha mãe.

Nos afastamos depois de um tempo, sequei minhas lágrimas com as costas de minhas mãos.

- Droga, odeio chorar em público. - reclamo, arrancando um sorriso de minha mãe.

- Somos dois. - ela disse, também secando as lágrimas com um paninho que acabará de tirar da bolsa. - Vejo que finalmente teve filhos com Astoria. - observou as crianças que até um tempo estavam comigo, especificamente atrás de mim.