Pov Draco
- É o seguinte, se vocês dois não me colocarem como madrinha desta cria, eu vou fazer vocês comerem bosta. - ameaçou Ginny, eu não sabia até que ponto aquelas palavras eram brincadeira.
Estamos reunidos na casa de Gina e Luna hoje, meus amigos e o de Harry insistiram em fazer uma festa para comemorar a gravidez de meu marido.
- Nem vem Ginevra. Eu vou ser a madrinha. - disse Pansy.
E lá vamos nós para mais uma discussão para ver quem será a madrinha da criança que ainda nem nasceu.
- Eu vou a ser tia da lição de moral, então estou de boas. - Hermione disse.
- Eu vou ser o tio que vai livrar dos castigos. - falou Ron, sua fala estava abafada por conta da quantidade de comida que estava em sua boca.
Ele sempre está comendo, já perceberam isso? Pera ai, quem são vocês? E por que eu estou falando com vocês? São espiões por um acaso?
- Só de fazer parte da vida da criança já fico satisfeita. - falou Luna, tirando-me da paranóia que havia entrado em minha mente. HA, é impossível ter alguém observando meus movimentos.
Ginevra e Pansy ainda estavam discutindo sobre quem seria a madrinha e isso parecia estar afetando Harry. Para nós era uma discussão boba que não acabaria em nada, até porque os pais é eu e Hazz, nós que vamos decidir quem é madrinha. Mas meu marido estava com os hormônios alterados por conta da gravidez e seus olhos começaram a se enxer de lágrimas, não eram lágrimas de tristeza por ver suas amigas brigando, eram lágrimas de raiva por elas discutindo algo que não está nas mãos delas.
- Da para vocês duas pararem?! - Harry quase gritou. - Essa conversa de vocês não vai levar a nada. Eu e Draco que vamos escolher quem irá ser o padrinho ou madrinha. Relaxem, temos nove meses para decidir isso.
Harry limpou a única lágrima que escorreu e voltou a se sentar ao meu lado.
- Tens razão. - Gina disse, mas algo em seus olhos dizia que aquela discussão com Pansy ainda não havia terminado.
Revirei os olhos.
Harry fez o mesmo ao perceber a mesma coisa que eu. Depois de um tempo começamos a jogar conversa fora, durante a conversa abracei Harry por trás e o puxei para perto, fazendo-o ficar sentado no meu colo, com a mão esquerda comecei a alisar a sua barriga. Ela ainda não tinha nem um volume, afinal está muito cedo para isso.
- Onwt. - Hermione fez uma onomatopeia, enquanto encara a mim e a Harry. - Vocês são tão fofos.!
- A gente deveria abrir uma lojinha com produtos Drarry. - falou a weasley-fêmea que ficou animada com a ideia.
Meu coração errou uma batida, Gina é vida louca, se der na telha ela faz. Tomara que isso seja só uma brincadeira.
- Eu iria ficar encarregada de comprar as coisas. - Pansy falou.
- Estou com a Pansy. - falou Luna. Ah pronto, se até a Luna se juntou. Fudeu.
- Hey, vocês não ficaram tão animadas assim quando era eu e Hermione. - Ron falou indignado.
- Amor nós somos casal hetero, não tem muita graça abrir lojinha de casal hetero.
- Grande porcaria. - reclamou Ron.
- Ron não reclame, eu gostaria de estar no seu lugar agora. - falei, pelo menos sendo o Ron não estaria tendo que ouvir elas inventando de abrir uma lojinha Drarry.
Drarry... Para mim ainda soa como o som de uma criatura.
Resolvi ignorar as garotas.
- Amor não quer tentar comer algo? - questionei, estava preocupado com ele. A última vez que Harry havia comido foi na hora do almoço e depois colocou toda a comida para fora. Não quis mais comer depois disso.
- Estou com enjoo, não quero. - ele fez um biquinho, tentando me convencer a deixa-lo sem comer.
- Amor, isso não vai funcionar. - falei, mesmo sabendo que se eu não terminar com essa discussão agora ele vai conseguir o que quer. É só meu marido jogar esse charme grifinório para cima de mim que pronto, eu me rendo. - Vamos fazer o seguinte: Você come só um pouquinho, depois se não sentir nada, você come mais pouquinho.
- Não vai me deixar ficar sem comer né? - ele questionou, ainda fazendo uma cara extremamente fofa.
- Não. - precisei de toda a minha coragem para negar. Os olhos dele brilhavam em minha direção e em seus lábios havia um biquinho muito fofo.
- Eu como só um pouquinho. - com sua resposta apanhei minha varinha e com um simples acenar dela um prato com pouca comida apareceu na mesinha de centro, me estiquei para pega-lo e entreguei para Harry. - Se eu comer o que ganho?
- Carboidratos e proteínas.
- Quero um beijo. - como negar isso?
- Tudo bem, se você comer ganha um beijo.
- Que gay... Continuem, adoro. - Gina sorriu. Desde quando essa maluca tá observando a gente?
- E depois não querem que a gente não faça uma lojinha. - Pansy falou, ela é tão boa atriz que eu quase acreditei na sua tristeza por eu e meu amado não termos concordado nessa ideia.
- Porque isso não faz sentindo. - Harry falou.
- Amigos tudo tóxico. - Hermione brincou. - Criança quando você nascer, você vai ajudar a gente a montar a lojinha.
- Deixem meu filho fora disso. - Harry falou, depois colocou a mão na sua barriga. - Não vai na onda das suas tias, elas são doidas.
- Saiba que eu sou psicologicamente estável. - Gina falou.
Voltamos a conversar sobre aleatóriedades, Harry acabou de comer e deixou o prato vazio de lado.
- Quero meu beijo. Agora. - falou dengoso.
- Mas é dengoso. - fiz uma voz fofa que é reservada apenas para ele e nossos filhos. - Agora mesmo?
- Da logo um beijo no teu marido, Malfoy. - Pansy disse. Por que ela está eufórica? É só um beijo entre duas pessoas que se amam!
Credo, quando foi que eu fiquei tão meloso assim? O Draco de 11 anos olharia para mim agora e nem iria se reconhecer. Antes eu me preocupava em ser o orgulho do meu pai, me preocupava em ser o aluno perfeito, o filho perfeito, o jogador de quadribol perfeito. Eu me predi tanto nesta palavra perfeito que esqueci como era viver de verdade, esqueci como era fazer as coisas por mim, sem precisar agradar ninguém... Até que ele entrou na minha vida, Harry, mesmo naquela época de guerra, mostrou-me o lado bom de viver, mostrou-me que o mundo não é apenas cinzas. Ele me amou, ele amou a mim, ele amou as minhas qualidades tanto quanto amou meus defeitos. Ele não amou o ser perfeito que eu tentava ser, Harry amou a mim, Draco Lucius Malfoy, eu pude ser eu mesmo pela primeira vez quando estava ao lado dele e isso foi a coisa mais libertadora que eu já fiz na minha vida.
É... Meu eu de onze anos não me reconheceria agora.
Sem delongas fixei minha mão em sua nuca e a puxei para mim, chocando meus lábios contra os seus em um beijo lento, longo e envolvente. Antes de eu fazer qualquer outra coisa uma luz forte de flash nos assutou. Separamos nossos lábios com o susto.
- É que vocês estavam tão fofos. - Ginevra sorriu, balançando a foto revelada em mãos.
- Quero essa foto na minha testa para ontem. - disse Pansy. Revirei os olhos. Parece que nunca viram um casal trocando afeto. - Draco eu entendo seus olhares e é um pouco difícil quando se é solteira.
- Nem aconselho casar, tem que ficar agarrado com esse seres que você chama de marido. - falei, mas para brincar com Harry. Não preciso dizer que me arrependi segundos depois, preciso? Seu tapa forte começou a arder em meu ombro.
- Vai dormir no sofá também. - resmungou Harry.
- Amor eu estava brincando. Adoro ficar agarrado com você. - Me aproximei para dar um beijo em sua bochecha, meu marido virou a cara. - Amor, era brincadeira. Da um beijinho, por favor.
- Só porquê eu amo muito você e me acostumei a dormir do seu lado. - falou meu marido, antes de virar o rosto em minha direção e selar seus lábios com meus em um selinho demorado.
É... Minha cura tem um nome, ela se chama Harry Potter-Malfoy, o homem que eu tenho orgulho em chamar de marido.
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Família Potter-Malfoy
FantasíaHarry desapareceu sem deixar rastros, juntamente com Draco Malfoy. "Fanfic feita por pura diversão" +18