Re(encontra-me)

Capítulo 17 - Michael

Depois do dia em que a Mia se mudou e nos apresentou a Joanna, eu mantive contacto com a mesma.

Ela era nossa fã, e eu admirava isso, eu adorava conhecer as nossas fãs, adorava saber que existiam pessoas que apreciavam o nosso trabalho, que gostavam de nós.

Mas, o verdadeiro facto para eu e a Joanna ter-mos mantido contacto, é que eu realmente gostei da rapariga. Ela era completamente normal e... perfeita.

Quando soube que ela estava grávida, talvez eu tenha ficado demasiado chocado, mas quando ela me contou a história toda, eu percebi tudo o que ela estava a passar e que infelizmente tinha poucas pessoas a seu lado.

Como seu idolo, e agora seu novo amigo, prometi ajudá-la em tudo o que ela precisasse. Ela andava já a escolher roupa para o bebé, claro que teria de comprar unisexo, pois ainda não se sabia o sexo do bebé.

Ontem acompanhei-a a outra consulta, pois ela não tinha ninguém e eu fiz questão de a acompanhar.

A Mia, que pelo que eu sei era quem ía com ela, tem andado mal. Esta semana ninguém a tem visto, primeiro porque o Diogo veio atrás dela e também pelo que sei ela encontra-se um pouco doente e como tem medo de apegar à Joanna, achou melhor não a acompanhar. E acredito que realmente foi o melhor. Neste momento a Joanna e o bebé precisam de saúde.

Uma coisa que não demorou a aparecer, foram os boatos. Boatos de que eu troquei a Mia, por outra rapariga e que até já andava com ela a comprar roupas de bebés. As minhas fãs estavam completamente malucas, pois pensavam que eu iria ser pai.

Por enquanto, eu não desmenti nada. Acho que mereço um pouco de privacidade na minha vida e as pessoas, pricipalmente os paparazzis precisam de aprender a respeitar a privacidade dos outros. Eu não queria ter exposto a Joanna desta forma, mas quando demos por ela, isso já tinha acontecido. E o pior é que conhecia a rapariga à uma semana, pouco mais.

- Michael? - a voz da Joanna desperta-me dos meus pensamentos.

- Ah? Sou eu? - digo, fazendo com que a Joanna solte uma enorme gargalhada.

- És tão parvinho, Michael. - o sorriso dela torna-se completamente contagioso e logo me começo a rir com ela também.

- Eu sei que me adoras, eu sei. - solto um longo suspiro depois de parar de rir e olho a Joanna nos olhos. - Acho que deverias acabar isso. - falo apontando para o gelado que ela tinha na mão.

- Oh, eu sei. - ela sorri envergonhada. - Obrigada por me teres trazido isto, estava mesmo a apetecer-me.

- Não tens que agradecer, tudo pela minha amiga. - coloco um braço ao seu redor, o que a deixa corada e eu apenas me ri.

Ela é mesmo fofa.

- Bem. - digo olhando para as horas no telemóvel. - Estou a ficar completamente atrasado para uma entrevista.

- Oh, claro. Vai lá. - ela levanta-se do sofá de sua casa e eu sigo os seus passos, levantando-me atrás dela.

Caminhamos até à porta de saída e lentamente ela abriu-a deixando-me passar para o lado de fora da casa.

- Joanna... - digo observando os seus grandes e perfeitos olhos - Provávelmente hoje vão falar desses rumores de... tu sabes, do teu bebé... Queres... Queres que eu desminta ou não?

- Michael, tu não tens obrigações nenhumas, tu és um ótimo amigo e eu adoro-te imenso. Mas tu não tens de assumir nada, eu não quero ser mais um peso na tua vida, não quero que as tuas fãs me odeiem, ainda mais do que já me odeiam. E Michael, ambos sabemos que tu não és pai do meu filho, ou filha. As responsabilidades são todas minhas.

- Nunca mais digas isso, Joanna. Tu não és um peso na minha vida. - pego numa das suas mãos. - Temos estado sempres juntos nestes dias e já te disse que nada nem ninguém me vai fazer mudar de ideias. Eu quero estar a teu lado. Afinal somos amigos ou não?

- Eu... Eu acho que sim. - ela diz sem jeito e olha para o chão envergonhada.

- Somos sim, tontinha. - coloco uma mão na sua cara e levanto-a para ela olhar para mim. - Não me intrepretes mal, mas Joanna, eu adoro cuidar de ti, e eu quero cuidar de ti, cuidar dessa criança. Eu quero ser o teu suporte.

- Michael... - uma lágrima sai dos seus olhos. - Obrigada, obrigada por tudo.

Ela aproxima-se de mim e num impulso, agarra-me com toda a força que tem. Eu levo uma mão até ao seu cabelo, fazendo pequenas festas na sua cabeça e abraçando-a.

- Não tens nada que agradecer, eu faço tudo isto, porque tu és uma rapariga especial para mim. E mereces tudo de melhor. - deixo um beijo na sua testa e afasto-me dela. - Vá, agora vamos combinar uma coisa?

- Sim, o quê? - ela diz já com um pequeno sorriso.

- Eu não vou falar nisso, caso eles perguntem eu irei dizer que se eu tivesse alguma coisa para contar eu iria fazê-lo. Eu vou respeitar a tua privacidade, e vou fazer de tudo para afastar as atenções dos jornalistas de ti. Tu e o teu bebé precisam de paz. Mas, Joanna, promete-me que vais parar de chorar e promete-me que nunca mais vais dizer que és um peso na minha vida, nunca me tentes afastar. Tu tens amigos Jo, não estás sozinha.

- Eu prometo, Michael. - um sorriso escapa dos seus lábios. - Vá, agora vai lá.

Ela volta a abraçar-me e eu dando-lhe um beijo na testa, vou-me embora de seguida.

Quando chego ao hotel, encontro 3 rapazes impacientes e já sei que ultrapassei os limites.

- Finalmente Michael, nem parece teu. - o Ashton resmunga.

- Desculpa, estava com a Joanna e acabei por me distraír. - digo envergonhada.

- Pois claro, - o Ashton solta uma gargalhada. - o menino Michael apaixonou-se.

- Cala-te - digo dando-lhe um murro no braço. - Só a conheço à uma semana.

E era verdade, eu adorava a Joanna, mas não a amava, eu sentia essa necessidade de a proteger, mas eu era igual com a Mia, e no entanto, eu e a Mia eramos apenas amigos.

Acho que quando um rapaz passa algum tempo com uma rapariga, não quer dizer automaticamente que se goste dela dessa forma. As amizades entre rapaz e rapariga existem. E eu e a Mia somos a prova disso. E agora, eu e a Joanna, também somos a prova disso.

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Aqui está um capítulo do Michael para mudar de prespetiva.

O que acham do Michael e da Joanna? Um possível casal?

Bem, bem... O que tenho mais a dizer... Os próximos capítulos vão ser... difíceis, talvez. Custou-me um pouco escrever, e tenho medo de não ser o rumo certo que deva dar a esta fic, mas vou arriscar! Espero não desiludir ninguém, mas vêm aí grandes coisas e uma delas já é no próximo capítulo! 

Beijocas, Mariana Hood.