Capítulo 3 - Mia

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As férias acabaram, e com isso vêm agora as obrigações.

Tive umas férias excelentes ao lado de todas as pessoas que gosto, diverti-me imenso e aproveitei ao máximo que pude o tempo com os meus amigos e namorado.

Agora estava na hora de embarcar, embarcar rumo a uma nova vida. Estava na hora de seguir o meu sonho, e esse sonho ía apenas ser real em LA. Fui contratada por uma ótima empresa, ou melhor, uma agência de modelos, e consegui entrar lá porque o meu portefólio é realmente bom e um amigo do meu pai conseguiu arranjar-me emprego lá. Serei-lhe eternamente grata por isso.

Está quase na hora de entrar no avião, mas não o faço sem antes dar um grande abraço às minhas duas amigas.

"Vamos ter tantas saudades tuas." diz a Clare, apertando-me com toda a força que tem.

"E eu vossas. São como irmãs para mim. E sabem perfeitamente que quando quiserem me podem fazer uma visita."

"E olha que o vamos fazer Mia."

Despeço-me então com bastante lágrimas das minhas meninas e aproximo-me do meu namorado.

"Tu também me podes visitar, sempre que quiseres." disse, olhando nos seus olhos.

"E acredita que mal possa, o vou fazer. Vai-me custar imenso estar longe de ti, Mia."

"A mim também, mas tem de ser... É o meu futuro..."

"Eu sei, Mia." ele sorri, e aproxima o seu rosto do meu. "Só não quero é que isto que nós temos acabe."

"No que depender de mim, não vai."

"E de mim, também não. Amo-te, Mia." ele encosta os seus lábios aos meus e eles envolvem-se num beijo.

Afasto-me rapidamente e lágrimas caem-me dos olhos. Dou um abraço bem apertado ao Diogo pela ultima vez e vou em direção ao avião.

Quando entro no mesmo, sento-me no meu respetivo lugar, que fica ao lado da janela. Quando o avião começa a descolar, lágrimas discretas saem-me pelos olhos. Olho para fora e começo a ver tudo ficar mais pequeno. A hora do adeus é dos piores momentos que se pode passar. Deixar a minha família, os meus amigos, o meu namorado, deixar toda a gente aqui e não saber quando puderá ser a proxima vez que os vá ver, parte-me o coração. Mas eu tenho de perceber que é por uma boa razão, e eles vão estar sempre aqui à minha espera, eu sei disso.

Depois de parar em Londres e apanhar o outro avião e de horas infinitas no céu, começo a ver o aeroporto e o avião prepara-se então para aterrar.

Saio do avião e vou buscar as minhas malas. Vou então até à sala de espera, para procurar o amigo do meu pai. Ele veio cá buscar-me e vai levar-me até ao hotel onde vou ficar até conseguir arranjar uma casa.

Mal entro reparo na confusão que está no aeroporto, está cheio de raparigas e até seguranças aqui tem. Pergunto-me se andará aqui algum famoso e até me questiono se conseguirei ver, mas estou em Los Angeles, tempo para ver famosos não me vai faltar, até porque vou trabalhar com modelos. Decido então procurar por o amigo do meu pai e avisto-o sentado num banco mesmo no fundo. Vou até ele, e mal me avista levanta-se.

"Mia, olá! Como estás tão crescida." ele diz cumprimentando-me.

"O tempo faz isto connosco, Paul. Já não te via à alguns anitos também."

"É o que dá ter muito trabalho, ando sempre a viajar, consegui tirar uma folguinha para vir aqui te buscar e apresentar-te um pouco da cidade."

"Ah obrigada, bem que vou precisar." digo entre risos e ele sorri, pegando nas minhas malas e começando a andar em direção ao seu carro, colocando-as na bagagem do mesmo.

Re(encontra-me)Onde histórias criam vida. Descubra agora