Capítulo 12 - Sofia

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Fiquei observando como São Paulo era gigantesca da janela do jatinho, que já se preparava para pousar.

O piloto aterrissou e assim que Oliver desabotoou o cinto de segurança das crianças, elas desceram do avião animadas:

― Vem logo, papai! –Elas o chamavam do lado de fora.

― Já estou descendo, não saiam de perto do avião! –Ele ordenou- Você precisa de ajuda? –Ele voltou seu olhar para mim, me observando tirar o cinto de segurança.

― Obrigada, mas eu já consegui. –Me levantei da poltrona.

― O que achou da viagem?

― Foi bem tranquila e confortável também! –Olhei ao redor e Oliver sorriu.

― Você já veio a São Paulo antes?

― Não, é a primeira vez, estou ansiosa para conhecer a cidade. –Disse animada.

― Então pode se considerar uma pessoa de sorte! –Oliver me lançou um sorriso e eu confesso que fiquei hipnotizada pelos seus dentes brancos e perfeitos- Eu morei durante um bom tempo aqui e garanto que sou um dos melhores guias que poderia encontrar.

― Veremos, senhor Beaumont. –Pisquei para ele, passando ao seu lado e descendo do avião.

Uma BMW branca já nos aguardava e depois de o piloto ajudar Oliver a pegar a bagagem e colocá-la no porta-malas do carro, ele o liberou para que voltasse ao Rio e para que retornasse amanhã cedo para nos buscar.

Ele colocou as crianças no banco de trás do carro, sempre muito cauteloso, as lembrando de colocar o cinto e pediu que eu fosse na frente com ele.

Saímos do aeroporto e Oliver se virou para olhar para seus filhos:

― E então, onde vocês querem ir primeiro?

― Podemos ir ao parque, papai? –Elena pediu.

― Mas é claro querida, de lá, decidiremos a nossa próxima parada, certo?

― Certo! –Elena e Estevan responderam animados.

― Você vai adorar conhecer o Parque do Ibirapuera, é maravilhoso! –Ele voltou seu olhar para mim.

― Tenho certeza que sim. –Disse.

― O que foi? Parece pensativa –Oliver comentou, tirando os olhos da estrada rapidamente para poder me olhar.

― Não é nada, é que eu achei estranho o senhor não ter chamado um motorista. –Por algum motivo, Oliver riu, sua risada dominou o interior do automóvel.

― Isso é sério? –A forma como ele me olhava, me deixou completamente sem graça.

― Bem, eu pensei que... –Tentei me explicar.

― Que homens como eu precisam de pessoas para fazerem tudo para eles a todo instante? –Oliver disse sério e eu refleti sobre aquilo, me sentindo um pouco intimidada por ele- Não que você esteja errada, entendo o que quer dizer, mas eu gosto de me sentir independente –Ele dizia- Além disso, dirigir é uma das principais coisas que eu odeio que as pessoas façam por mim. –Quando ele havia ficado tão comunicativo?

― Eu entendo.

Demorou algum tempo até que chegássemos ao Parque. Oliver estacionou o carro em um local seguro e enquanto caminhávamos, as crianças corriam animadas na nossa frente:

― Não corram muito, vocês podem cair! –Oliver os alertava. Nunca havia notado o quanto ele era protetor com os filhos.

― Não se preocupe, eles só estão se divertindo. –Disse, tentando acalmá-lo.

A Babá dos meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora