Fiquei observando como São Paulo era gigantesca da janela do jatinho, que já se preparava para pousar.
O piloto aterrissou e assim que Oliver desabotoou o cinto de segurança das crianças, elas desceram do avião animadas:
― Vem logo, papai! –Elas o chamavam do lado de fora.
― Já estou descendo, não saiam de perto do avião! –Ele ordenou- Você precisa de ajuda? –Ele voltou seu olhar para mim, me observando tirar o cinto de segurança.
― Obrigada, mas eu já consegui. –Me levantei da poltrona.
― O que achou da viagem?
― Foi bem tranquila e confortável também! –Olhei ao redor e Oliver sorriu.
― Você já veio a São Paulo antes?
― Não, é a primeira vez, estou ansiosa para conhecer a cidade. –Disse animada.
― Então pode se considerar uma pessoa de sorte! –Oliver me lançou um sorriso e eu confesso que fiquei hipnotizada pelos seus dentes brancos e perfeitos- Eu morei durante um bom tempo aqui e garanto que sou um dos melhores guias que poderia encontrar.
― Veremos, senhor Beaumont. –Pisquei para ele, passando ao seu lado e descendo do avião.
Uma BMW branca já nos aguardava e depois de o piloto ajudar Oliver a pegar a bagagem e colocá-la no porta-malas do carro, ele o liberou para que voltasse ao Rio e para que retornasse amanhã cedo para nos buscar.
Ele colocou as crianças no banco de trás do carro, sempre muito cauteloso, as lembrando de colocar o cinto e pediu que eu fosse na frente com ele.
Saímos do aeroporto e Oliver se virou para olhar para seus filhos:
― E então, onde vocês querem ir primeiro?
― Podemos ir ao parque, papai? –Elena pediu.
― Mas é claro querida, de lá, decidiremos a nossa próxima parada, certo?
― Certo! –Elena e Estevan responderam animados.
― Você vai adorar conhecer o Parque do Ibirapuera, é maravilhoso! –Ele voltou seu olhar para mim.
― Tenho certeza que sim. –Disse.
― O que foi? Parece pensativa –Oliver comentou, tirando os olhos da estrada rapidamente para poder me olhar.
― Não é nada, é que eu achei estranho o senhor não ter chamado um motorista. –Por algum motivo, Oliver riu, sua risada dominou o interior do automóvel.
― Isso é sério? –A forma como ele me olhava, me deixou completamente sem graça.
― Bem, eu pensei que... –Tentei me explicar.
― Que homens como eu precisam de pessoas para fazerem tudo para eles a todo instante? –Oliver disse sério e eu refleti sobre aquilo, me sentindo um pouco intimidada por ele- Não que você esteja errada, entendo o que quer dizer, mas eu gosto de me sentir independente –Ele dizia- Além disso, dirigir é uma das principais coisas que eu odeio que as pessoas façam por mim. –Quando ele havia ficado tão comunicativo?
― Eu entendo.
Demorou algum tempo até que chegássemos ao Parque. Oliver estacionou o carro em um local seguro e enquanto caminhávamos, as crianças corriam animadas na nossa frente:
― Não corram muito, vocês podem cair! –Oliver os alertava. Nunca havia notado o quanto ele era protetor com os filhos.
― Não se preocupe, eles só estão se divertindo. –Disse, tentando acalmá-lo.
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A Babá dos meus Filhos
RomanceSofia é uma moça de Goiânia-GO, que ao ganhar uma bolsa de estudos de 50% na PUC-RIO se muda sozinha para o Rio de Janeiro para cursar a tão sonhada faculdade de Psicologia. Para conseguir continuar seus estudos e se manter na cidade, Sofia começ...