Capítulo 54 - Oliver

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Me encontrar com a Sofia me deixou completamente desestabilizado. Durante muito tempo, era eu quem dava as cartas e conduzia a situação ao meu favor, sempre sob controle, mas quando se tratava da Sofia, eu não conseguia fazer meu coração deixar de ama-la, desta vez, era eu que estava sendo controlado.

Eu deveria ser muito idiota mesmo. Depois de tudo, deveria ter sido fácil para mim esquecê-la, deixa-la no passado, mas não, a cada dia que se passava eu a amava e a desejava mais, era algo surreal:

― Papai, você e a Sofia fizeram as pazes? –Elena perguntou inocente, do banco de traz, sentada na cadeirinha.

― Querida, você é apenas uma criança, não deveria se preocupar com esse tipo de coisa. –Respondi, a olhando de relance.

― Eu sinto falta dela. –Elena sussurrou tristonha e eu me mantive em silêncio. O que eu poderia dizer? Que eu também sentia falta da Sofia, mas que era impossível nós dois voltarmos porque ela estava com outro cara?

Estacionei minha BMW em frente a casa em que Denise estava morando:

― É aqui que a mamãe mora? –Elena perguntou com os olhinhos arregalados, por algum motivo, estar ali a assustava.

― É sim querida, você quer descer? –Me vi obrigado a perguntar. Por mais que odiasse Denise, eu não poderia privar nossa filha de vê-la.

― Não papai, eu só quero ir para casa. –Ela disse com lágrimas nos olhos- Podemos ir para casa? –Ela chorava.

Soltei meu cinto e sai do carro, abrindo a porta de trás e a acalmando:

― Ei, tudo bem, você não precisa descer.

― Eu quero ir embora, papai! –Ela berrava. Do que ela tinha tanto medo?

― Nós já vamos, filha. –Acariciei seu rostinho- Eu só vou buscar o Estevan, tudo bem? –Ela fez que sim com a cabeça, parecendo ficar mais calma- Eu já volto. –Dei um beijo em sua testa e depois de garantir que ela fosse ficar bem, caminhei em direção a porta. Bati e momentos depois ela se abriu:

― Oliver? –Denise me encarou surpresa- O que você está fazendo aqui?

― Eu vim buscar o meu filho, onde ele está? –Disse, adentrando sua sala sem permissão, logo avistei Estevan sentado no chão, montando uns quebra cabeças- Estevan? –O chamei e ele me encarou assustado.

― Pai? –Ele se levantou rápido- Eu posso explicar, a mamãe...

― Arrume suas coisas, eu vim te buscar. –Disse sério.

― Mas, pai, nós dois estávamos... –Ele tentou argumentar, mas eu o interrompi.

― Sem, mas! Vá pegar suas coisas, agora! –Disse autoritário e mesmo de cara feia, ele saiu da sala, me deixando a sós com sua mãe.

― O que deu em você, Oliver? –Denise me encarou indignada.

― Não se faça de vítima! –Disse ríspido- Eu não sei o que você está pretendendo com tudo isso, mas seja lá o que for, você não vai conseguir tirar meus filhos de mim! Que ideia foi essa de aparecer no colégio e buscar o Estevan sem a minha autorização?

― Eu não te desobedeci, Oliver. Até porque naquele dia você foi bem claro quando disse que não me queria perto dos nossos filhos. –Denise respondeu de cabeça baixa.

― Há não? Então como você me explica isso?

― Foi Estevan, ele me ligou.

― O que? Mas, por quê? –Perguntei sem acreditar.

A Babá dos meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora