Epílogo

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5 anos depois...

― Oliver, não se esqueça que a festa vai ser as sete horas. –Sofia me alertava ao celular.

― Que festa? –Fingi esquecimento e ri quando ela bufou do outro lado da linha.

― Oli, não brinque comigo!

― Desculpe amor, mas você acha mesmo que eu seria capaz de esquecer o aniversário da Aurora? Não se preocupe, vou sair mais cedo da advocacia hoje e vou direto para casa.

― Tudo bem, até mais tarde então.

― Até mais.

Depois que desligamos, continuei com o meu trabalho. Nos últimos cinco anos, o número de clientes haviam aumentado de uma forma surpreendente e tivemos que contratar funcionários para os mais variados cargos para darmos conta do recado.

Sempre que entrava no meu escritório, encontrava minha mesa com pilhas e mais pilhas de casos para serem analisados e a maioria dos clientes sempre queriam que fosse eu a representa-los.

O sucesso da Advocacia Beaumont foi tanto, que no final do último ano, um jantar realizado no Copacabana Palace foi dado em minha homenagem, onde recebi também um troféu por renovar a fé na justiça.

Não só minha vida profissional havia mudado, como também a minha vida pessoal. O meu casamento com Sofia era maravilhoso, ela era uma mulher, uma mãe e uma profissional incrível, e nos últimos anos, aprendi a valorizá-la e amá-la ainda mais.

Assim que Aurora nasceu, Sofia trancou a faculdade para se dedicar exclusivamente à nossa família. Quando sugeri que poderíamos contratar uma babá, ela discordou na hora e disse que precisava fazer aquilo, que queria poder cuidar da nossa filha e sentir todos os impactos da maternidade, além disso, ela também disse que assim poderia passar mais tempo com Estevan e com Elena, que eram apaixonados pela irmã mais nova.

Somente quando Aurora completou um ano de idade, foi que Sofia confiou os cuidados da filha a dona Ana e finalmente voltou para a faculdade.

Ela se formou quatro anos depois, em uma cerimônia linda e se emocionou quando me viu com nossos filhos na primeira filha, com a pequena Aurora em meus braços lhe pedindo colo.

Sofia era uma profissional excelente e uma psicóloga melhor ainda. Juntos, compramos um pequeno consultório no centro e o reformamos, do jeito que ela sempre sonhou.

Além do consultório particular, Sofia também havia se especializado em psicopedagogia e trabalhava em escolas, ajudando crianças com dificuldades no aprendizado, além de fazer atendimento gratuito aos sábados em comunidades carentes do Rio.

E mesmo depois de trabalhar tanto, ela ainda tinha disposição para chegar em casa e ajudar as crianças com os deveres de casa, brincar com elas ou simplesmente ver um filme na tv, apesar de sempre pegar no sono logo nos primeiros minutos.

Ela também sempre tinha tempo para mim, era uma esposa maravilhosa. Mesmo cansada, ela tinha paciência em me ouvir reclamar sobre algo relacionado ao trabalho e até mesmo compreender o meu mau humor em certas ocasiões.

Como qualquer casal, as vezes nós dois discutíamos, mas nunca conseguíamos ficar com raiva um do outro por mais de dez minutos. Nossas reconciliações sempre acabavam na cama e quando ela se deitava em meu peito, depois de termos feito amor, eu sussurrava para ela o quanto a amava. Porque essa era a verdade, eu amava a Sofia e apesar dos anos que se passaram, a cada dia eu me sentia mais apaixonado e atraído por ela.

Sai da empresa por volta das cinco horas e dirigi até a penitenciária. Era dia de visita e eu havia ido ver Brian.

Eu o visitava regularmente, às vezes, um pouco menos, apenas uma vez a cada mês. Os agentes me levaram a uma sala, enquanto eles foram até a cela buscá-lo.

A Babá dos meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora