Faltava um dia para a votação dos acionistas que decidiria quem assumiria a presidência da Advocacia e eu não poderia estar mais animado, a proposta que havia feito a eles era irrecusável e eu duvidava muito que Oliver tivesse alguma chance contra mim.
Não havia me encontrado com o meu irmão o dia todo, fiquei sabendo que ele havia saído um pouco mais cedo e eu aproveitei para entrar na sua sala.
Vi alguns casos sobre sua mesa, uma foto dos filhos e uma de Sofia. Me sentei em sua poltrona e me inclinei para trás, a sensação de poder era maravilhosa e sorri ao saber que tudo aquilo logo, logo, seria meu. Apanhei o retrato de Sofia e o observei durante alguns instantes, ela era realmente uma bela mulher e como qualquer outra mulher, estava com Oliver por interesse e eu sabia que minhas chances com ela aumentariam quando meu irmão perdesse a presidência. Eu iria tirar tudo dele, tudo! Assim como ele tirou de mim.
As seis horas, encerrei meu expediente e fui para meu apartamento. Tomei um banho, coloquei uma cueca box e me joguei em minha cama, peguei meu celular e disquei o número de Denise:
― Você não me esquece mesmo, não é? –Ela disse ríspida, ao atender.
― Oi para você também.
― O que você quer, Brian?
― Por que você foi contar ao Oliver que nós tivemos um caso? Sua fofoca me rendeu um soco no rosto, sabia?
Ela ficou em silêncio por alguns instantes:
― Desculpe, a Sofia descobriu e acabou me procurando, não tive como continuar negando.
― A Sofia? –Disse surpreso, percebendo o quando aquela garota poderia ser uma ameaça- Ela te perguntou alguma outra coisa?
― Na verdade, ela perguntou se eu conhecia um homem chamado, Wil... Wilson Nunes. –Prendi minha respiração por alguns segundos, como ela havia descoberto sobre o Wilson?
― O que você disse, Denise? –Perguntei aflito.
― Eu disse que não o conhecia, não faço ideia de quem seja esse homem.
― Fez bem. –Respirei aliviado.
― Quem é esse cara, Brian? –Ela perguntou curiosa.
― Se eu te contasse, teria que te matar –Mesmo pelo celular, ouvi sua respiração se acelerar- Além disso, não é da sua conta.
― Como está indo seu plano de assumir a presidência da advocacia? –Ela mudou rápido de assunto.
― Ótimo, na verdade, acho que o fato de ter dito ao Oliver que Estevan era meu filho o deixou ainda mais desestabilizado e isso foi muito bom para mim.
― Por que você disse isso a ele? –Ela perguntou chocada.
― Por que a treze anos atrás, quando você engravidou, você mesma me disse que tinha dúvidas se esse filho era meu ou era do Oliver.
― Brian, não vê o que fez?
― Dane-se Denise! Agora poderemos acabar com essa dúvida de uma vez por todas –Ri, ouvindo a campainha tocar- Tenho que desligar agora.
― Brian? –Desliguei o telefone na cara dela.
Saltei da minha cama e caminhei até a sala, quando abri a porta, avistei Vanessa:
― Oi gata! –Disse abrindo a porta para ela.
Vanessa passou por mim em silêncio, adentrando a sala. Ele vestia um short jeans, expondo suas pernas maravilhosas e uma regata branca, realçando bem os seus seios:
― Pensei que tínhamos combinado que eu ia te pegar as sete para jantarmos. –Disse.
― E tínhamos. –Ela se virou me olhando e vi quando seus olhos fitaram meu volume sob a cueca.
― Já sei, estava com fome de outras coisas, não é? –Ri, me aproximando dela.
― Não toque em mim! –Ela gritou, quando ia abraça-la. Me afastei instintivamente, a encarando sem entender- Você é doente, Brian! Um louco, cafajeste, sem vergonha!
― Do que está falando?
― Eu descobri tudo! Descobri que você foi capaz de ir para cama com a esposa do seu irmão! Como pôde fazer isso?
― Ela queria e você sabe que eu não sou capaz de negar sexo a uma mulher. –Respondi sínico e ela me encarou com desprezo.
― E agora, você está tentando tomar o lugar do Oliver na presidência da empresa! Por que toda essa obsessão pelo seu irmão? O que você ganha fazendo tudo isso?
― Qual é Vanessa, por que isso agora?
― Eu tenho nojo de você, Brian! Nojo!
Me aproximei rapidamente e a empurrei contra a parede, colando bem nossos corpos:
― Adoro mulheres histéricas, elas pegam fogo na cama. –Murmurei, beijando seu pescoço.
― Me solta, Brian! -Ela gritou, batendo suas mãos contra meu peito, me implorando para que a soltasse.
― Ei, quando eu acabar com você, essa raiva toda já vai ter passado –Disse, beijando sua boca, mas ela mordeu meu lábio com força, me fazendo afastar.
Levei minha mão a minha boca, sentindo o sangue escorrer:
― Não ouse nunca mais tocar em mim! –Ela disse com lágrimas nos olhos- Eu pensei que eu pudesse te mudar, deixei que você fizesse coisas terríveis comigo, tudo porque pensei que existisse alguma esperança para você! –Ela chorava- Só quero que me responda uma coisa, em algum momento, você realmente gostou de mim? –Sua pergunta me fez rir.
― Por favor, Vanessa! Você é gostosa e é boa na cama, mas amor é uma palavra um pouco forte, não acha? –Antes que pudesse me defender, ela revidou, dando um tapa forte em meu rosto.
― Você vai pagar por tudo que me fez, canalha! –Ela esbravejou- E não pense que você vai vencer o Oliver, porque perto dele, você não é nada! –Ela disse uma última vez, antes de me dar as costas e sair do meu apartamento.
― Já vai tarde! –Gritei enquanto ela ia saindo- Maluca! -Dei um soco forte na parede.
Sabia que aquilo havia sido obra da Sofia, Vanessa era muito sonsa para ter descoberto tudo isso sozinha e não me restavam dúvidas de que havia sido a amiga que a alertara, mas tudo bem, Vanessa era uma chata mesmo, eu só estava com ela pelo sexo e estava feliz por não ter que aturá-la mais.
Por outro lado, tudo o que vinha acontecendo, mostrava o quando Sofia era esperta e curiosa, e sabia que ela estava revirando todo o meu passado e eu precisava pará-la antes que ela trouxesse mais coisas à tona. Afinal, como diz aquele velho ditado, a curiosidade matou o gato, não é?
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A Babá dos meus Filhos
RomanceSofia é uma moça de Goiânia-GO, que ao ganhar uma bolsa de estudos de 50% na PUC-RIO se muda sozinha para o Rio de Janeiro para cursar a tão sonhada faculdade de Psicologia. Para conseguir continuar seus estudos e se manter na cidade, Sofia começ...