Capítulo 75 - Brian

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Faltava um dia para a votação dos acionistas que decidiria quem assumiria a presidência da Advocacia e eu não poderia estar mais animado, a proposta que havia feito a eles era irrecusável e eu duvidava muito que Oliver tivesse alguma chance contra mim.

Não havia me encontrado com o meu irmão o dia todo, fiquei sabendo que ele havia saído um pouco mais cedo e eu aproveitei para entrar na sua sala.

Vi alguns casos sobre sua mesa, uma foto dos filhos e uma de Sofia. Me sentei em sua poltrona e me inclinei para trás, a sensação de poder era maravilhosa e sorri ao saber que tudo aquilo logo, logo, seria meu. Apanhei o retrato de Sofia e o observei durante alguns instantes, ela era realmente uma bela mulher e como qualquer outra mulher, estava com Oliver por interesse e eu sabia que minhas chances com ela aumentariam quando meu irmão perdesse a presidência. Eu iria tirar tudo dele, tudo! Assim como ele tirou de mim.

As seis horas, encerrei meu expediente e fui para meu apartamento. Tomei um banho, coloquei uma cueca box e me joguei em minha cama, peguei meu celular e disquei o número de Denise:

― Você não me esquece mesmo, não é? –Ela disse ríspida, ao atender.

― Oi para você também.

― O que você quer, Brian?

― Por que você foi contar ao Oliver que nós tivemos um caso? Sua fofoca me rendeu um soco no rosto, sabia?

Ela ficou em silêncio por alguns instantes:

― Desculpe, a Sofia descobriu e acabou me procurando, não tive como continuar negando.

― A Sofia? –Disse surpreso, percebendo o quando aquela garota poderia ser uma ameaça- Ela te perguntou alguma outra coisa?

― Na verdade, ela perguntou se eu conhecia um homem chamado, Wil... Wilson Nunes. –Prendi minha respiração por alguns segundos, como ela havia descoberto sobre o Wilson?

― O que você disse, Denise? –Perguntei aflito.

― Eu disse que não o conhecia, não faço ideia de quem seja esse homem.

― Fez bem. –Respirei aliviado.

― Quem é esse cara, Brian? –Ela perguntou curiosa.

― Se eu te contasse, teria que te matar –Mesmo pelo celular, ouvi sua respiração se acelerar- Além disso, não é da sua conta.

― Como está indo seu plano de assumir a presidência da advocacia? –Ela mudou rápido de assunto.

― Ótimo, na verdade, acho que o fato de ter dito ao Oliver que Estevan era meu filho o deixou ainda mais desestabilizado e isso foi muito bom para mim.

― Por que você disse isso a ele? –Ela perguntou chocada.

― Por que a treze anos atrás, quando você engravidou, você mesma me disse que tinha dúvidas se esse filho era meu ou era do Oliver.

― Brian, não vê o que fez?

― Dane-se Denise! Agora poderemos acabar com essa dúvida de uma vez por todas –Ri, ouvindo a campainha tocar- Tenho que desligar agora.

― Brian? –Desliguei o telefone na cara dela.

Saltei da minha cama e caminhei até a sala, quando abri a porta, avistei Vanessa:

― Oi gata! –Disse abrindo a porta para ela.

Vanessa passou por mim em silêncio, adentrando a sala. Ele vestia um short jeans, expondo suas pernas maravilhosas e uma regata branca, realçando bem os seus seios:

― Pensei que tínhamos combinado que eu ia te pegar as sete para jantarmos. –Disse.

― E tínhamos. –Ela se virou me olhando e vi quando seus olhos fitaram meu volume sob a cueca.

― Já sei, estava com fome de outras coisas, não é? –Ri, me aproximando dela.

― Não toque em mim! –Ela gritou, quando ia abraça-la. Me afastei instintivamente, a encarando sem entender- Você é doente, Brian! Um louco, cafajeste, sem vergonha!

― Do que está falando?

― Eu descobri tudo! Descobri que você foi capaz de ir para cama com a esposa do seu irmão! Como pôde fazer isso?

― Ela queria e você sabe que eu não sou capaz de negar sexo a uma mulher. –Respondi sínico e ela me encarou com desprezo.

― E agora, você está tentando tomar o lugar do Oliver na presidência da empresa! Por que toda essa obsessão pelo seu irmão? O que você ganha fazendo tudo isso?

― Qual é Vanessa, por que isso agora?

― Eu tenho nojo de você, Brian! Nojo!

Me aproximei rapidamente e a empurrei contra a parede, colando bem nossos corpos:

― Adoro mulheres histéricas, elas pegam fogo na cama. –Murmurei, beijando seu pescoço.

― Me solta, Brian! -Ela gritou, batendo suas mãos contra meu peito, me implorando para que a soltasse.

― Ei, quando eu acabar com você, essa raiva toda já vai ter passado –Disse, beijando sua boca, mas ela mordeu meu lábio com força, me fazendo afastar.

Levei minha mão a minha boca, sentindo o sangue escorrer:

― Não ouse nunca mais tocar em mim! –Ela disse com lágrimas nos olhos- Eu pensei que eu pudesse te mudar, deixei que você fizesse coisas terríveis comigo, tudo porque pensei que existisse alguma esperança para você! –Ela chorava- Só quero que me responda uma coisa, em algum momento, você realmente gostou de mim? –Sua pergunta me fez rir.

― Por favor, Vanessa! Você é gostosa e é boa na cama, mas amor é uma palavra um pouco forte, não acha? –Antes que pudesse me defender, ela revidou, dando um tapa forte em meu rosto.

― Você vai pagar por tudo que me fez, canalha! –Ela esbravejou- E não pense que você vai vencer o Oliver, porque perto dele, você não é nada! –Ela disse uma última vez, antes de me dar as costas e sair do meu apartamento.

― Já vai tarde! –Gritei enquanto ela ia saindo- Maluca! -Dei um soco forte na parede.

Sabia que aquilo havia sido obra da Sofia, Vanessa era muito sonsa para ter descoberto tudo isso sozinha e não me restavam dúvidas de que havia sido a amiga que a alertara, mas tudo bem, Vanessa era uma chata mesmo, eu só estava com ela pelo sexo e estava feliz por não ter que aturá-la mais.

Por outro lado, tudo o que vinha acontecendo, mostrava o quando Sofia era esperta e curiosa, e sabia que ela estava revirando todo o meu passado e eu precisava pará-la antes que ela trouxesse mais coisas à tona. Afinal, como diz aquele velho ditado, a curiosidade matou o gato, não é?

A Babá dos meus FilhosOnde histórias criam vida. Descubra agora