Rafael me fazia sorrir exatamente como... Não! Eram apenas parecidos! Mas para proteger meu coração, precisava colocar em minha cabeça que o que estava sentindo era apenas tesão! Isso, tesão!!! Um frenesi louco quando ele me tocava, ainda que minimamente ou quando me deixava chorar em seu peito. "Que pôrra esse homem tem??".
- Ainda vai escrever o bilhete hoje? - Ele me perguntou dando aquele sorriso torto.
- Farei agora. E você não ouse omitir uma reaçãozinha mínima que seja, senão acabou o amor! - Brinquei indo me sentar para escrever e limpando as lágrimas na blusa sem glamour algum
- Certo, chefe! - Sorriu com deboche e chorei... não pelos olhos.Terminei o bilhete, levantei e ao entregar a ele beijei seu rosto e todo o meu corpo deu sinal de vida...Bom, minha amiguinha já tinha sorrido bem antes! Ele não ficou imune e a tensão entre nós se intensificou. Segurou meu pulso e medrosa que sou apenas olhei e falei:
- Nossa amizade é recente.
- É...Em segundos estava colada à parede sentindo as mãos de Rafael apertando minha bunda com uma das mãos enquanto os dedos da outra procurava a barra da minha bermuda soltinha até achar o elástico da minha calcinha.
- Amabily eu... - Ele me encarou
- Rasga logo isso! - Segurei seu pulso - Agora!
- Você manda! - E o fino tecido se rompeu em um puxão.Seus dedos penetraram minha boceta encharcada e eu arfei. "Tesão! Apenas tesão!". Mas então ele me beijou...e foi como se o mundo parasse novamente, como seu eu tivesse voltado no tempo. Procurei o zíper da sua bermuda, porque eu precisava sentir aquele pau em minhas mãos. E então...
- Bily? Está aí? - Ouvi a voz de minha mãe e olhei para Rafael.
- Que timing perfeito! - Ele falou baixo, se afastou subindo o zíper e se sentou no braço do sofá atrás de nós.
- Estou aqui, vida minha! - Pulei no sofá juntando as pernas na hora em que minha mãe entrou acompanhada de Susano.Os dois se entreolharam e depois olharam para nós.
- É... vocês...Ah! Esquece! Acho que não era a hora de entrar aqui. - Minha mãe estava vermelha, porém não mais do que eu deveria estar
- Eu falei, Evandra. - Susano abraçou sua cintura - Vamos?
- Está tudo bem, pai - Rafael falou e sorriu
- Aham...posso ver...
- Mas diga, vida minha - interrompi a interação pai e filho. "Será que não consigo esconder nada??"
- Era só para saber se amanhã pretende ir direto à Évora ou vai passar na Marta primeiro...Tô me sentindo uma idiota!
- Relaxa, vida! Amanhã vou para a Évora. Marta me encontrará lá.
- Ah...sim...boa noite!
- Também estamos subindo, não é, Amabily? - Rafael disse sarcástico.
- Podem ir, já estou subindo, ainda tenho algumas coisas para fazer aqui - "Como por exemplo tirar essa calcinha rasgada de uma vez!" Pensei e olhei feio para Rafael.
- Fico mais um pouco então! - Ele entendeu mas não deixou de sorrir.
- Não, pode ir! Deve estar cansado. Leve esse cara com vocês! - Pisquei para minha mãe e Susano.
- Nossa, Evandra! Vamos pelo amor do Pai! - Susano riu e puxou minha mãe.Rafael me olhou mais uma vez e se levantou. "Ahh! Mas ele não perderia por esperar! Deixaria um presentinho para ele durante a madrugada"
- Ok, boa noite, Amabily.
- Boa noite.Tomei um banho, coloquei meu hobby de seda e esperei pacientemente a casa toda silenciar. Desci até o escritório, peguei a chave reserva do quarto de Rafael e com a calcinha rasgada em mãos, subi novamente.
Como previa a porta estava trancada e girei a chave e a maçaneta bem devagar e entrei.
A visão de Rafael dormindo de bruços em sua cueca boxer preta e o meio das costas coberta por uma arraia maori em tinta preta me fizeram congelar no lugar e quase me masturbar ali mesmo. Acalmei minha periquita e deixei a calcinha rasgada ao seu lado.***
Não conseguimos um minuto sozinhos durante todo o restante da semana. Nossa família parecia revezar na arte de empatar aquele tesão crescente. A cada olhar que cruzavámos parecia pegar fogo a nossa volta, mas ninguém parecia perceber. Nem Aislin, tão esperta, conseguiu entender o que ele queria ao ir até o projeto no final do expediente da quarta feira. "Eu vou explodir, meu Deus!!!!"
- Tô te achando estranha, Bily
- Eu? Estranha? Como?
- Toda hora se abana, tá afogueada... você está na menopausa precoce, amiga?? - Ela arregalou os olhos
- Tomar no cu, As!
- Hum, vou pensar nisso mais tarde...
- Ah, pôrra! Não fala! - Me abanei mais uma vez
- Ahhh! Entendi!!! Quem é o aleatório da vez??
- Promete que não vai gritar?
- Você está falando para eu não gritar?? Puta merda!! É novo esse... Espera deixa eu...Ahhhhhhhhhhh! Não acredito!!!!!
- É, é ele!!
- Cola essa bunda agora nesse sofá e conta como a animosidade se transformou em paixão!!!
- Quem falou de paixão?? Tá louca?? Tesão é o mais certo.
- Ham...tá!
- Não vou falar é pôrra nenhuma com você, As!
- Está bem! Calei! É só tesão!Contei para minha melhor amiga o que já estava travado na garganta desde o dia no escritório até as insinuações veladas.
- Puta merda, Bily! Desse fim de semana não pode passar! Vocês vão explodir! Vamos dar um jeito!
- Não, As...
- Não?? Ahh, puta merda duas vezes, Amabily Garcia Lee!!!Eu estava louca de tesão, era a mais pura verdade, mas por outro lado, estava gostando demais desses desencontros e diante da minha recusa, Aislin já sabia qual era o meu medo: Me apaixonar por quem não valesse a pena...novamente.
- Bily, vai viver! Uma hora vai ter que acontecer
- Não enquanto eu puder evitar!
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Vai ter volta!
RomanceUm bad guy que adorava apostas e detestava nerds. Uma nerd que adorava livros e detestava bad guys. Um namoro adolescente com final clichê, digno de filme americano...ou seria um dramalhão mexicano? Descubra o que uma noite do passado pode interferi...