ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴏ ʙᴏᴛᴀ̃ᴏ ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ...

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A heda e a Paola lá atrás AAAAAAAA❤️

Vou até a cômoda e o ouço discar um número no celular. Fico em silêncio enquanto ele espera ser atendido.

—Posso fazer uma reserva para dois às sete horas esta noite?

O silêncio depois dessa pergunta é palpável enquanto espero para ouvir o que ele vai dizer em seguida. Meu coração trabalhou mais nas últimas duas horas do que nos dois últimos meses inteiros.

—Arthur Ramos. R-A-M-O-S — ele termina soletrando. — Perfeito. Muito obrigado

Estou vasculhando minha primeira gaveta, fingindo que não estou rezando a Deus que Arthur pretenda que eu seja a convidada dele nesse jantar. Eu o escuto se mexer na cama e se levantar, então me viro e o vejo andando na minha direção. Ele sorri e por cima do meu ombro espia a gaveta que estou vasculhando.

—É sua gaveta de calcinhas? — Ele pega uma. Arranco da mão dele e jogo na minha mala.

— Tire a mão —digo a ele. Ele dá a volta por mim e apoia o cotovelo na cômoda.

—Se está levando as calcinhas, significa que não anda sem. Então, por um processo de eliminação, deduzi que agora você está de fio dental. Só preciso descobrir qual é a cor.

Jogo o conteúdo da gaveta na mala.

—É preciso muito mais do que esse papo furado para ver minha calcinha, Arthur,o Escritor.

Ele sorri.

— Ah, é? Tipo o quê? Um jantar elegante? — Ele se afasta da cómoda e se empertiga, enfiando as mãos nos bolsos da calça jeans. — Porque por acaso acabei de fazer uma reserva no Chateau Marmont para as sete.

Rio.

—Não me diga.

Dou a volta por ele, indo até meu closet de novo, tentando esconder o sorriso enorme no meu rosto. Obrigada, meu Deus. Ele vai me levar para jantar. Assim que chego ao closet, meu sorriso perde o entusiasmo. Mas o que é que vou vestir Não tenho um encontro desde quando eu nem tinha peito direito!

— Carolina Voltan? — diz ele, desta vez da porta do closet. — Quer sair comigo esta noite?

Suspiro e baixo os olhos para minhas roupas chatas.

— Mas o que é que vou vestir para ir ao Chateau? —Olho para ele e faço uma careta. — Não podíamos ir só ao Chipotle ou coisa assim?

Ele ri e depois entra no meu closet, esbarrando em mim. Mexe nas roupas do fundo.

— Comprido demais — diz ao passar pelos cabides, um por um. — Feio demais. Casual demais. Elegante demais.

Por fim, ele para e pega algo pendurado. Vira-se com um vestido preto que eu pretendo jogar fora desde o dia em que minha mãe comprou para mim.

Ela está sempre comprando roupas para mim, na esperança de que eu realmente vá usá-las. Roupas que não cobrem minhas cicatrizes.

Nego com a cabeça e arranco o vestido da mão dele, pendurando-o de volta no lugar. Pego um dos poucos vestidos de manga comprida que tenho e tiro do cabide.

—Gosto desse.

Seus olhos se voltam para o vestido que escolheu inicialmente e ele o tira do cabide, empurrando-o para mim.

— Mas quero que você use este.

Empurro o vestido de volta para ele.

—Não quero vestir isso, quero usar este.

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora