Tava vendo react antigo do Crusher né, e pqp Arthur tomando Redbull? Deselegante né novinho. Aqui apenas fusion🙅
Ele começa a avançar em minha direção, portanto faço a única coisa em que consigo pensar. Corro para o outro lado da mesa, esperando impor uma distância segura entre mim e este homem.
A mágoa toma seu rosto quando ele vê minha reação, mas não sei se é auténtica ou ensaiada. Não faço ideia se devo acreditar em tudo que acabei de ler... ou se ele inventou todas aquelas coisas para ter um enredo.
Já chorei por muitos motivos na vida. Principalmente de tristeza, mas às vezes de frustração ou raiva. Mas esta é a primeira vez que uma lágrima de medo escorre dos meus olhos.
Arthur vê a lágrima rolar por meu rosto e levanta a mão, tentando me tranquilizar.
- Carol - Seus olhos estão arregalados e exibem quase tanto medo quanto os meus. Mas não sei mais se o que vejo em seu rosto é real. - Carol, por favor. Me deixe explicar.
Ele parece muito preocupado. Muito verdadeiro. Talvez seja ficção. Talvez ele tenha transformado nossa história em ficção. Com certeza ele não fez isso comigo. Aponto para o manuscrito, torcendo para ele não notar o tremor em minha mão.
- Isso é verdade, Arthur?
Ele olha para o manuscrito, depois volta a me encarar, como se não tivesse estômago para ver as páginas na mesa. Negue com a cabeça, Arthur. Negue. Por favor. Ele não faz nada...
A ausência de uma negação da parte dele me atinge com força e eu arquejo.
- Me deixe explicar. Por favor. Era só...
Ele começa a andar na minha direção, então cambaleio para trás até encontrar a parede. Preciso sair daqui. Preciso ficar longe dele.
Ele segue para a direita, em vez de para a esquerda, o que o deixa mais distante da porta da frente do que de mim. Consigo fazer isso. Se for bem rápida, consigo chegar à porta antes dele. Mas por que ele está permitindo que isto aconteça? Por que está me dando a chance de fugir?
- Quero ir embora - digo a ele.- Por favor.
Ele assente, mas ainda está com a mão erguida, a palma virada para mim. Seu aceno de cabeça me diz uma coisa, mas sua mão me pede para ficar onde estou. Sei que ele quer me dar uma explicação... mas a não ser que vá me dizer que o que acabei de ler não é verdade, não quero ficar e ouvir mais nada que ele tenha a dizer.
Só preciso que ele me fale que não é verdade.
- Arthur - sussurro - Por favor, me diga que o que li não é verdade. Por favor, diga que não sou a merda do seu enredo pervertido.
Minhas palavras provocam a única expressão que eu torcia para não ver. Arre pendimento.
Agarro minha barriga com força.
- Ai, meu Deus.
Quero sair. Preciso sair daqui antes que fique enjoada e fraca demais para ir embora. Os próximos segundos não passam de um borrão enquanto murmuro "ai. meu Deus" de novo e corro para o sofa. Preciso da minha bolsa. Dos meus sapatos. Quero sair. Chego à porta e puxo a tranca para a esquerda, mas a mão dele encontra a minha e seu peito toca minhas costas, me pressionando na porta.
Fecho os olhos com força quando sinto sua respiração em minha nuca.
— Desculpe. Desculpe, desculpe, desculpe.
Suas palavras são tão desesperadas quanto o aperto que ele me dá ao girar meu corpo e me colocar de frente para ele. Arthur está enxugando minhas lágrimas e as dele começam a brotar em seus olhos. - Sinto muito. Por favor, não vá.
Não vou cair nessa. Não vou deixar que ele me engane de novo. Eu o empurro, mas ele agarra meus pulsos, segurando-os em seu peito enquanto encosta a testa na minha.
- Eu te amo, Carolina Voltan. Meu Deus, eu te amo tanto. Por favor, não vá embora.Por favor.
Nesse instante, tudo dentro de mim sofre uma metamorfose de um extremo a outro. Não sinto mais medo
Sinto raiva.
Estou furiosa.
Porque ouvir essas palavras saindo da boca de Arthur me faz refletir sobre a diferença que sinto ao ouvi-las agora e uma hora atrás. Como ele se atreve a mentir para mim? A me usar para o propósito de um livro? A me fazer acreditar que viu quem realmente sou, e não as cicatrizes em meu rosto? As cicatrizes pelas quais ele é responsável.
- Arthur Ramos. Você não me ama. Nunca mais diga isso. Nem para mim... nem para ninguém. Essas três palavras são uma desgraça quando saem da sua boca.
Seus olhos se arregalam e ele cambaleia para trás quando empurro seu peito com as mãos. Não lhe dou tempo para dizer mais mentiras e dar falsas desculpas. Bato a porta e me atrapalho com a alça da bolsa, colocando-a no ombro. Meus pés descalços tocam a calçada e saio correndo até o táxi que vejo encostando perto do prédio dele. Ouço-o chamar meu nome.
Não.
Não vou ouvir. Não devo nada a ele.Abro a porta do táxi e entro. Dou meu endereço ao motorista, mas enquanto o taxista o coloca no GPS, Arthur alcança o carro. Antes que eu perceba que a janela está aberta, ele enfia a mão para dentro e tapa o botão que a fecha. Seus olhos estão suplicantes.
-Tome - diz ele, empurrando as páginas para mim, que caem no meu colo, sendo que algumas escorregam para o chão. - Se não vai me deixar explicar, então leia. Leia tudo. Por favor, só...
Pego várias páginas do meu colo e largo ao meu lado no banco. Agarro as que restam e tento jogar pela janela, mas ele pega e enfia de volta dentro do carro.
Estou fechando a janela quando o ouço murmurar:
- Por favor, não me odeie.
Mas tenho medo de que já seja tarde demais.
Digo ao motorista para irmos e quando estou a uma distância segura no estacionamento, o táxi para antes de pegar a rua. Olho para trás. Ele está parado na frente do prédio, as mãos na nuca. Ele me vê partir. Seguro o maior número possivel de páginas do manuscrito e jogo-as pela janela. Antes que o táxi arranque, me viro a tempo de ver que ele se ajoelha na calçada, derrotado.
Levei quatro anos para me apaixonar por ele.
Levei só quatro páginas para me desapaixonar.Última frase pegou pesado né
(EP pequeno para ficar bonitinho o próximo ep)
Gostaram de um plot wist assim? Ou preferem o normalzao?
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The Date~Volsher Adaptation~
FanficFinalizada "𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑙𝑒. 𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑠𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟." adaptação: Novembro 9 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐞𝐬...