ᴛᴇ ʙᴇɪᴊᴀʀ

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Voltanzinha maravilhosaaa

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Arthur Ramos
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Que diabos estou fazendo?

Ela está se mudando para Nova York. É só um jantar. Só isso, mas sério que diabos estou fazendo? Eu não devia estar fazendo isso.
Visto uma calça jeans e entro no closet para pegar uma camisa limpa. Justo quando enfio a camisa pela cabeça, a porta se abre.

— E aí — Diz Rafa, recostando-se no batente — é bom ver você voltar para casa, para variar — meu deus, agora não — Quer jantar comigo e Bruna hoje à noite?

— Não posso tenho um encontro.

Vou até a cômoda e pego meu perfume. Nem acredito que Carolina se dispôs a chegar perto de mim com o cheiro que eu estava hoje. É um pouco constrangedor.

— Ah, é? Com quem?

Pego a carteira na cômoda e depois meu casaco.

— Minha namorada.

Rafa ri enquanto passo por ele e sigo pelo corredor.

— Namorada? — Ele sabe que eu não namoro, então me segue para arrancar mais informações de mim. — Sabe que se eu contar a Bruna que você tem um encontro com sua namorada, ela vai me interrogar até minha cabeça explodir. É melhor me dar mais informações.

Eu rio. Ele tem razão, a namorada dele gosta de saber tudo sobre todo mundo. E, por algum motivo, como Bruna está prestes a vir morar com a gente, acha que já é da família. E ela é particularmente enxerida quando se trata da família.

Rafa me segue até a porta e por todo o caminho até meu carro. Segura a porta antes que eu consiga fechá-la.

-Sei onde você esteve ontem à noite.

Paro de tentar fechar a porta e me jogo no banco. Lá vamos nós outra vez.

— Sua namorada tem uma boca muito grande, sabia?

Ele se encosta na porta, olhando para mim de braços cruzados.

— Ela está preocupada com você, Arthur. Todos nós estamos.

— Estou bem. Você vai ver, vou ficar bem.

Rafa fica alguns minutos me olhando em silêncio, querendo acreditar em mim desta vez. Mas já prometi tantas vezes a ele que vou ficar bem, que agora entra por um ouvido e sai por outro. E eu entendo. Mas ele não faz ideia de que desta vez é realmente diferente.

Ele desiste e fecha a porta sem dizer mais nada. Sei que ele só está tentando ajudar, mas não precisa. As coisas vão mesmo mudar. Entendi isso no instante em que pus os olhos em Carolina hoje.

[...]

Chego à porta da casa dela às 17h05, aproximadamente. Cheguei cedo, mas, como eu disse... ela está se mudando para Nova York e nunca mais vou vê-la. Cinquenta cinco minutos a mais com ela nem chega perto do que eu quero.

A porta se abre quase no mesmo instante em que bato. Bárbara sorri para mim e dá um passo para o lado.

— Ah, oi, namorado da Carol de quem nunca ouvi falar. — Ela indica o sofá.— Pode se sentar. Carol está no banho.

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora