Quando a vv fazia live nesse quarto KKK q sdds
— É sempre muito esquisito — digo. — Ver você pela primeira vez em um ano. Nunca sei o que dizer, nem o que fazer. Estou mentindo. Nunca foi esquisito, mas, graças ao ano passado, hoje está muito estranho.
Ele estende o braço pela mesa e coloca a mão em meu pulso, apertando de leve.
— Também estou nervoso — diz ele num tom tranquilizador. Seus olhos se fixam em nossas mãos, depois retira a dele e pigarreia. É fofo como ele tenta ser respeitoso na frente de Oliver.
— Você já fez o pedido?
Ele pega o cardápio e fica um tempo olhando-o em silêncio, mas sei que não está lendo.
Está mais nervoso do que deveria, mas ano passado deixamos as coisas de um jeito estranho. Fico preocupado que ele não esteja afetado pelo nervosismo, mas talvez por um pouco de amargura. Sei que o magoei no ano passado, mas certamente ele teve tempo para compreender por que fiz aquilo. E, com sorte, ele sabia que me afastar enquanto ele sofria tanto deve ter sido mais dificil para mim do que foi para ele. Passei todo este ano com o coração pesado, porque isso não saía da minha cabeça.
Nós dois pedimos algo para comer e ele não se esquece de pedir uma porção de puré de batatas para Oliver, e acho isso fofo. Tento aliviar nosso nervosismo com uma conversa descontraída. Conto que decidi que meu novo objetivo na vida é abrir uma empresa de caça-talentos. Ele sorriu e disse que eu não era mais "Carol, a Transitória". Perguntei a ele qual era meu novo nome, ele me olhou pensativa mente e disse: "Carol, a Mestra". E adorei como soou.
Ele disse que se formou na faculdade em maio passado e fiquei triste por não ter estado lá, mas sei que haverá muitos marcos no futuro. Irei a sua cerimônia de formatura da pós-graduação quando ele concluir o curso, porque contou que é para isso que está se esforçando agora. Ele trabalha como freelancer para uma revista on-line e decidiu ampliar o currículo com um mestrado em redação técnica.
Durante um intervalo em nossa conversa, Arthur serve uma porção de puré de batatas na boca de Oliver. O bebé esfrega os olhos e parece prestes a cochilar em cima da tigela.
— Ele ainda não fala nenhuma palavra?
Arthur sorri para Oliver, passando a mão em sua pequena cabeça.
— Fala algumas. Mas tenho certeza de que ele fala por acaso, na maior parte do tempo só balbucia. — Arthur ri e depois acrescenta: — Mas ele falou seu primeiro palavrão. Ouvimos pela babá eletrônica certa noite e na semana passada ele disse merda com muita clareza. Esse garotinho está começando cedo — diz ele, beliscando de brincadeira a bochecha de Oliver.
O bebê sorri para ele e, ao fazer isso, todas as fichas caem de uma vez só em mim.
Arthur trata Oliver como um pai trata um filho.
Oliver olha para Arthur como se fosse pai dele.
Arthur se referiu a si mesmo e Bruna com "nós".
E ele fica com a babá eletrônica de Oliver à noite... O que significa que... eles dormem no mesmo quarto?
Inspiro no momento em que sinto todo o meu mundo virar em seu eixo. Agarro a mesa quando tudo fica claro.
Eu me sinto idiota.
No mesmo instante, Arthur percebe minha mudança de atitude e quando meus olhos se fixam nos dele, ele começa a balançar lentamente a cabeça, percebendo que deu mole.
— Carol — diz ele em voz baixa.
Mas não fala mais nada além do meu nome. Está claro que sei e ele não faz nada para me desmentir. Todo seu rosto assume a expressão de quem pede desculpas.
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The Date~Volsher Adaptation~
FanficFinalizada "𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑙𝑒. 𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑠𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟." adaptação: Novembro 9 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐞𝐬...