ᴠᴏᴄᴇ̂ ᴇ́ ᴏ ᴍᴏᴛɪᴠᴏ ᴅᴇʟᴀ ǫᴜᴀsᴇ ᴛᴇʀ ᴍᴏʀʀɪᴅᴏ

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Carol escutando "parado no bailão" em Nova York obg vv por levar cultura de verdade para os gringos🙏

Começo a ler:

— Vai ficar tudo bem, Bruna. Prometo.

A porta da frente se abre e ela ergue os olhos. Pela animação em seus olhos, Meu estômago se revira por causa dos nervos que agora ficaram mais pesados do que pedra, Merda. Ele disse que só voltaria para casa depois das sete penso percebendo que provavelmente é Rafa.

É o Rafa? — pergunto a Bruna. Ela assente e esbarra em mim ao passar.

Ele saiu mais cedo para me ajudar — diz ela, andando até a pia. Ela pega um guardanapo e passa nos olhos. — Diga a ele que eu já vou. Não quero que ele saiba como andei chorando hoje. Pareço uma doida.

Merda.

Talvez ele não se lembre. Já faz muito tempo e nunca conversamos sobre isso.

Respiro fundo e volto para a sala de estar, tentando esconder meu pânico. Ele não pode estragar isto para mim

Está tudo bem com Bruna — digo ao voltar à sala, na esperança de acalmar meus nervos.

Paro quando o vejo, porque a expressão dele me diz que, sem dúvida, ele se lembra. E está irritado. O maxilar de Rafa enrijece. Ele joga a chave na mesa perto da entrada e aponta para mim.

Precisamos conversar.

Pelo menos ele está me afastando de Carol para discutir. É um alívio. Parece que ele não vai dizer nada na frente dela. Posso lidar com ele em particular, isso não é problema. Posso sair da merda em que me meti, mas a última coisa que quero é levar Carol junto.

Sorrio para Carol porque percebo por sua expressão que ela percebe que tem algo errado com Rafa. Quero tranquilizá-la de que está tudo bem, embora esteja bem longe disso.

Volto logo.

Ela assente, então eu sigo Rafa pelo corredor. Ele para na frente de seu quarto e aponta para a sala de estar.

Pode me explicar que porra está acontecendo, por favor?

Olho para a sala, me perguntando como posso sair dessa só na base na conversa. Mas sei que ele não vai acreditar em nada além da verdade.

Coloco as mãos no quadril e olho para o chão. É difícil ver a decepção nos olhos do meu irmão.

Somos amigos — digo a ele. — Eu a conheci ano passado. Em um restaurante — Rafael dá uma gargalhada incrédula.

 — Amigos? Lzzin acabou de apresentá-la como a porra da sua namorada, Arthur!

Merda.

Faço o que posso para acalma-lo. Nunca o vi tão irritado.

Juro que não é nada disso. Eu só... — Droga, isso está tão fodido... Levanto as mãos, derrotado. — Eu gosto dela, está bem? Não consigo evitar. Até parece que armei para gostar dela.

Rafa desvia o olhar, passando as mãos no rosto, frustrado. Quando se volta para mim, não estou preparado para o que acontece. Ele me empurra, com força, e bato na parede às minhas costas. Suas mãos apertam meus ombros e ele me pressiona na parede.

Ela sabe, Arthur? Faz alguma ideia de foi você que começou aquele incêndio? De que você é o motivo para ela quase ter morrido? 

Sinto meu maxilar enrijecer.

The Date~Volsher Adaptation~Onde histórias criam vida. Descubra agora