I came back to that reality.

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( Gente queria agradecer a todos vocês que estão lendo e me motivando a continuar a história, eu nem acredito que já estamos com 2k de visualizações em apenas dois dias, obrigada de verdade a todos vocês, vocês são perfeitos e eu amo vocês!!!! )

— NÃO FALA DAQUELA NOITE, NÃO FALA, EU TÔ CANSADO CLARICE, CANSADO. — Rafe gritava alto e eu só rezava pra que não tivesse ninguém naquele corredor. Sinto as lágrimas descerem do meu rosto e o garoto soca a parede, ele se descontrolava mas se sentia culpado.

— Desculpa Clarice. Eu não queria ter feito isso. — o menino me disse fazendo eu fechar meus olhos e ter um dejavu.

Abro meus olhos voltando daquele grande pesadelo. Observando Rafe inquieto bebendo a garrafa de whisky que tinha perto de si. Pedi pra que ele parasse mas ele não me escutava, peguei da sua mão e taquei no chão, gritando para que parasse, o mesmo me olhou com raiva em seus olhos e eu peguei em seu rosto tentando acalmar o mesmo.

— Você não goste que eu fale mas toda vez você se torna agressivo, é impossível ser feliz dessa maneira. — digo ao menino.

— E tudo que eu fiz por você foi em vão? tudo que eu fiz pela gente, eu só queria te chamar de minha e ter você comigo. — o loiro me perguntava olhando em meus olhos, fazendo cada palavra perfurar o resto de coração que eu tinha.

— Oque você fez? fez eu ser estrupada? — digo impulsivamente vendo a expressão mais triste que já tinha visto no rosto do garoto que eu amava.

— Parece que matar alguém pra te proteger não foi suficiente. — o garoto fala deixando uma lágrima escorrer em seus olhos e saiu batendo a porta.

Eu cai no chão e comecei a chorar, eu o culpei de algo que não era culpa dele e nem minha, eu fui um monstro com Rafe mesmo sabendo de todas as suas inseguranças e tudo que tinha acontecido, eu tentava respirar mas não encontrava ar, era como se eu estivesse naquela banheira, naquele dia.

— Você tá bem? — Pope entra no escritório do meu pai me ajudando a me sentar. — Toma essa água, vai te ajudar a respirar.

— O mesmo me dá um copo de água e eu dou um sorriso em formato de agradecimento. Vejo Topper entrar pela porta fazendo com que eu sentisse toda merda que tinha por vir.

— Oque é isso? — o menino olha pro chão e vê o whisky quebrado e pergunta olhando diretamente ao Pope.

— Você triscou na minha irmã? porque se sim eu juro que — interrompi o mesmo antes que ele falasse alguma merda.

— Vai embora Topper. — peço educadamente e o mesmo me ignora.

— Eu sou seu irmão. — ele diz sem entender.

— EU DISSE VAI EMBORA. — grito com o mesmo fazendo ele sair dali, eu nunca tinha sido arrogante com meu irmão mas eu não deixaria ele falar nada do Pope naquele momento.

— Me desculpa Pope, sabe como Topper é e muito obrigada pela sua ajuda, você é um menino incrível. — falo pro mesmo dando um abraço apertado e amigável.

Entro no meu carro indo atrás de Rafe, eu sabia onde ele estava exatamente. Chegando no cais avisto o barco do mesmo e resolvo entrar na cabine, assim vejo seu nariz cheiro de algo branco, deveria ser pó porque não era farinha. Limpo o nariz do mesmo com minha mão.

— Para, me deixa Clarice. — o garoto falava e eu continuei a limpar aquela merda, aquilo me irritava de uma maneira e ele sabia disso.

— Eu não quero te machucar, para. — o mesmo falava e eu não entendi a expressão do mesmo.

— Me machucar? você ficou maluco! — olho pro mesmo com uma expressão negativa, sei que ele ficava fora de si usando aquela merda mas ele não tinha o direito de falar aquilo.

— É, aí eu seria culpado, igual eu sou culpado pelo oque aconteceu naquela noite. — Respiro fundo tentando amenizar aquela história toda e de como eu tinha sido dura com o mesmo.

Viro seu rosto para que o mesmo conseguisse olhar ao meus olhos, vejo sua pupila totalmente dilatada pelo efeito da droga.

— Me desculpa Rafe, é que você me traiu e nunca me pediu desculpas pelo jeito que você me machucou, você não sabe falar quando sente, você se machuca ou tenta machucar alguém, isso não é certo. — o garoto me olha e lentamente tenta formar frases.

— Me desculpa por ter te traído, eu nunca falei isso porque você não deixou eu voltar pra você mas você tava certa, todo mundo tá certo, você é boa demais pra mim e é por isso que eu odeio te amar. — o mesmo me diz fazendo eu sentir uma pontada dolorida em meu peito, eu sentia a dor por ele e aquilo era tão dolorido.

— Você não é ruim Rafe, eu tô aqui e eu não vou te proibir de chegar perto de mim, não dessa vez, vou te levar pra casa. — pego na mão do mesmo ajudando ele a se equilibrar e dirijo até a sua casa, o deixando em seu quarto e indo embora.

Quando fecho a porta de seu quarto vejo Sarah, eu ia começar a me explicar mas a mesma só me abraça e me deseja boa sorte, fazendo eu respirar e entrar no meu carro. Entro na minha casa que já estava vazia e vou ao quarto de Topper, vendo o mesmo dormir apagado sem se cobrir, coloco os cobertores em seu corpo e te dou um beijo, entro no meu quarto que era ao lado e me deito em minha cama, fazendo eu cair lentamente no sono.

THE LAST NIGHT. Onde histórias criam vida. Descubra agora