THE LAST NIGHT.

Wines and screams.

- Levanta trouxe seu café, vamos almoçar fora hoje.

Escuto a voz do Topper em meu quarto, e assim as cortinas claras se abrindo, meu olho dói com toda aquela claridade. Me levanto com dificuldade pela preguiça que estava e tomo meu café da manhã, Topper estava pensando em alguma maneira de que eu não ficasse irritada com ele mais, café da manhã na cama? ah, fala sério!

Perto de sair de casa, lá estou eu com meu short branco, meu cropped preto e claro que não poderia faltar meus anéis. Eu era viciada em anéis, pego meu kimono antes de sair, não sabia a hora que iria voltar e eu ia querer evitar frio. Chegando no restaurante avisto o carro dos Cameron's, revirei os olhos rapidamente e desci do carro, minha cara não parecia tão agradável de acordo com meu pai, enganei o mesmo falando que era apenas dor de cabeça, então seguimos entrando no restaurante, assim indo sentar com a família Cameron. Não vi Rafe e nem Sarah, oque me deixou triste, pela Sarah claro.

- Aqui pai, trouxe as cervejas que você pediu. - Escuto a voz de Rafe e posso sentir seu olhar em mim, mas decidi ignorar e apenas focar no prato onde estava minha refeição, eu nem sabia que tipo de almoço era aquele, minha família sempre ia mas eu sempre ficava em casa, dessa vez meu pai fez questão de eu ir e eu nem sei o porquê.

- E você Clarice? como está indo na faculdade? - O Sr. Cameron me faz essa pergunta com um sorriso enorme no rosto assim respondi o mesmo que estava tudo indo ótimo, vejo Rafe dar um sorriso como se estivesse orgulhoso de mim, que piada. Estou no segundo ano de faculdade de medicina, passei com 17 e agora estou com 18 anos estudando que nem uma condenada, mas eu amo isso, esse é um dos motivos de eu não sair tanto.

Fiquei observando os mesmos falarem sobre milhares coisas idiotas sobre negócios e dinheiro, era sempre esse assunto não nem sabia como era possível essa conversa não morrer, era a coisa mais insuportável que eu poderia ouvir, fiquei observando a paisagem do restaurante mesmo, conseguia vir a praia de onde estava sentada, com meu suco em meus lábios quase me engasgo assim que vejo jj servindo uma mesa. O loiro olha pra mim e me joga uma piscadinha, fazendo eu soltar um sorriso e logo em seguida Topper e Rafe se virar na mesma hora, assim conseguindo ver jj. Assim que meu pai pediu a conta vi quem seria o atendente e pedi que aquilo não fosse real, jj indo na mesa da minha família, com minha mãe perto, meu pai não tem muito preconceito aliás ele era pobre, lutou por tudo que tem hoje, já minha mãe...

- Obrigada garoto!!! - meu pai diz pro mesmo dando um sorriso simpático e entregando uma boa quantidade de gorjeta em sua mão, jj veio recolher meu prato e cochichou no meu ouvido. - Chegou bem em casa? Sabe onde me encontrar né? - o mesmo falou quase perto do meu ouvido, fazendo eu me arrepiar e concordar apenas com a cabeça pra evitar olhares da minha família e de Rafe, oque não adiantou muito já que o mesmo continuava me fuzilando com os olhos.

Sem ao menos me despedir de Rafe entro no meu carro, apenas colocando o cinto e indo em direção ao caminho de casa, quando vejo não era minha casa e sim do Sr. Cameron, bufo quando vejo aquela situação e rapidamente pergunto pro meu pai oque iríamos fazer ali, o mesmo me responde feliz que iria jogar sinuca? e oque tenho a ver com isso? não poderia me deixar em casa? Era tudo que eu queria falar, mas não iria ser rude com meu pai. Apenas concordei e desci do carro, os assuntos da minha mãe não me interessava nenhum pouco, muito menos a madrasta de Rafe. Decido ficar na sala do 2° andar, mexendo em meu celular, pra piorar Sarah não estava em casa, então seria eu e meu celular. Escuto mesmo algo de vidro cair no chão e me levanto assustada e vendo que a porta do quarto do Rafa estava aberta, resolvo entrar.

Dou de cara com a pior cena da minha vida, Rafe se drogando em plena segunda feira, com sua família e eu em casa, o olho com uma cara de tristeza e desgosto e o garoto nem olha na minha cara, ainda continua cheirando a porra daquele pó, assopro na mesa fazendo todo pó do mesmo cair no chão, o mesmo limpa seu nariz irritado me olhando com ódio no olho, como se ele me desse medo, nunca me senti ameaçada por Rafe e sim protegida, mas nem sempre proteção é conforto.