THE LAST NIGHT.

It's not the beginning, but it will be.

| Este é um capítulo grande, espero que gostem, estou começando a história desses dois agora, sintam-se livres pra comentarem e falarem comigo, obrigada :) |

Resolvi me levantar as 09h da manhã, hoje era um dia ensolarado, fiz minha higiene matinal e fiquei lendo um livro, na varanda do meu quarto. Eu sempre gostei de ficar e estar sozinha, muitos vêem isso como algo negativo, mas sinceramente eu acho bom, você acaba se conhecendo e sabendo seu limite, bom, e meu limite?.... é oque vamos descobrir algum dia.

— Clarice, desça! venha tomar seu café da manhã. — Escuto minha mãe gritando me chamando pra principal refeição do dia, de acordo com ela.

Ao descer consigo ver minha família junta, meu pai, minha mãe e meu irmão mais velho, Topper. Eu e minha família temos uma relação boa, meus pais não são muito de ficar em casa, oque geralmente eu agradeço por isso, minha relação com meu irmão é boa, não somos muito de conversa, aliás eu ao menos saio do meu quarto, muitos nesse lugar nem devem saber que Topper tem uma irmã.

— Então filha, como vai os estudos? — disse meu pai bebendo uma taça de vinho. Sim, uma taça de vinho no café da manhã.

— Vai ótimo, já terminei meus testes, talvez eu seja uma grande médica, isso é oque o futuro vai me dizer. — digo tentando parecer simpática mas algo me incomodava ali, eu só não sabia oque era. Revirei meus olhos no exato momento que meu irmão abriu seus lábios para falar, Rafe iria dormir aqui.

Eu tinha um lance com o Rafe, Topper não deve nem fazer ideia, mas a real é que Rafe não é humano e eu sou fechada, nunca iríamos dar certo, no último verão aconteceu algo entre nós, foi aí que eu resolvi que não iria mais vê-lo, mas é difícil manter minha promessa, aliás ele é melhor amigo do meu irmão, oque eu poderia fazer?! Sonharia que Sarah viesse me fazer companhia, mas escutei que ela anda com os Pogues agora, nem posso imaginar o quão isso deve irritar o Rafe.

Após terminar de comer, subo pro meu quarto e resolvo fazer minhas atividades diárias, eu não tinha amigos mas também não gostava de fazer amigos, todo mundo parece ser traíra e ninguém se pode confiar em ninguém nesse lugar, eu até diria que é uma maldição. Entro no meu banheiro, assim ligando minha banheira e tomando um banho relaxado, estava precisando daquilo depois de um bom treino, eu luto box, oque é bom pro meu estresse.

Deitada em minha cama com minha barriga roncando de fome mas mesmo assim evacuava por não querer encontrar Rafe em qualquer lugar da minha casa, fiquei no quarto por alguns minutos. Não consegui, não estava suportando a fome, desci rapidamente as escadas na esperança que não encontrasse ninguém, e graças a deus não aconteceu.

Terminado de fazer meu hambúrguer e subir pro quarto, escuto uma voz, grossa e rouca e eu sabia exatamente quem era, Rafe. Mas que caralho! pensei em minha mente, me virei lentamente e lá estava o mesmo, o loiro que fudeu com minha saúde mental.

— Então vai ser sempre assim? você vai fugir de mim e fingir que nada aconteceu? vai apagar a nossa história Clarice? — disse o mesmo chegando perto de mim, ele parecia irritado e eu não tinha paciência para o mesmo, Rafe não era um mentiroso, mas ele passava dos limites.

— Olha só Rafe, não enche a porra do saco, é um erro seu, "a gente" foi um erro, esquece isso, você não precisa de mim, você mesmo disse isso, naquela noite. — digo para o mesmo estressada com tudo aquilo, eu só queria comer em paz e esquecer tudo que estava acontecendo, Rafe esquecia que eu tinha vários problemas, nem tudo era sobre ele, mas ele nunca entendia isso. Rapidamente pego meu prato e tento ir ao meu quarto, mas o mesmo me segura pelo braço.

— Que porra você acha que tá fazendo, Rafe? me solta agora seu porra! — Digo eufórica olhando nos olhos do mesmo, com ódio.

— Isso não vai ficar assim, você era minha, era não, você ainda é. Só é questão de tempo até você perceber isso, eu sou o único que já tocou em você e eu sei que você gosta do meu toque e sente falta disso, eu vou esperar você parar de ser orgulhosa e aí finalmente vamos reatar oque nunca era pra ter acabado. — O mesmo disse no meu ouvido e logo me soltando, encaro o mesmo por alguns segundos e volto pro meu quarto.