Capítulo 35

161 34 5
                                    

Greco De Luca

— Aqui tem, senhor.

— Coloque-o na mesa.

Vejo-a tremer assim que seu corpo se aproxima do meu.

Por que raios está a tremer?

— Senhor?_ Uma outra mulher vem.

— Sim.

—  A Mrs. De Luca acabou de chegar.

_ Mande-a vir.

Elas saem e eu acendo meu charuto. Olho para a arma que estava por cima do balcão e penso em mil formas de a usar.

A porta abre-se e da cabeça aos pés olho a mulher que parecia um tanto abalada.

Esteve a chorar. Não me surpreende, ela está sempre a chorar.

—  O que foi?_ ela diz.

— Onde estava?

—  Com uma amiga.

— Que amiga?

— Greco, estou cansada. Não quero brigar.

— Por que haveríamos de brigar? Estamos a ter uma conversa normal. Tu sais, não dizes onde esteve, acho que preciso de alguma explicação, sou seu marido.

Ela permanece em silêncio apenas me olhando.

—  Você sabia muito bem que eu estava ao hospital.

— Este tempo todo?_ olho para as horas.

— Fiquei lá por uns instantes, a Tessa morreu.

— O que isso tem a ver com você?

— Era minha amiga.

— É uma puta qualquer que você conheceu num episódio de merda. E não esqueça que ia morrendo por causa dos vícios dela.

— Como pode ser tão insensível? É uma pessoa que morreu.

—  Se te consola a qualquer momento ela morria.

— Você não é normal.

—  Não mandei você sair._ ela fica de costas para mim com a mão na maçaneta.


Levanto e caminho lentamente até ela
Dou um gole na minha bebida e coloco o copo na mesa.

Levanto e seu rosto e obrigo-a a olhar para mim.

— Por que abraçou o seu guarda-costas? _ela muda de expressão.

— Tens me espionado?

— Responda a puta da questão.

— O abracei porque estava deprimida, é isso que pessoas normais fazem.

— Quantos abraços mais deu a ele quando esteve deprimida? Porque ultimamente tem estado mais deprimida do que outra coisa.

INFILTRADOOnde histórias criam vida. Descubra agora