Capítulo 6

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← Maia →

- O Greco não tem de saber. __ digo ao homem que conduzia tranquilamente.

- Até porque mata-me a mim. __ ele responde sem olhar para mim. Apenas dou um sorriso fraco e suspiro.

Depois do ocorrido de ontem, não pensei em mais outra coisa. Só pensava nele, adormeci pensando no que teríamos feito se tivesse me beijado.

Provavelmente teríamos transado aí. E foi isso que imaginei.

Ele está calmo, não disse nenhuma palavra. Talvez porque também pensa no que aconteceu e imagina que não se volta a repetir.

Embora não tivesse acontecido absolutamente nada, não podemos fingir que não sentimos nada.

Eu pelo menos senti...

Jogo minha cabeça no banco fico olhando para a janela. As pessoas caminhando, as crianças brincando.

- Como você o encontrou? __ olho para ele.

- Quem?

- O Andrew.

- Investiguei.

- Isso não é nenhum truque, pois não?

- Como assim?

- Não foi o Greco que o mandou?

- Porquê hav... Não, não foi o Greco que mandou.

-  Para você, é Mr. De Luca... __ digo e ele faz careta do tipo " foda-se " ou " Mr. De Luca o meu pau" - Obrigada. __ falo baixinho.

Sei que ele só está fazendo isso para ganhar minha confiança, não terá, mas agradeço.

Essa desinformação sobre o estado do Andrew tem me deixado doida. A culpa tem me consumido.

- Porquê achava que o seu marido o havia matado?

- Ciúmes. __ digo e olha para mim como se esperasse que eu dissesse mais. - ... É Andrew é uma pessoa incrível, eu amava estar com ele, é uma ótima pessoa. Greco não gostava disso.

- Imagino... Mas não acho que o seu marido estivesse a ser paranóico, talvez tivesse lhe dado motivos para tal.

- Ele tende a ser doido... Andrew é como um irmão para mim.

- E ele pensa o mesmo?

- Sim... No princípio não gostava dele, todas pessoas que conheço através do Greco são péssimas. Mas depois provou ser diferente.

- Bom para ele.

Andámos mais não sei quantos minutos e parámos em frente de uma casa.

- Fique aqui. __ ele diz saindo primeiro.

Sigo ele com os olhos até chegar ao alpendre, dá leves toques na porta e foi aberta por uma mulher.

Tiro minha atenção deles e olho para o seu telemóvel que começou a tocar.

Estava escrito mãe.

Deixei tocar e volto a prestar-lhes atenção. Sai, e vem até mim. Apoia-se no carro e olha para mim.


- Ela diz que o Andrew saiu mas não tarda regressa. Esperamos ou voltamos noutro dia?

- Esperamos.

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