Capítulo 41

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Maia

A minha negação não mudaria os fatos.

Assim como a Polícia ainda não tinha certeza, eu também não tinha, mas estava mais perto de saber do que ela. 

Já tinha medo do Greco antes, mas após ver as fotos daquela mulher, o medo aumentou. Ele foi capaz daquela atrocidade porque foi traído, o que faria comigo? O traí com outro homem e ainda pretendia traí-lo com a Polícia.

Se ficasse a saber que o traí com o Noah, me mataria, no fundo, era como se o meu destino já estivesse fodido, então, eu me juntar à Polícia, seria apenas uma estratégia para conseguir talvez preservar minha vida.

A Polícia me protegeria dele, não tinha muita opção, eu tinha de escolher um lado.

Talvez se não o tivesse traído ficaria ao seu lado, um estilo igual Clyde e Bonnie, mas minha história era outra. 

- Em que século estamos? Todos esses homens brancos velhos tentando controlar os corpos das mulheres? Quão longe estamos de The Handmaid's Tale?  Estamos cansadas da opressão, abuso e violência que nós mulheres sofremos! Era uma mulher com sonhos e dignidade!  Justiça para a Melissa Jones!

- Justiça!

- Justiça!

- Nolite te bastardes carborundorum!

- Nolite te bastardes carborundorum!

Mesmo não o vendo, senti sua presença. Depois do ocorrido, ainda não falámos, eu não sabia o que dizer. Pensava na proposta do Sargento, assim como no que seria caso eu negasse.

- Vá descansar. Vou sair. _ sua voz grossa se vez ouvir me causando arrepios. 

- Onde vai?

- Ter com o Aaron.

Voltei a prestar atenção na TV. Durante alguns minutos ficamos em silêncio, tive de o quebrar porque eu merecia saber, eu tinha que saber.

- Greco? _me virei. - Você matou essa mulher? _ ele suspirou aborrecido. - Você a matou, Greco?

- Me dê um motivo para matá-la.

- Não sei.

- Eu não matei ela e não mandei ninguém matar ela, está bem?

O meu silêncio fê-lo aproximar-se. Sentou ao meu lado e me encarou, seu olhar me deixava confusa, tão confusa que não conseguia dizer se a Polícia de fato estava apenas obcecado por ele ou se realmente tivera encomendado a morte daquela mulher.

- Estou com medo. _ talvez não devesse ter sido sincera com ele quanto ao que sentia, mas precisava desabafar.

- Não precisa estar com medo, eu não fiz nada.

- A Polícia está chateada, o povo está indignado, se for publicado de que você é suspeito, a casa estará cheia de pessoas fazendo manifestações, não me sentirei tão segura. 

- Isso não vai acontecer porque não fiz porra nenhuma. _levantou aborrecido. - Estarei de volta daqui a horas.

- Greco? _ ele parou e se virou. 

- Vá descansar.

Olhei para a porta durante minutos pensando no que fazer. Levantei do sofá e fui para o quarto, peguei no que tinha de pegar, cruzei-me com o Noah.

INFILTRADO ( Em Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora