Capítulo 41

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Greco De Luca

- Estava com saudades desse lugar. _sento.

Falo ao homem que acabara de entrar. Parece que recebeu o meu presente.

— Não gostei da forma que os teus homens invadiram minha casa, pareceu até que estavam a ir a buscar de um criminoso ou algo do género.

Posso jurar que se ele pudesse, me mataria ali mesmo.

—Não brinque comigo De Luca, não brinque!

—Tá frustrado Sargento? Deveria estar feliz, soube que a tua mulher está grávida, parabéns. Já sabem o sexo?

Ele olhou para mim surpreso.

—Como você soube disso?

— Então, Raphael? Você sabe como eu sou... E mais uma coisa eu estou chateado com você, e quando eu estou chateado, eu me comporto muito, muito mal.

— Onde quer chegar?

—Quer dizer, a nossa querida Beverly fez os seus 12 anos e você nem me convidou para a festa. Que tipo de amigo é você?

— Vai-te lixar, eu não sou seu amigo. O caso aqui é outro, essa é a Melissa Rodriguez, você a matou, a decapitou e mandou suas partes embrulhados como se fosse presentes na festa de anos da minha filha.

—Você tem que parar de me achar culpado por todos os crimes que acontecem em Manhattan, tudo bem que você não gosta de mim, mas por favor.

— Qual foi a última vez que a viu?

- Não lembro. Cheguei da minha viagem anteontem, faz uns tantos dias que eu não vou à boate.

— O que fez ontem por volta das 21h?

—Estava na casa de um amigo, Aaron Russo, acho que o conhece. Não olhe para mim desse jeito, fiquei tão chocado quanto você, quer dizer, ela era tão especial.

Ele se manteve calado, apenas me observando, eu reconheço esse olhar, eu também faço às vezes, quando quero matar alguém.

— Eu não acredito em nenhuma palavra que você diz.

— Isso vai demorar muito? Graças a tua equipa do caralho que entrou sem maneiras na minha casa, deixou a minha mulher assustada.

—Onde estão as outras partes do corpo da Melissa ?

—E porquê eu haveria de saber?

— Porque foi você quem a matou!

-—Alguma prova, Raphael?

— Não preciso de provas nenhuma, você é a própria prova. Essa sua indiferença é repugnante.

— Lamento se não estou tão indignado quanto você, mas cada um expressa o luto de forma diferente.

Ele suspirou frustrado e levantou para sair.

— Me traga uma tequila com gelo, por favor. _ falo e ele bate a porta.

Esperei não sei quantos minutos, até ele voltar novamente, trouxe reforços, que lindo.

- Sempre soube que você era um incompetente, credo Raphael.

- Cala a boca. _ Annie diz sentando e cruza seus braços. Olhei para seus peitos marcados na blusa e sorri.

- Olá, pra você também querida. Raphael onde está a minha tequila?

- Eu te mato seu filho da puta!_ ele parte pra cima de mim e caímos os dois, socou meu rosto, rapidamente a porta foi aberta e o tiraram de cima de mim.

— Porra, se não queria trazer a tequila era só dizer, não precisa me bater. _ ele tentou se soltar dos homens que o seguravam.

— Vai te lixar seu filho da puta, eu acabo com a tua raça! Eu te mato!

—Vocês são testemunhas, se eu morrer asssim que tirar meus pés daqui, já sabem.

Tiraram o Sargento da sala, ficando apenas a Annie e mais um que eu não conhecia

— Você é novo? Não te conheço. _ digo e me ajeito na cadeira.

— Não é da tua conta.

— Então tá. Dá pra você me tirar essas algemas?

— Nem fodendo.

— Va lá, não precisa ter medo.

—Eu não estou com medo de você.

— Então me tire as algemas.

—Eu acho que..._ ela não acaba de falar e alguém entra chamando pelos dois.

Depois de uns breves minutos ela entra sozinha.

—Levanta.

—Sim, chefe._ ela se aproximou e tirou as chaves, olhava pra ela sem piscar.

Seu cheiro me fez lembrar da última vez que estávamos na boate.

—Ainda tenho a tua calcinha._ sussurro.

Ela me ignorou, me tirou as algemas e deu as costas para mim, que bunda gostosa.

— Está livre, por agora._ ela sai e bate a porta com força.

Passo a mão onde as algemas estavam e pego no meu casaco.

— Onde está a minha mulher?_ digo e olhando para eles. Ela sai de uma sala com o Sargento.

Estico minha mão e ela segura.

— Vemo-nos por aí, Sargento.

Saímos daquele lugar e avisto o Noah esperando ao lado do carro.

—Greco? _ Maia chama baixinho.

— O que foi?_ olho para ela que tinha um ar diferente, parecia estar com medo.

—Você matou àquela mulher?_ olho para ela. — O sargento mostrou-me as imagens e a ideia de que talvez tenha sido você, assusta-me, sinto-me insegura ao teu lado.

- Amorino, eu não matei ninguém. Está bem? Não matei ninguém.

Ela não responde.

Apenas abro a porta do carro e a observo enquanto sobe.

Que perfeição.

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