Capítulo 34

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Noah Roberts

Eu gosto de bundas grandes e não posso mentir.

—  Por amor de Deus, pare de cantar essa música. _ Maia diz e eu rio.

—  Já disse que é viciante.

—  Se voltar a cantar não vais tocar nele.

—  És má.

Avistamos de longe a Beth, segurando o Ethan. Ela não parecia bem. E a cada passo que dava, temia o pior.

— Beth, o que foi?_ Maia diz serena e em seguida olha para a porta.

— Ela morreu.

— Não..._Maia diz e abraça-me.

— O que se passou?_ pergunto

— Os médicos disseram que ela teve uma hemorragia.

— Quando foi isso?_ pergunto.

— Ontem a noite, mas faleceu hoje.

Maia me solta e senta.

Olho para o bebé que Beth segurava.

— Eu tenho de ir._ ela diz me dando o bebé.

—  Aonde você vai?

— Não sei, embebedar-me até morrer.

— Beth, espera. Maia, segura a Ethan por uns instantes.

Fiquei com medo de eu estar certo sobre no que possivelmente Maia está a pensar.

Vou atrás da Beth quase correndo. Andamos até parar num lugar mais calmo.

— Ela era a minha melhor amiga, era como uma irmã para mim. Ela era tudo que eu tinha.

— Lamento muito pela sua perda.

— Não sei o que fazer.

— E que tal não se embebedar? Você precisa estar sóbria para cuidar do Ethan.

— Olha para mim, sou uma prostituta, toxicodependente de heroína, eu não vou conseguir cuidar de uma criança.

— A Tessa conseguiu.

— Eu não sou a Tessa, ela tinha mais juízo do que eu.

Acompanho-a a sentar.

— Sabe, eu aconselhei a Tessa a abortar.

— Porquê?

— O Ethan é fruto de uma violação. Mas ela não quis, perguntou-me qual era a culpa do bebé? E simplesmente ficou com ele, o amou e agora...

— Sabe quem é o pai?

—  Não. Ela não me disse.

— A Polícia não investigou?

—  A Polícia não quer saber o que acontece ou deixar de acontecer com as prostitutas, ainda mais nós, prostitutas negras.

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